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365 Cores do Universo

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E aí, meus queridos!

Tudo bem com vocês?

Hoje é o dia de mais um Desafio King para vocês (inacreditável que já estamos no 5º post desse desafio, está passando muito rápido), mas dessa vez resolvi trazer algo diferente: Aproveitando o lançamento do filme O Cemitério Maldito, resolvi fazer a leitura do livro para o mês de maio e trazer um combo resenha/crítica. Iremos comentar sobre as duas obras, suas principais diferenças, o que foi bom, o que poderia melhorar... tudo no modelo que já estamos acostumados a fazer. Para tal, irei dividir esse texto em três partes: A primeira conterá uma mini resenha do livro "O Cemitério", a segunda, a crítica ao filme e na última parte, uma comparação sobre as duas obras. 

Vamos lá? 

Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Terror
Número de Páginas: 424
Sinopse: Louis Creed, um jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar em uma pequena cidade do Maine. A boa casa, o trabalho na universidade e a felicidade da esposa e dos filhos lhe trazem a certeza de que fez a melhor escolha. Num dos primeiros passeios pela região, conhecem um cemitério no bosque próximo à sua casa. Ali, gerações de crianças enterraram seus animais de estimação. Mas, para além dos pequenos túmulos, há um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras. Um universo dominado por forças estranhas capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível. A princípio, Louis Creed se diverte com as histórias fantasmagóricas do vizinho Crandall. No entanto, quando o gato de sua filha Eillen morre atropelado e, subitamente, retorna à vida, ele percebe que há coisas que nem mesmo a sua ciência pode explicar. Que mistérios esconde o cemitério dos bichos? Terá o homem o direito de interferir no mundo dos mortos? Em busca das respostas, Louis Creed é levado por uma trama sobrenatural em que o limite entre a vida e a morte é inexistente. E, quando descobre a verdade, percebe que ela é muito pior que seus mais terríveis pesadelos. Pior que a própria morte - e infinitamente mais poderosa.

Apesar de terror ser um dos meus gêneros literários favoritos, eu ainda estou dando os meus primeiros passos em meio a esse universo fantástico. Muitos autores me chamam atenção, mas é claro, é impossível não lembrar de Stephen King e suas obras emblemáticas. Meu acervo de leituras do autor ainda é bem pequeno e por isso resolvi fazer esse desafio ao longo de 2019: Meu objetivo é, principalmente, conhecer e ler o máximo de obras do mestre que eu conseguir; para tal, resolvi começar a ler seus grandes clássicos e obras que marcaram toda uma geração. O Cemitério é justamente uma dessas obras Lançado em 1983 e mesmo com 36 anos de vida, a obra se mantém como uma das referências do gênero e é tido por muitos, como um dos melhores livros do autor. Mergulhei nessa história e minhas suspeitas se confirmaram: King foi extremamente feliz na confecção do enredo que traz muito terror, obviamente, mas também propõe ótimas reflexões sobre um tema tão mórbido como a morte.

Louis Creed se muda para uma pequena cidade do Maine (Claro que seria lá) em busca de uma mudança em seu estilo de vida. Ele era um badalado médico em Chicago, mas sentia falta de passar um tempo com sua esposa Rachel e seus filhos, Eillen e Gage. O médico então decide aceitar uma vaga no ambulatório da universidade e compra uma propriedade na cidade. Lá, Luis conhece o doce casal de idosos que vivem na casa ao lado, Jud e Norma Crandall e rapidamente as famílias se tornam amigas. Jud explica que a propriedade que adquiriram é muito antiga e seu terreno adentra as matas que cortam a região. Jud explica que na localidade há um antigo local em que as crianças utilizavam para enterrarem seus bichinhos de estimação falecidos chamado "Simitério dos Bichos". Jud explica que o nome está escrito errado por justamente ter sido escrito por uma criança. Obviamente a curiosidade da família é grande e não demora a irem conhecer o tal Simitério. Após um terrível acidente, o gato de sua filha chamado Church é atropelado e morto, e Judd guia Louis até o cemitério, achando que o animal seria enterrado na localidade. É aí então que o velho morador revela ao médico uma outra lenda local que dizia que, após a barreira que separava o cemitério dos bichos, existia uma outra parte que nenhum morador ousava se aproximar pois a terra era amaldiçoada. Tudo o que era enterrado nessa parte do cemitério, misteriosamente voltava a vida. Os dois então partem em busca desse local e enterram o gato. Na manhã seguinte, assim como prometido, Church está de volta à vida, mas não é como se fosse o mesmo gato. Louis, infelizmente não sabia o mal que havia despertado e tampouco que aquela seria sua última viagem até o antigo cemitério. 

Tentei fazer essa sinopse sem revelar muitos detalhes e que se tornam cruciais para o desenvolvimento da trama. Procurei apenas descrever a história de uma forma genérica para vocês entenderem a trama em que O Cemitério se passa. A história é muito densa e King sabe como ninguém trazer essa atmosfera de medo e apreensão e, é claro, muitos elementos sobrenaturais. Apesar de todo o lado de "fantasia", a história do livro se torna uma das melhores em minha opinião, pois é tudo muito palpável. A narrativa traz debates sobre a vida e morte, ciência e religião e, principalmente, a dor de perder alguém muito próximo e ter que lidar com isso. Como seguir em frente após sua vida ser despedaçada? Em vários momentos vemos os personagens em conflito e lidando com sentimentos muitos reais como a culpa, o medo, a raiva e o remorso. São sensações tão fortes e humanas que você se reconhece ali nas páginas. 

Obviamente, é um livro de terror e eu devo dizer, esse é O LIVRO DE TERROR que tanto ansiava por ler. Mesmo que você não seja um fã do gênero, com certeza já ouviu por aí sobre a fama do autor de construir ótimas histórias com finais terríveis. Em O Cemitério, eu tive o prazer de ler uma ótima história de terror que abordou um tema riquíssimo e de maneira exemplar, trouxe à tona esses debates tão humanos e reais e um desfecho arrebatador. Poucas vezes me senti em êxtase lendo algo do gênero e mesmo após terminar a leitura, os questionamentos se mantiveram em minha mente. A escrita de King é quase visual de tão explícita e cruel e não se enganem: Em alguns momentos é bem difícil continuar a leitura, mas digo sem pensar duas vezes: Se você procura um livro de qualidade, leiam sem medo (ou com muito medo, desculpe o trocadilho).

Título Original: Pet Sematary
Direção:Kevin Kolsch, Dennis Widmyer
Produtora: Paramount Pictures
Lançamento: 9 de maio de 2019
Gênero: Terror
Duração: 120 min
Sinopse: Uma família se muda para uma nova casa, localizada nos arredores de um antigo cemitério amaldiçoado, usado para enterrar animais de estimação, mas que já foi usado para sepultamento de indígenas. Algumas coisas estranhas começam a acontecer, transformando a vida cotidiana dos moradores em um pesadelo.


Três anos após o lançamento do livro, chegou as telonas, em 1986, a primeira versão de o Cemitério, batizada como Cemitério Maldito. Na época o filme foi uma febre e um fenômeno de bilheteria. Vale a pena lembrar que filmes do gênero começaram a se tornar cada vez mais populares graças ao lançamento em 1973 de um dos filmes mais lendários da geração, O Exorcista. Chegamos ao ano de 2019 e o remake, apesar da carinha renovada, se manteve bem próximo da versão original e traz diversas cenas idênticas à primeira versão.  Fui ao cinema cercado de expectativas mesmo após assistir ao trailer e perceber que fizeram mudanças imensas no roteiro com relação ao filme (falaremos mais a frente sobre). O longa basicamente traz a mesma premissa do livro e acho que os diretores souberam trabalhar muito bem com isso. A adaptação da cidade é fantástica e eu realmente me senti lendo ao livro e vendo os diversos cenários, como a universidade, a casa médico, o cemitérios, dentre outros. Algumas cenas foram realmente reproduzidas com fidelidade, principalmente as da primeira metade do filme. Estava confiante que teríamos ali uma ótima adaptação, porém, a coisa começou a desandar após a tal grande mudança no roteiro. A partir desse ponto, o filme resolve seguir por outra estrada e traz um roteiro um tanto quanto confuso e nada pertinente.



O longa soube aproveitar as tomadas de suspense pra criarem uma atmosfera densa e carregada, mas são em poucos momentos que tais cenas realmente causam impacto. Por ter finalizado a leitura na sexta-feira e ido ver o filme no dia seguinte, tudo estava muito fresco na minha cabeça e durante todo o filme fiquei me perguntando do porquê mudar tantas coisas que são ótimas (e cruciais para a trama). O final do longa foi totalmente repensado e não me convenceu, porém, para os meus amigos que não leram o livro, o resultado foi satisfatório. É um filme que te prende e diverte, contudo, creio que poderia ter sido bem aproveitado mesmo com as mudanças realizadas. O filme não consegue exprimir o sentimento de angústia e em algumas cenas senti exatamente a antítese do livro, com tomadas de pouco impacto e soluções pouco criativas.

Livro x Filme

Falar dessa parte sem fazer comparações e soltar spoilers, é inevitável. Se você pretende ler o livro ou ainda não assistiu o filme, recomendo fortemente que o faça antes de ler essa parte aqui. Volta aqui depois, não tem problema, mas aviso: Pode conter spoilers.

A primeira grande mudança que senti entre as obras foi na criação da relação entre Louis e seu vizinho, Judd. No livro, os dois são muito mais próximos e o médico acaba tendo no vizinho uma imagem paternal. Os dois são muito apegados, o que justifica o velho ter mostrado o tal cemitério para Louis para enterrar o gato. No filme a relação entre os dois é pouco explorada, sendo direcionada para a filha do médico, Eillen.

O que comentamos acima sobre trazer os questionamentos entre perda, luto, morte são pouco abordadas no filme e isso foi o que mais me decepcionou. A história do livro, em minha opinião, se torna tão emblemática por justamente permear a realidade com sentimentos tão humanos. O filme aborda de maneira superficial de maneira que não despertou a empatia, tal qual eu senti no livro, porém, gostaria de destacar um aspecto super positivo no filme: Rachel, a esposa de Louis sofreu um trauma muito grande quando criança, após ter que cuidar de sua irmã mais velha que sofria de uma grave doença degenerativa. A relação das duas foi tão traumática que após a perda da irmã, Rachel desenvolve uma forte fobia sobre a morte e qualquer tema relacionado a tal. Esse aspecto é fundamental para a construção da história e, em minha opinião, a forma que o filme se utilizou desse gancho foi superior ao do livro, trazendo uma Rachel ainda atormentada por visões da irmã, o que tornam suas atitudes e o sentimento de repulsa ainda mais pertinente. Outro ponto que vale o destaque é Church: A participação no longa foi tão satisfatória quanto no livro. Trouxeram o bichano da maneira mais sombria e asquerosa tanto quanto um gato morto-vivo deve parecer.


Não irei comentar muito sobre esse próximo tema, porém, não posso deixar em branco: A morte de um personagem em específico. Entre as duas obras ocorrem a mudança de quem morre e isso exerce impacto direto na direção que irão seguir. No filme com a mudança (e que não me agradou), acabam seguindo para um caminho meio de psicopatia e vingança, enquanto no livro, seguimos para o caminho mais sobrenatural em que se é explorado as lendas locais indígenas. Como citei mais acima, esse evento chave funciona como um divisor de águas em que as duas obras seguem por caminhos diferentes. O desfecho do filme adotado foi um SUPER clichê e apagou totalmente a originalidade com que a obra termina. Os diálogos do filme também são bem aquém do esperado, assim como as decisões que os personagens tomam são questionáveis.

Em suma, a adaptação é boa, com uma excelente direção de arte, fotografia e trilha sonora (com direito a música do Ramones nos créditos finais), mas que possui sérios problemas de coerência em seu roteiro. Apesar de bons momentos e ótimas cenas de suspense, o filme não foi capaz de trazer o impacto do livro, mas mesmo assim, diverte e te proporciona um susto ou outro. Se você não leu o livro, suas chances de gostar do filme são maiores (com exceção do final que é realmente péssimo)

No mais, deixo aí minha sugestão de leitura, espero que não tenha me excedido muito.


Dessa forma, minhas notas finais foram:

Livro: 5,0/5,0
Filme: 2,5/5,0

Espero que tenham gostado da resenha/crítica e fiquem ligados que teremos muito mais King por aqui em breve. Até lá! :)
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Foto: Gabriel Ferrari
Olá, pessoas! Tudo bem com vocês?

Eu sei, me perdoem pelo sumiço semana passada. Como alguns de vocês sabem, estou cada vez mais próximo de apresentar o meu TCC e as coisas ficaram um pouco caóticas em minha rotina. Não tenho tido muito tempo pra ler, mas prometo que estou acabando e vou recompensar vocês por todo o tempo perdido. Em meio ao turbilhão de problemas pessoais que tenho enfrentado nesses últimos meses e prazos cada vez mais curtos, encaixei a leitura do volume de estreia da saga escrita por Patrick Ness e trazida pelo Brasil pela editora Intrínseca em uma edição caprichada e de encher os os olhos. Mundo Em Caos foi o meu livro escolhido para maio em parceria com a editora e hoje vim falar um pouquinho dele para vocês.


Autor: Patrick Ness
Editora: Intrínseca
Gênero: Fantasia, ficção, distopia
Número de páginas: 445
Sinopse: Em um mundo pós-apocalíptico, uma infecção rara e perigosa causou o inimaginável: a morte de todas as mulheres. O mesmo germe fez com que os pensamentos dos homens se tornassem audíveis, e agora o caótico Ruído está por toda parte. É impossível guardar segredos no Novo Mundo.Todd Hewitt é o único garoto entre os homens da cidade de Prentisstown, e mal pode esperar para se tornar um deles. No entanto, o lugar esconde algo grave, capaz de mudar o futuro de Todd e do Novo Mundo para sempre. A apenas um mês de se tornar homem, um segredo impensável é revelado, e ele se vê forçado a fugir antes que seja tarde demais. Acompanhado por seu fiel escudeiro, o cachorro Manchee, ele empreende uma jornada repleta de perigos e se depara com uma criatura estranha e silenciosa: uma garota. Mas quem é ela? E por que não foi morta pelo germe como todas as mulheres?


A cidade de Prentisstown é uma colônia localizada no Novo Mundo e acredita-se ser a última cidade que ainda contém vida humana. O Novo Mundo é o nome que se dá para o planeta que os humanos ocuparam após fugirem da Terra. (Na narrativa principal não é explicado o motivo, mas em um conto extra no final do livro o tema é novamente abordado).  Nesse planeta, uma guerra entre os humanos e os Spackles, os nativos da região foi travada para a conquista de territórios e recursos naturais. Durante a guerra, os humanos acreditam que tais nativos selvagens liberaram um germe que contaminou toda a população, dizimando toda as mulheres da sociedade. A cidade de Prentisstown conta somente com 147 habitantes, sendo Todd Hewitt o único menino dessa colônia, uma vez que aos 13 anos de idade, os garotos tornam-se adultos. O germe, além de dizimar a população feminina, trouxe mais um efeito colateral: A perda do silêncio. Os sobreviventes agora são capazes de ouvirem os pensamentos de todas as pessoas e animais próximos, não havendo um minuto sequer de paz. Os pensamentos são denominados de "O Ruído" e é impossível esconder qualquer coisa da cidade, uma vez que seus pensamentos são compartilhado para todos. Em meio ao ensurdecedor mundo caótico dos pensamentos, Todd escuta um som no qual não está habituado em ouvir na floresta que cerca a cidade. Na verdade, se trata da ausência de Ruído. Silêncio. Após se embrenhar na mata com seu fiel cão, eles encontram algo totalmente inesperado. Uma mulher. A última. Rapidamente a história se transforma em uma busca pela verdade e Todd precisa proteger a estranha menina a todo custo. Junto os dois mergulham nos mistérios da cidade e descobrem coisas que, apesar de todo o Ruído na cidade, foram mantidos em segredo.

Quem é aquela garota? Como ela sobreviveu ao vírus? E porque ela não fala?

Eu fiquei muito surpreendido pela narrativa da história. Obviamente, em uma rápida leitura da capa e da sinopse você entende os principais elementos da narrativa, mas não esperava que a mesma fosse tão bem construída e narrada. Certamente como em qualquer distopia, Mundo Em Caos traz diversas críticas sociais e culturais e que o transforma em uma leitura de suma importância, tal como o aclamado O Conto da Aia. O Novo Mundo é totalmente governado por homens e mais uma vez há o debate da supremacia masculina. Nesse mundo criado por homens só existe guerra, destruição e derramamento de sangue. Aos poucos, os sobreviventes se tornam cada vez mais violentos, agressivos e autoritários. O prefeito da cidade é um homem que valoriza a guerra e o poder das armas e priva cada vez mais o acesso da população à educação. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Os livros são queimados, não existem escolas e como resultado a população se torna cada vez mais cega e ignorante.  Assim como em Lua de Larvas, um outro livro do gênero e que eu AMO de paixão, o governante possui a clareza de que conhecimento é poder e a única forma de implantar seu governo autoritário é mantendo a população no escuro, sendo mais fácil dominar os habitantes de Prentisstown. Aqui nesse ponto possuímos um outro fator muito interessante pois através do padre Aaron, a religião é utilizada como ferramenta de dominação de forma a subjugar qualquer um que se opõe de maneira diferente do que eles querem. O livro passa uma mensagem muito forte a respeito da quebra da individualidade e isso é muito bem representado através do Ruído, barulho ensurdecedor que contém o pensamento de todos os homens da cidade. Se eu posso ouvir o que as pessoas pensam, eu posso controlar a forma como elas pensam e moldá-las de forma a acreditarem que as minhas verdades são as únicas verdades. Aqui cabe muito bem outra crítica a nossa sociedade atual, não concordam?

O ruído é o homem sem filtro, e, sem filtro, o homem é só caos em movimento.  

Como também já devem ter adivinhado, o livro aborda questões sobre feminismo e a luta por igualdade. Ao meu ver, não foi uma parte muito bem explorada, mas por se tratar de uma trilogia, acredito que nos próximos livros teremos esse movimento tomando mais força (tomara!). Em Mundo Em Caos também retrata as guerras de colonização e a forma como os verdadeiros habitantes da terra são tratados ao terem contato com o "estrangeiro". Vocês estudaram no ensino médio que Novo Mundo era exatamente a forma como os exploradores europeus denominaram o novo continente ao desembarcarem nas Américas. A visão do índio como inimigo, selvagem e ameaçador também fica muito clara, pois essa é a maneira exata que o prefeito descreve os  Spackles, os verdadeiros donos da terra. Mais uma vez a ganância e a sede ao poder e controle dos homens sendo abordados. Mundo em Caos soube misturar em igual medida as críticas a nossa sociedade com a fantasia da história de forma a trazer uma obra correta do início ao fim. Eu gostei demais da maneira com que Patrick escreve e a história me instigava a ler mais, mesmo em alguns momentos a narrativa ter sido um pouco lenta e cansativa. Os bons momentos se concentram nos capítulos finais do livro e que trazem diversas reviravoltas e abrem novas questões que serão discutidos nos volumes seguintes da série e que definitivamente irei ler.

Foto: Gabriel Ferrari


Mundo Em Caos é uma obra atual e que se propôs a colocar o dedo na ferida e apontar diversas falhas de nossa sociedade, governada quase que exclusivamente por homens que não querem nada além do poder. Com sua narrativa ágil, personagens bem construídos e que possui uma ótima história de ficção por trás, se torna um dos meus livros favoritos de 2019. A obra já possui seus direitos cinematográficos adquiridos e em breve, a adaptação chega às telonas. Fiquem ligados!


Livro cedido em parceria com a Editora Intrínseca.

Nota: 4,0  / 5,0  

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Foto: Gabriel Ferrari

Olá, pessoas!

Tudo bem com vocês?

Não sei se acontece com vocês, mas toda vez que um mês se inicia, eu procuro me planejar e determinar algum objetivo para ser alcançado durante tal período. Como se já não participasse de desafios suficientes, enquanto arrumava minha estante em busca de espaço para minhas novas aquisições, me dei conta que possuo muitos livros da Editora Intrínseca a serem lidos e, portando, selecionei 5 deles para ler agora em maio. Não tenho a menor ideia se irei conseguir ler todos, mas prometo que irei tentar, até porque são livros super bem avaliados e as histórias me chamam muita atenção. Prometo fazer meu melhor e trazer ótimas resenhas aqui pro Cores. Palavra de escoteiro!


 Livro 1: Mundo Em Caos - Patrick Ness 



Autor: Patrick Ness
Gênero: Fantasia, Ficção, Distopia
Número de Páginas: 480
Sinopse: Em um mundo pós-apocalíptico, uma infecção rara e perigosa causou o inimaginável: a morte de todas as mulheres. O mesmo germe fez com que os pensamentos dos homens se tornassem audíveis, e agora o caótico Ruído está por toda parte. É impossível guardar segredos no Novo Mundo.Todd Hewitt é o único garoto entre os homens da cidade de Prentisstown, e mal pode esperar para se tornar um deles. No entanto, o lugar esconde algo grave, capaz de mudar o futuro de Todd e do Novo Mundo para sempre. A apenas um mês de se tornar homem, um segredo impensável é revelado, e ele se vê forçado a fugir antes que seja tarde demais. Acompanhado por seu fiel escudeiro, o cachorro Manchee, ele empreende uma jornada repleta de perigos e se depara com uma criatura estranha e silenciosa: uma garota. Mas quem é ela? E por que não foi morta pelo germe como todas as mulheres?


Pra quem acompanha meus textos aqui no site, não é surpresa nenhuma o fato que amo distopias. Nos últimos anos tenho lido muitos livros do gênero pois acredito que seja a melhor forma de fazer críticas a algo específico que envolva nossa sociedade. Mundo Em Caos foi enviado pela editora Intrínseca através de nossa parceria e eu fiquei SIMPLESMENTE apaixonado por essa capa. Gente, sério, o livro é lindo. Não quero falar muito sobre pois em breve haverá uma resenha especial aqui no site, mas estou muito curioso com essa leitura. O livro é o volume 1 da série Mundo Em Caos e seus direitos já foram comprados e em breve teremos a adaptação cinematográfica da obra.

Compre Mundo Em Caos: Amazon 



 Livro 2: Faca De Água - Paolo Bacigalupi

Autor: Paolo Bacigalupi
Gênero: Fantasia, Ficção, Distopia
Número de Páginas: 400
Sinopse: um futuro árido e tumultuado, em que a água ganhou o status de commodity mais valiosa, o direito de uso das fontes e dos rios é alvo de disputas ferrenhas. Uma guerra entre governos, órgãos públicos e empresários, na qual vale tudo. Enquanto advogados e burocratas armam-se com infinitos processos judiciais, mercenários e militares subjugam proprietários de terra, implodem estações de tratamento e interrompem o abastecimento de regiões inteiras.Nesse cenário surge Angel, um faca de água, um dos muitos mercenários com a missão de cortar e desviar o fornecimento de água a mando de quem paga mais. Lucy é uma jornalista premiada que decidiu revelar para o mundo a realidade da Grande Seca. Maria é uma jovem cuja vida foi destruída pelos efeitos das mudanças climáticas. Quando o direito de usar a água significa dinheiro para alguns e sobrevivência para outros, o que esses três personagens não sabem é que seu encontro é um marco que poderá mudar tudo. Um novo fiel da balança que sempre pendeu para o mesmo lado.Futurista, mas nada improvável, Faca de água é um thriller que perpassa por questões econômicas, ambientais e éticas numa narrativa que extrapola o gênero, daquelas que se lê de uma tacada só e depois leva-se um longo tempo assimilando.

O que disse sobre Mundo Em Caos, pode ser facilmente replicado aqui para Faca de Água que retrata a questão da falta de água no mundo. Uma distopia que não está tão longe assim da realidade, não é mesmo? Comprei o livro em uma promoção da Amazon fazem alguns meses e ainda não consegui arranjar um tempo para ler, mas tenham certeza que em maio será lido. 

Compre Faca De Água: Amazon



 Livro 3: O Livro dos Baltimore - Joël Dicker

Autor: Joël Dicker
Gênero: Suspense, Thriller
Número de Páginas: 412
Sinopse: Marcus Goldman teve uma juventude inesquecível em Baltimore, ao lado dos primos e dos tios, a parte bem-sucedida de sua família e que ele tanto admirava. Mas a felicidade aparente não condizia com a realidade e o dia do Drama marcou o destino fatídico e inesperado de todos aqueles que ele mais amava.Oito anos depois, Marcus ainda tenta montar o quebra-cabeça do Drama, lidar com as consequências e entender o que aconteceu. Desencavando o passado, reacendendo paixões e desvendando mistérios, ele decide escrever o próximo romance sobre sua família, numa tentativa de se libertar de antigos ressentimentos e redimir aqueles que foram punidos pelos infortúnios da vida.Rivalidade, traição, sucesso, paixão e inveja: abordando temas presentes na vida de todos nós, Joël Dicker constrói brilhantemente o retrato de uma juventude, destacando a força do destino e a fragilidade de nossas maiores conquistas.

Os livros do romancista suíço tem ganhado o mundo e feito grande sucesso, principalmente aqui no Brasil. Com esse livro, será meu segundo contato com o universo do autor, mesmo não tendo gostado tanto de A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert (resenha completa aqui). Tenho muita vontade de ler O Livro dos Baltmore até porque um dos melhores personagens de seu livro anterior está presente na narrativa. O autor recentemente lançou O Desaparecimento de Stephanie Mailer e também tenho muita vontade de ler. Todos os livros foram trazidos para o país através da editora Intrínseca, sendo o último volume lançado primeiramente no Clube Intrínsecos. Se quiserem saber um pouquinho mais sobre o clube de assinatura da editora, a Cecis já fez alguns posts falando a respeito. Para ler, basta clicar aqui e aqui.

Compre O Livro dos Baltimore: Amazon




Livro 4: Precisamos Falar Sobre Kevin - Lionel Shriver

 Autor: Lionel Shriver
Gênero: Drama, Thriller
Número de Páginas: 461
Sinopse: Aos 15 anos, o personagem Kevin mata 11 pessoas, entre colegas no colégio e familiares. Enquanto ele cumpre pena, a mãe Eva amarga a monstruosidade do filho. Entre culpa e solidão, ela apenas sobrevive. A vida normal se esvai no escândalo, no pagamento dos advogados, nos olhares sociais tortos.Transposto o primeiro estágio da perplexidade, um ano e oito meses depois, ela dá início a uma correspondência com o marido, único interlocutor capaz de entender a tragédia, apesar de ausente. Cada carta é uma ode e uma desconstrução do amor. Não sobra uma só emoção inaudita no relato da mulher de ascendência armênia, até então uma bem-sucedida autora de guias de viagem.Cada interstício do histórico familiar é flagrado: o casal se apaixona; ele quer filhos, ela não. Kevin é um menino entediado e cruel empenhado em aterrorizar babás e vizinhos. Eva tenta cumprir mecanicamente os ritos maternos, até que nasce uma filha realmente querida. A essa altura, as relações familiares já estão viciadas. Contudo, é à mãe que resta a tarefa de visitar o "sociopata inatingível" que ela gerou, numa casa de correção para menores. Orgulhoso da fama de bandido notório, ele não a recebe bem de início, mas ela insiste nos encontros quinzenais. Por meio de Eva, Lionel Shriver quebra o silêncio que costuma se impor após esse tipo de drama e expõe o indizível sobre as frágeis nuances das relações entre pais e filhos num romance irretocável.

Da série de livros com capas simples e altamente perturbadoras, Precisamos Falar Sobre Kevin é, definitivamente, o vencedor. Algo nessa capa me deixa desconfortável, porém, é uma das histórias que mais estou curioso para ler, inclusive acho que irei iniciar por ela. Aqui temos um relato denso de uma mãe que conta a história por trás de seu filho, sociopata que mata 11 pessoas na escola. Sei que não será um livro fácil, ainda mais tendo em vista que a narrativa é toda construída através da visão da mãe sobre os terríveis acontecimentos. Pelo que li pela internet, é um livro bem pesado e denso, porém, apesar de ser um thriller, infelizmente é uma realidade enfrentada por muitas pessoas diariamente. Mais detalhes em breve.

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Livro 5: Ordem Vermelha - Felipe Castilho

Autor: Felipe Castilho
Gênero: Fantasia
Número de Páginas: 438
Sinopse: Você destruiria seu mundo em nome da verdade? A última região habitada do mundo, Untherak, é povoada por humanos, anões e gigantes, sinfos, kaorshs e gnolls. Nela, a deusa Una reina soberana, lembrando a todos a missão maior de suas vidas: servir a Ela sem questionamentos. No entanto, um pequeno grupo de rebeldes, liderado por uma figura misteriosa, está disposto a tudo para tirá-la do trono. Com essa fagulha de esperança, mais indivíduos se unem à causa e mostram a Una que seus dias talvez estejam contados. Um grupo instável e heterogêneo que precisará resolver suas diferenças a fim não só de desvendar os segredos de Untherak, mas também enfrentar seu mais terrível guardião, o General Proghon, e preparar-se para a possibilidade de um futuro totalmente desconhecido. Se uma deusa cai, o que vem depois? Ordem Vermelha: Filhos da Degradação é o preâmbulo da jornada de quatro improváveis heróis lutando pela liberdade de um povo, um épico sobre resistir à opressão, sobre lutar contra o status quo e construir bravamente o próprio destino.  

Dos 5 livros da minha lista para maio, Ordem Vermelha é o mais diferente de todos por ser um livro de fantasia. Para quem não sabe, lá em janeiro eu fiz uma postagem falando sobre minhas metas literárias para o ano de 2019 e, dentre elas, tenho o objetivo de ler mais livros do gênero durante o ano. O livro do escritor brasileiro Felipe Castilho possui uma das melhores avaliações entre leitores amantes de fantasia e pelo que pude ver, é o primeiro volume da série que é altamente aclamada e elogiada. Curiosidade a mil!

Compre Ordem Vermelha: Amazon 
 
Agora é a sua vez: Você tem alguma meta para maio? Quer ler algum livro específico? Conta aqui pra mim nos comentários e me diga também dos 5 livros dessa lista, qual você leria. Vamos conversar sobre. Lembrando que podem sempre deixar sugestões de livros, irei ler com o maior carinho, quero muito expandir meus hábitos literários e ler coisas cada vez mais diferentes. ♥

Nos vemos próximo sábado e até lá!


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Ainda perdida e ainda tentando achar luz em textos alheios e palavras autorais. Amante de café, literatura, fotografia, cinema, viagens e amor.

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