Anna e o Beijo Francês | Resenha

by - março 02, 2017

Foto: Livreando 

Olá! Tudo bem?
Ultimamente eu só venho resenhando alguns livros para vocês, mas prometo que farei algo diferente da próxima vez! 

Enfim, essa resenha só surgiu depois de eu finalmente acreditar em outras pessoas. Sabe quando você escuta falar muito bem sobre um livro, mas acaba deixando de lado? Foi exatamente isso que aconteceu comigo, mas a única coisa em que me arrependo foi de não ter lido Anna e o Beijo Francês antes. 

Anna e o Beijo Francês

Sinopse: Anna Oliphant não está nada entusiasmada com a ideia de se mudar para Paris. Porém, seu pai, um famoso escritor norte-americano, decidiu enviá-la para um colégio interno na Cidade Luz. Anna prefere ficar em Atlanta, onde tem um bom emprego, sua fiel melhor amiga e um namoro prestes a acontecer. Mas, ao chegar a Paris, ela conhece Étienne St. Clair, um rapaz inteligente, charmoso e bonito, que além de muitas qualidades, tem uma namorada. Anna e Étienne se aproximam e as coisas ficam mais complicadas. Será que um ano inteiro de desencontros em Paris terminará com o esperado beijo francês? Ou certas coisas simplesmente não estão destinadas a acontecer?

Páginas: 381 | Autor(a): Stephanie Perkins | Editora: Novo Conceito | Gênero: Juvenil

O que falar sobre esse livro de Stephanie? Mais do que uma capa bonitinha? Com certeza. Todavia, mais do que uma história de amor, ele é, na verdade, um dos melhores guias de Paris. 

Não é muita novidade para alguns leitores que eu sou apaixonada na França e que eu sempre quis viver lá, então já é meio óbvio as minhas reações enquanto lia o livro. 

Anna ou Banana Elefante, é uma das principais mais apaixonantes que eu já "conheci". Ela não é aquela menina chata, ela não tem um esteriótipo de personagem principal, ela é completamente diferente do que eu estou acostumada nessas literaturas juvenis. Mas obviamente, como qualquer pessoa normal, quando Anna se vê sozinha em outro país e sem saber falar francês, ela entra em pânico.

"Quem manda os filhos para um internato? É tão Hogwarts. Só que no meu não tem feiticeiros bonitinhos, balinhas mágicas ou aulas de voo."

Nesse desespero, em meio ao choro e a indignação por ter sido colocada em um internato contra a sua vontade, Anna acaba conhecendo Meredith, uma menina maravilhosa que logo vai ajuda-la a encontrar seu espaço no colégio. Junto com Mer, vem Josh, Rashimi e Étienne, mais conhecido como St. Clair.

Poderia fazer uma postagem só para St. Clair, o inglês-francês-americano que eu estou apaixonada. É aquela coisa de se apaixonar pela pessoa errada, e nesse caso, ela nem existe. Todavia, St. Clair não é o cara perfeito, e isso que faz com que ele seja tão incrível! Ele tem medo de se sentir sozinho, tem raiva do pai que tenta mandar em sua vida, e morre de amores pela mãe. Temos Meredith, a loira que é tachada de lésbica apenas por jogar futebol, mas o melhor de tudo é que ela nunca deixa de fazer as coisas que ela quer por quê tem alguém que acha errado, ela é ela mesma e para ela isso é tudo. E isso não é tudo? Depois vem o casal -mais errado que eu conheço- Josh e Rashimi. Apesar dos dois estarem namorando, eles são tão diferentes que você já sabe que aquilo vai dar errado. Josh é o cara "tranquilão" que desenha -muito bem- e que não liga para muitas coisas, ele prefere "viver a vida". Já Rashimi te passa diversas imagens, no início ela parece apenas mais uma garota com mau-humor, mas depois você entende tudo sobre seu lado. Ela era melhor amiga de Ellie, a namorada de St. Clair -não faço muita questão de falar sobre ela-, mas ao sair da escola, Ellie acaba abandonando seus antigos amigos e muda da água para o vinho, deixando Rashimi extremamente decepcionada. 

Criei um carinho por todos os personagens e gostaria até de conhecer a Amanda, a "vilã" da história, mas não conhecer para dar uns tapas ou falar umas verdades, mas sim para saber sobre ela. Cada um tem seu problema, cada casal tem seu conflito e cada amizade tem uma união diferente. É o caso de Anna e St. Clair, a amizade que surgiu do nada e é tão verdadeira que te dá vontade de ter uma, e se no final eles não forem namorados, você espera que pelo menos eles sejam bons amigos, como sempre foram.

"Porque, mesmo como toda a estranheza e hostilidade entre nós, ele ainda me considera sua melhor amiga. A notícia me enche de alívio muito além do que eu poderia imaginar. Senti falta dele. Odeio estar brava com ele."

Stephanie tem uma escrita de dar inveja e, apesar de não saber pronunciar metade das palavras em francês que ela escreveu, ela pesquisou tanto que você se sente em Paris enquanto lê. São os pontos turísticos, os fatos históricos, um conjunto de fatores que fizeram com que esse livro ficasse tão apaixonante e emocionante.

Eu não conseguia parar de ler, foi uma leitura envolvente e sem pausas. A história de Anna e St. Clair não faz com que você deseje mais, é um desejo saciável com as informações. É uma vontade enorme de chegar ao final para saber o desfecho da história, saber sobre o beijo francês. Você não faz ideia se eles vão realmente terminar juntos, afinal, além de St. Clair ter uma namorada, a melhor amiga dos dois é apaixonada por ele. A história acaba sendo uma confusão extremamente arrumada. 

"Há poucas coisas piores do que alimentar sentimentos por alguém que você não deveria, e não gosto de onde os meus pensamentos estavam me levando."

A mudança de Anna fez com que ela amadurecesse, fez com que ela passasse a ver a vida de outro ângulo, de outros olhos. Posso dizer que esse livro acabou me afetando de uma forma positiva e, conversando com uma amiga, ela acabou me entendendo nesse ponto. Você mesmo passa a se questionar sobre sua vida, sobre o ponto de vista de outras pessoas, você passa a ter mais empatia e principalmente, aprende que uma frase pode ter diversos significados e cada um traduz da maneira que se sente melhor. Normalmente, isso acaba em confusão. 

Anna e o Beijo Francês me fez amar mais ainda a França, mesmo eu achando isso impossível. Não me fez acreditar no amor, mas me fez acreditar em coisas muito mais importantes do que isso. Mostrou-me a beleza de Paris e a beleza interior de cada personagem dessa história maravilhosa. Se eu fosse deixar um adjetivo para esse livro, seria: Oportuno. Aquilo que é favorável, apropriado e que sempre aparece no momento ideal.  

"Quero dizer, é Paris. A Cidade Luz! A cidade mais romântica do mundo!"

Nota: 5/5 ♥

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Pela primeira vez, essa resenha vai terminar com uma playlist que eu fiz para escutar enquanto escrevia esse post, ela é 100% francesa e eu espero que vocês se apaixonem mais ainda pelo livro enquanto leem ouvindo essas músicas que eu amo tanto.




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