A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista | Resenha

by - maio 08, 2017


Ei! Tudo bem?

Ontem acordei com vontade de começar e terminar uma série, mas só foi quando eu realizei esse conjunto de ações que eu percebi que ainda me sentia incompleta. Aí minha mãe decidiu opinar e falou para que eu lesse algum livro. Depois de muita relutância, fiz o download da primeira história que aparecera na minha frente.

Hoje, estou aqui para constar que precisamos muito falar sobre esse livro. Precisamos falar sobre amor, sobre destino e principalmente, precisamos falar sobre separação.

A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista
Sinopse: E se? Três letrinhas com o peso das decisões. E se você pegar o metrô e não o ônibus? Sorrir para um estranho ou baixar o rosto? E se Hadley tivesse saído de casa mais cedo? Quatro minutos. Duzentos e quarenta segundos. Por conta desse pequeno imprevisto cronológico, ela perde o voo. Mas encontra seu destino. Quem pode dizer que isso não faz parte de algum plano cósmico? Presa no aeroporto em Nova York, esperando outro voo, depois de perder o seu, Hadley conhece Oliver. Um britânico, que se senta a seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia.

 Páginas: 223 | Autor(a): Jennifer E. Smith | Editora: Galera Record | Gênero: Jovem Adulto


Hadley não é uma menina sem humor, na verdade, ela estaria longe disso se não fosse sua próxima programação: Sair dos Estados Unidos e chegar a Londres para ver seu pai se casar com uma mulher que ela nem ao menos conhece. E é no meio de vários problemas que ela acaba se atrasando para chegar ao aeroporto. Foram 4 minutos que mudaram a sua vida. Quatro minutos fizeram com que ela chegasse atrasada no casamento e mais, foram esses minutos que fizeram com que ela e Oliver se esbarrassem no meio do caos. E agora eu lhe pergunto o que eu me perguntei: Como não podemos acreditar que cada ação resulta em outra maior ainda?

O livro é escrito em terceira pessoa, porém só temos o ponto de vista de Hadley durante a história toda. Isso não foi um erro, pra mim foi um acerto. A escrita de Jennifer é simples, mas não ruim, é a escrita necessária para se ter um livro leve e romântico, o tipo de obra que A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista é e que deveria ser. É um exemplar curto que não precisa muito usar a cabeça para entender a história, mas não posso negar que dê bastantes questionamentos sobre a vida e sobre pequenas ações. Ele também se passa em apenas 24 horas, um dia. Achei tão diferente isso e o melhor foi que não foi ruim, na verdade, isso foi um dos pontos alvos da história. Vinte e quatro horas foram o suficiente para que tudo acontecesse, não precisamos de semanas, meses ou anos como em outros livros, as horas nunca foram tão importantes para a conclusão. O bom também é que não teve demora na história, Jennifer não "encheu linguiça" para que desse um livro enorme.

A principal é realmente encantadora, apesar de parecer uma menina revoltada. O tempo inteiro tem cenas do passado de Hadley, conhecemos sua interação com seus pais, como ela vivia em uma família "harmoniosa" até que um dia seu pai e sua mãe se separam e seu pai vai para Europa. Hadley não consegue aceitar o destino de sua família. Não consegue aceitar que seu pai irá se casar e pior, ela não consegue conforma-se com a ideia de que não estaria mais inclusa no novo capítulo da vida dele.

"Uma pessoa contou certa vez que há uma fórmula para o tempo que se leva para esquecer alguém; é a metade do tempo que ficaram juntos. Hadley tem lá suas dúvidas sobre essa teoria, um cálculo tão simples para uma coisa tão complicada quanto um coração partido."

Se você quer ler uma história de amor, fique tranquilo, você terá uma incrível, mas uma história de fundo. Afinal, pra mim, a obra está muito mais voltada na nova vida de Hadley. O mais incrível é que não é um livro com somente assuntos felizes, temos muitos temas tristes, mas que são mostrados com um ar leve para não perder o encanto romântico da história.

Em falar em romântico, se eu não falasse sobre Oliver seria quase um crime. Ele é britânico, e obviamente fiquei encantada, assim como fico com qualquer outro cara do Reino Unido. Ele não aparece tanto na história, mas todas as vezes que ele dá as caras, percebemos que ele é um tremendo cavaleiro, todavia, sem ser clichê. A história dos dois foi o suficiente, fiquei saciada com o que eu tive da relação entre os dois.

"Oliver é como uma música que ela não consegue esquecer. Por mais que tente, a melodia do encontro entre os dois fica tocando na cabeça repetidamente, cada vez mais agradável, não tem como ficar cansada daquilo."

O romance dos dois é tratado como plano de fundo de um tema muito maior. Porém, ainda sim é uma história que tem sentimentos do "amor" no ar. Achei que fosse ser bem difícil pra eu gostar do livro, já que não acredito em amor à primeira vista e demorei muito a entender o motivo do nome da história ser sobre isso, mas consegui ver que os dois realmente se apaixonaram. Foi tão simples e singular. Mesmo os dois estando em momentos complicados em suas vidas, não foi como se estivessem carentes e precisassem saciar um ao outro, até porque eles não estavam. Eles simplesmente se compartilharam e foi em menos de 24 horas que eles perceberam que não era nenhum outro sentimento além de: Paixão. Eles se apaixonaram pelos poucos detalhes e isso foi o suficiente. Fiquei tão encantada!

"Talvez seja o sotaque ou a maneira interessada como a olha, mas tem alguma coisa nele que faz com que seu coração acelere, que nem quando leva um susto. Talvez seja isso, a situação toda é muito surpreendente. Ficou tanto tempo preocupada com a viagem que não estava preparada para que alguma coisa boa acontecesse, alguma coisa inesperada."

O tema foco pra mim foi como as pessoas normalmente lidam com a separação e como isso atinge na vida de alguém quando uma dessas pessoas acaba se casando novamente. Hadley de início não aceita nenhuma das coisas que estão acontecendo. Ela não quer ir ao casamento, não quer que o pai se case e quer que a mãe passe a viver com o pai como era antigamente. Todavia, Hadley percebe que as pessoas podem mudar, e o mais incrível é que ela entende que não se deve fazer pré-julgamentos em relação a elas. Ela conhece a noiva e vê que apesar de não querer, ela é um doce e é ela que vai fazer o pai feliz novamente. Hadley muda tanto de opinião em menos de 24 horas em relação a assuntos tão sérios que eu fico me questionando como a autora conseguiu trabalhar isso tudo tão bem no livro. Acredito também que Hadley não teria mudado tanto se não fosse por Oliver.

E é aí que chego ao ponto final dessa minha resenha, que às vezes não parece uma. O livro é cheio de questionamentos. Questionamentos que eu mesma tenho normalmente e em alguns momentos escrevo sobre o assunto no blog. Como algumas ações podem mudar tudo! Se Hadley não tivesse perdido o avião, Oliver e ela não teriam se encontrado, talvez sim, mas esse não é o foco. A questão é que ou você acredita que as coisas são para ser ou que você é dono das suas escolhas e algumas escolhas o fizeram chegar a tal acontecimento. É meio confuso o que eu estou tentando explicar, mas acho que todo mundo já viveu esse momento em que se perguntou: Se eu fizer isso, que resultado a consequência do meu ato terá no meu futuro? E se você nunca pensou nisso, você não sabe o que é ficar desesperado com apenas uma pequena ação.

"Quem diria que quatro minutos poderiam mudar tudo?"

Se eu indico esse livro para vocês lerem? Pra caramba! É uma história curta, leve, mas que te deixa cheia de opiniões e que pode mudar sua visão de mundo. É um livro com uma história romântica, mas que não foca apenas no amor, foca na vida, foca nas relações humanas e foca nos questionamentos diários que boa parte das pessoas tem. Questionamentos que nunca terão respostas, mas que te deixarão aliviados depois de conhecer essa incrível obra de Jennifer E. Smith.

Nota: 4/5 





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4 comentaram

  1. Estou simplesmente encantada com a história desse livro, também adoro britânicos hahah são educados e fofos, e achei demais a história se passar em 24 horas.. com certeza vai pra minha lista. Amei sua resenha. Parabens
    Beijoooos
    www.dicasdaari.com.br

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    Respostas
    1. Essa história é tão linda! Você vai se apaixonar <3 Como não amar britânicos? Haha Eles me parecem tão incríveis! A história se passando em 24 horas é uma das melhores partes, pois a cada capítulo aparece o horário e aí você já cria mais expectativa. Muito obrigada, Ariadna! Espero te ver mais vezes por aqui!
      Beijos!

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