[Duologia] As Irmãs Lyndon | Resenha

by - outubro 01, 2018

Foto: Cecília Justen

Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

Como percebi que vocês adoraram as postagens com todas as resenhas da série a qual pertence, decidi trazer mais uma para vocês. Assim como a última, vou falar sobre a duologia da Julia Quinn, As Irmãs Lyndon. As resenhas estão no blog e vocês podem conferir a opinião completa sobre cada obra. Entretanto, aqui vocês podem conhecer um pouquinho sobre Victoria e Eleanor Lyndon, irmãs maravilhosas que são protagonistas dos livros Mais Lindo que a Lua e Mais Forte que o Sol, respectivamente. 

Mais Lindo que a Lua - Livro 1
Autor(a): Julia Quinn
Páginas: 272
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de Época
Nota: 4/5
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Sinopse: Foi amor à primeira vista. Mas Victoria Lyndon era a filha do vigário, e Robert Kemble, o elegante conde de Macclesfield. Foi o que bastou para os pais dos dois serem contra a união. Assim, quando o plano de fuga dos jovens deu errado, todos acreditaram que foi melhor assim. Sete anos depois, quando Robert encontra Victoria por acaso, não consegue acreditar no que acontece: a garota que um dia destruiu seus sonhos ainda o deixa sem fôlego. E Victoria também logo vê que continua impossível resistir aos encantos dele. Mas como ela poderia dar uma segunda chance ao homem que lhe prometeu casamento e depois despedaçou suas esperanças? Então, quando Robert lhe oferece um emprego um tanto incomum – ser sua amante –, Victoria não aceita, incapaz de sacrificar a dignidade, mesmo por ele. Mas Robert promete que Victoria será dele, não importa o que tenha que fazer. Depois de tantas mágoas, será que esses dois corações maltratados algum dia serão capazes de perdoar e permitir que o amor cure suas feridas?

Você acredita em amor à primeira vista? Olhar para uma pessoa nos olhos dela e descobrir ali, naquele segundo, que você a ama e ela é o seu grande amor? O amor à primeira vista é o caso dos personagens principais de Mais Lindo que a Lua. Robert a encontra toda desastrada e escorregando pelas pedras, ele não sabia quem era, não sabia se era inteligente, não sabia absolutamente nada dela, mas sabia o quão encantadora ela era e por isso, quando se viram, o encontro se tornou mágico. Victoria e o conde acabaram de apaixonando...

A filha do vigário e o conde, uma história que muitos já sabem: Tinha tudo para dar errado. Mas eles estavam apaixonados e o amor estava ali, cada vez mais forte e quando viram que seus pais não iriam autorizar o casamento, dois meses depois o casal mais apaixonado de Kent (Inglaterra) decidiu que a melhor solução seria fugir. O conde seria deserdado e Victoria não poderia casar, então fugir era realmente um ótimo plano. Entretanto, como eu havia dito, essa história tinha tudo para dar errado... E deu.

Sete anos depois, Victoria e Robert não sabem mais o que o outro está fazendo da vida. O estrago de anos atrás fora tão grande que destruiu ambos os corações, fazendo feridas tão grandes, quase impossíveis de serem concertadas.  Depois do incidente, Victoria decidiu sair de casa e é perceptora na casa de uma família rica. Cuidar de crianças não é seu trabalho dos sonhos, mas na atual situação, qualquer coisa é aceitável. Robert não foi deserdado, mas está mais rico do que antes, e mesmo que o falte amor, não o falta dinheiro.

Sendo perceptora em uma casa importante, os patrões de Victoria acabam recebendo convidados ilustres, e como o grande jantar está chegando, a filha do vigário precisa se esconder. O que ela não esperava é que no meio da confusão, ela e Robert acabariam se esbarrando. Entretanto, tudo mudou. O amor não existe mais e agora eles sentem raiva e desejo de vingança. Esse lado tão cruel dos dois só ajudou a piorar a situação. Eles estão diferentes, mais maduros, mais velhos, as coisas mudaram, mas será que o amor também?

Eu fico muito feliz depois de terminar um livro da Julia Quinn, normalmente termino a leitura com um sorriso no rosto, toda mole, toda apaixonada e muito contente com o que eu li. Já falei para vocês que o amor está no ar?! Pois ele está. Mas além do amor... Victoria e Robert passam a sentir raiva, que como eu escrevi, prejudica muito a relação. Mas isso tudo foi tratado de um jeito maravilhoso, feito com muita maestria.

Robert é um homem amargo, que perdeu o grande amor de sua vida e (supostamente) sabe o motivo. Essa razão pelo rompimento dos dois é horrível, faz com que ele se sinta péssimo e tenha raiva de Torie (como ele a chama). Então quando eles finalmente se reencontram após sete anos, ele quer colocar seu plano de vingança em prática, mas o desejo por ela é muito maior, então vem o plano B: Fazer Victoria perder seu emprego, assim ela ficaria sozinha e, por isso, a tornaria sua amante. Vocês já devem perceber que isso não dá certo. Essa proposta é o pior problema de todo o livro. Porque quando finalmente Robert toma vergonha na cara e entende tudo o que aconteceu, Torie não quer nem olhar para ele, ele a desmoronou duas vezes e ela não quer uma terceira.

Como vocês podem imaginar, Julia continua com sua escrita que só ela consegue fazer. Deixa fascínio e nos empolga a cada página. Preciso escrever que esse não é meu livro favorito da autora, na verdade, está bem longe de ser. Mas é um livro lindo que pode ser lido em poucos dias. Um livro que você vai se encantar, se cativar, se deliciar com a sedução de Robert, que você vai se fascinar, vai amar, vai se deslumbrar e no final de tudo vai se sentir completamente extasiado por ter lido uma obra tão "amor".

Mais Forte que o Sol - Livro 2
Autor(a): Julia Quinn
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de Época
Nota: 5/5
Compre Mais Forte que o Sol | Amazon | Saraiva
Sinopse: Quando Charles Wycombe, o irresistível conde de Billington, cai de uma árvore – literalmente aos pés de Ellie Lyndon –, nenhum dos dois suspeita que esse encontro atrapalhado possa acabar em casamento. Mas o conde precisa se casar antes de completar 30 anos, do contrário perderá sua fortuna. Ellie, por sua vez, tem que arranjar um marido ou a noiva intrometida e detestável de seu pai escolherá qualquer um para ela. Por isso o moço alto, bonito e galanteador que surge aparentemente do nada em sua vida parece ter caído do céu. Charles e Ellie se entregam, então, a um casamento de conveniência, ela determinada a manter a independência e ele a continuar, na prática, como um homem solteiro. No entanto, a química entre os dois é avassaladora e, enquanto um beijo leva a outro, a dupla improvável descobre que seu casamento não foi tão inconveniente assim, afinal...

Eleanor Lyndon estava apenas passeando quando um homem - literalmente - caiu aos seus pés. Fato muito irônico já que Ellie é a moça mais indesejada da região, e não por sua falta de beleza (ela é linda, na verdade), mas sim por seu filtro que não existe na hora de falar o que pensa. Charles Wycombe percebeu que a senhorita Lyndon não era uma pessoa fácil no momento em que caiu de uma árvore bêbado e terminou aos pés da dama. Ela, com um pé atrás, ajudou o homem mesmo sem saber que estava lidando com um conde. Ele, bêbado, aceitou a ajuda da mulher mesmo lidando com toda a teimosia, ironia e deboche da mesma.

Em pouco tempo Eleanor se mostrou uma mulher inteligente, incansável e completamente engraçada. Era tudo o que Charles queria para aquele momento, ela seria a mulher ideal, ou melhor... A condessa de Billington ideal. Sem pensar duas vezes, o pedido de casamento acontece ali, com Charles machucado e Eleanor reclamando.  Não era um conto de fadas, Ellie nem esperava por isso, mas desejava sim um pedido romântico ou qualquer afeto pelo homem que a pediria em casamento, a única coisa que ela sentia por Charles era... Desejo? Provavelmente, afinal, apesar da casca dura da senhorita Lyndon, era impossível não se sentir atraída pelo conde, mesmo que bêbado.

Entretanto, como a pessoa sensata que era, Ellie volta para casa recusando a proposta e Charles volta para casa com medo de seu futuro. Ter uma esposa seria uma forma de não perder a sua fortuna, dali a 15 dias o conde faria aniversário e se não tivesse casado não herdaria nenhum centavo de seu pai, o que o levaria a ruínas, já que não possui condições de manter sua casa, sua tia e as primas.

Ellie, ao chegar à casa do reverendo (seu pai), se encontra com sua madrasta, que continua procurando pretendentes para a jovem, sendo eles bêbados ou com algum histórico de agressão. Além das infinitas listas, a senhorita Lyndon é constantemente oprimida na casa, como uma bela Cinderela. Sua irmã está em viagem com o marido e seu pai não fica muito tempo em casa, então ela não tem ninguém a quem recorrer nesse momento. Mesmo se lembrando de Charles e sua proposta indecente, Eleanor decide sair de casa, e ela faria isso resgatando todo o dinheiro que ela investiu em um banco. Ao chegar lá, ela só não esperava que seu pai fosse o único a tirar aquelas economias, que nem eram tantas. Desesperada e sem ter onde ficar, Ellie finalmente toma a decisão que mudaria tudo: Ela se casaria com Charles. Eles só não sabiam que esse casamento estaria longe de ser de conveniência.

Acho que seria inevitável a comparação das duas obras, principalmente porque estamos falando sobre uma duologia. Mesmo que eu não goste de fazer isso eu acabei fazendo. Comparei tudinho e cheguei a conclusão que o segundo é - mil anos luz - melhor que o primeiro. Isso porque os personagens são bem mais legais e a vontade de fazer amizade com eles é bem maior do que os personagens do primeiro. Temos também Charles em Mais Forte que o Sol, que ganha facilmente de Robert de Mais Lindo que a Lua, principalmente porque o segundo passa uma imagem bem machista para o mocinho e isso acaba com tudo.

Outro ponto muito importante que deixa as histórias tão diferentes pra mim são os planos de fundo. Na primeira temos o típico amor à primeira vista, que eu nunca acreditei e não mudei de opinião depois de ler o livro, mesmo que Quinn tenha falado que faria isso. Já no segundo livro, nós temos o casamento por conveniência como o fundo da obra e essa foi sim a tacada genial da autora, pois foi feita de forma brilhante e deixa qualquer pessoa apaixonada pela construção de afeto dos personagens.

Por fim, quero dizer que me despedi desse livro com o coração na mão, porque esses personagens, esse casamento e Charles (meu chuchu) fizeram com que tudo fosse mais especial. Julia Quinn continua com o Efeito Quinn e nos traz uma obra repleta de amor, carinho, paixão e muita diversão no meio de toda sensualidade, se consagrando mais uma vez como a Rainha dos Romances de Época.


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4 comentaram

  1. Já li algumas resenhas bem positivas desses dois livros e vejo que sua experiência também foi agradável, fiquei surpresa por saber que o segundo livro é melhor que o primeiro, isso é tão difícil de acontecer né? E quanto a comparar as obras, é super normal mesmo, acho que é algo que acabamos fazendo instintivamente.

    www.estante450.blogspot.com.br

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    1. Exatamente, mas fiquei muito feliz em saber que o segundo é melhor, porque já estava perdendo as esperanças haha

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  2. Estava a procura de recomendação de romances de época, finalmente encontrei! Obrigado! Me interessei mais pelo Mais Forte que o Sol, principalmente pela personagem de personalidade forte e sem filtro hahhahshs e não sei se vou falar besteira mas me lembrou um pouco Orgulho e Preconceito, não sei...

    www.blogtreschic.com

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    1. Fico tão feliz em saber que você achou seu livro aqui :)
      Eu AMO esse livro, você vai adorar haha
      Acho que todo livro da Julia Quinn tem uma pitada de Jane Austen, esse é o legal

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