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365 Cores do Universo

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Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

Estou muito empolgada por trazer essa resenha para vocês, pois é a segunda vez em que posso abrir um espaço no blog para opinar sobre um livro da E L James, também conhecida como autora de 50 Tons de Cinza.

Depois da minha opinião sobre 50 tons (que rendeu um belo 2 como nota), a minha maior vontade era dar outra chance a escritora, por isso aceitei a história com o coração aberto. Porém, ela não se saiu muito bem.

Autor(a): E L James
Editora: Intrínseca
Gênero: Romance
Páginas: 432
Sinopse: Maxim Trevelyan é inglês, bonito, rico, nunca precisou trabalhar e quase nunca dorme sozinho. Essa vida fácil muda quando uma tragédia acontece e Maxim herda um título de nobreza, as propriedades da família e toda a responsabilidade que vem com isso. É um papel para o qual ele não está preparado, e que agora deve se esforçar para desempenhar. Mas o maior desafio de Maxim vai ser lutar contra a atração por uma jovem enigmática que conheceu recentemente e que guarda um segredo do passado. Discreta, Alessia é misteriosa e sedutora, e logo o desejo de Maxim por ela se transforma em algo que ele nunca experimentou e não ousa nomear. Mas, afinal, quem é Alessia Demachi? O que ela esconde? Maxim será capaz de protegê-la do mal que a ameaça? E o que ela fará quando souber que ele também tem seus segredos? Do coração de Londres, passando pelo cenário rural da Cornualha até a sombria e ameaçadora beleza dos Bálcãs, Mister é uma história de amor e suspense que vai deixar os leitores de E L James apaixonados.

Assim como apresentado na sinopse original do livro, Maxim, Mister, nosso protagonista, é rico, bonito, também o típico personagem dos romances sensuais. Alessia é seu contrário, pobre e ingênua. Enquanto Maxim tem a cada noite uma mulher em sua cama, Alessia nunca se deitou ao lado de um homem.

É logo nas primeiras páginas que a autora apresenta a essência de cada um. Maxim está dormindo com sua cunhada, ambos usam a desculpa que a morte recente do irmão causou esse sentimento. Já Alessia está quieta e calada enquanto observa a vida de seu Mister, seu chefe.

Os dois, porém, começam a se aproximar e Maxim descobre que o passado de Alessia na Albânia pode trazer muitas complicações para o presente que os dois tentam construir juntos.


Juro que vou tentar não comparar esse livro a trilogia de sucesso da autora, pois são histórias bem diferentes, mesmo que tenham a mesma base. Mas antes de tudo, quero dizer que minha vontade de ler estava em entender se a autora se preocupava com questões que ela não se preocupou ao apresentar 50 Tons para o mundo. Então vou começar a resenha pelos pontos positivos.

E L James mostra novamente o clichê do homem rico e da pobre menina inocente, o que faz com que ela crie um clima para seu maior foco como escritora: o sexo. Diferentemente da trilogia, o sexo presente em Mister é em todos os momentos consentido (pontos para a autora), o protagonista, Maxim, não é possessivo e é até carinhoso com Alessia (o que é o mínimo para quem diz estar apaixonado) e ela soube trabalhar muito bem - ainda sim poderia ser melhor - a cultura da Albânia, assim como o tráfico de mulheres. Não quero entrar no assunto, porque isso seria um tremendo spoiler de toda a história, porém, eu precisava destacar que eu gostei da forma com que a autora abordou esses assuntos, porque foi de forma singela e muito verdadeira.

Algo que pode alegrar alguns leitores e que ao mesmo tempo pode ser do desagrado de outros é que o livro não é tão pesado quanto 50 Tons. Todas as cenas para maiores de 18 anos são bem mais simples e não estão em tantas quantidades quanto em qualquer livro da trilogia.

A verdade é que eu esperava muito mais da história e, provavelmente, foi por isso que ela não me conquistou. Como é um livro único e relativamente curto (apesar da quantidade de páginas é fácil ler em um dia), eu achei que a autora fosse conseguir trazer todas as suas ideias centrais e concluir com elas. Porém, a obra passa muito rápido e ela se torna extremamente simples.

Talvez seja o clichê da história ou o fato de E L James não criar personagens diferentes que fez com que o livro se passasse em branco, não acredito que seja uma história marcante, o que é uma pena. Isso transforma a obra no mais do mesmo, ela já apresentou a essência do que está em Mister, mas em outros livros.

Outro problema é o casal em si, que não tem muita química e em alguns momentos você pode torcer contra os dois, porque eles são sem graça. Isso tem haver com a forma com que os personagens são apresentados. Enquanto Maxim narra em primeira pessoa, o que dá uma aproximação com o leitor, as ações da Alessia são narradas em terceira pessoa, pela autora, o que nos afasta dela. Ela se torna uma personagem secundária, até por não ser bem desenvolvida. Já Maxim é um pouco o alívio da história, mas por cair no clichê ele acaba não ganhando a atenção de quem está lendo.

O livro não evolui, então não adianta colocar muitas expectativas no clímax da história. Por se manter linear e por não ter me surpreendido (talvez tenha me surpreendido de forma negativa), fico muito triste por ter finalizado a leitura e não ter conseguido tirar um pouco mais do que tanto falam de E L James.

Nota: 2/5 ♥ 
*Livro cedido em parceria com a Editora* 

Compre Mister | Amazon | Saraiva

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩

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Ei!

Estou de volta.

Dando continuidade a postagem do sábado passado, resolvi tirar o mês de julho pra fazer um balanço literário do seis (ou, no caso, sete) primeiros meses do ano. Dessa forma, no sábado passado contei pra vocês um pouquinho das melhores leituras fiz; Agora vamos para o outro extremo da lista e chegou a vez de falar das minhas piores leituras de 2019, até o momento. É um assunto um pouco delicado, porque nós seres humanos temos a terrível tendência a querer polarizar tudo. O fato desses livros estarem na minha lista de piores leituras, significa que, de alguma forma, as expectativas que estava para o livro não foram correspondidas. Seja por algum ponto na história que me desanimou, talvez um personagem mal inserido... Os motivos são diversos e conforme for listando, irei explicar exatamente o motivo para vocês. 

Ficamos combinados assim? Então tá bom. 


Para quem me conhece, o primeiro livro dessa lista não é nenhuma surpresa. Se não me falha a memória, eu li Piano Vermelho do Josh Marlerman em meados de fevereiro e como eu reclamei desse livro. Infelizmente, nesse caso em específicos, não existem justificativas: O livro é ruim e ponto final. Nada nesse livro funciona, a história é esquisita, os personagens péssimos, o final é simplesmente inesperado e incoerente, se eu for listar tudo que encontrei de errado nesse livro, eu não acabo hoje. Em suma, é péssimo. Chega a ser irônico pensar que Caixa de Pássaros, do mesmo autor, é um dos meus livros favoritos, mas Josh não conseguiu manter o mesmo ritmo e traz uma história muito questionável. O mais engraçado de tudo é que o livro até o meio, apesar de ruim, ainda é coerente e você até consegue ler (mesmo já com as expectativas baixo), mas quanto mais próximo do final o livro se aproxima (e eu juro que não sei o que aconteceu), parece que o autor sai escrevendo qualquer coisa que vem a sua mente, sem se preocupar com a história criada até então. Foi uma péssima experiência e um dos maiores fiascos literários, em minha opinião. Provavelmente eu o teria abandonado se não tivesse realizado a leitura em conjunto com uma amiga. Não dá. Pra completar, esse não foi a minha única experiência ruim com as histórias de Josh. Em janeiro eu li o seu livro mais recente, Uma Casa no Fundo de Um Lago, e posso repetir as mesmas críticas que fiz a Piano Vermelho. Josh entrou na minha lista de exclusões e dificilmente irei voltar a ler algo do autor, ao menos que me convençam do contrário.


Autor(a): Josh Malerman
Editora: Intrínseca
Gênero: Terror
Páginas: 320
Sinopse: Ex-ícones da cena musical de Detroit, os Danes estão mergulhados no ostracismo. Sem emplacar nenhum novo hit, eles trabalham trancados em estúdio produzindo outras bandas, enchendo a cara e se dedicando com reverência à criação — ou, no caso, à ausência dela. Uma rotina interrompida pela visita de um funcionário misterioso do governo dos Estados Unidos, com um convite mais misterioso ainda: uma viagem a um deserto na África para investigar a origem de um som desconhecido que carrega em suas ondas um enorme poder de destruição.Liderados pelo pianista Philip Tonka, os Danes se juntam a um pelotão insólito em uma jornada pelas entranhas mortais do deserto. A viagem, assustadora e cheia de enigmas, leva Tonka para o centro de uma intrincada conspiração. Seis meses depois, em um hospital, a enfermeira Ellen cuida de um paciente que se recupera de um acidente quase fatal. Sobreviver depois de tantas lesões parecia impossível, mas o homem resistiu. As circunstâncias do ocorrido ainda não foram esclarecidas e organismo dele está se curando em uma velocidade inexplicável. O paciente é Philip Tonka, e os meses que o separam do deserto e tudo o que lá aconteceu de nada serviram para dissipar seu medo e sua agonia. Onde foram parar seus companheiros? O que é verdade e o que é mentira? Ele precisa escapar para descobrir.


Pode ser uma surpresa para muitos, mas King está nessa lista. Esse é o momento que a internet vai abaixo. Gabriel falando mal do King? Não necessariamente. Optei por colocar Carrie, A Estranha nessa lista pelo fato de que a leitura não conseguiu superar minhas expectativas. O primeiro livro do mestre do terror é bom e super competente diante da proposta do autor, no entanto, eu esperava muito mais, diante da fama que a obra possui. Minha principal reclamação é que, em minha opinião, a história foi pouco explorada e "aproveitada" por King. Talvez por ser a sua primeira obra, o autor ainda não dispusesse de todas as artimanhas que o mesmo utilizou em seus livros posteriores. É engraçado pensar que o seu segundo livro Salém é simplesmente maravilhoso! Em Carrie, senti exatamente a falta de aprofundamento da personagem e a acho que a maneira com que King explorou os poderes um pouco falha. De todas as maneiras, é um dos clássicos da literatura mundial e uma referência das obras de terror. 


Autor(a): Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Terror
Páginas: 200
Sinopse: Carrie é uma adolescente tímida e solitária. Aos 16 anos, é completamente dominada pela mãe, uma fanática religiosa que reprime todas as vontades e descobertas normais aos jovens de sua idade. Para Carrie, tudo é pecado. Viver é enfrentar todo dia o terrível peso da culpa. Para os colegas de escola, e até para os professores, Carrie é uma garota estranha, incapaz de conviver com os outros. Cada vez mais isolada, ela sofre com o sarcasmo e o deboche dos colegas. No entanto, há um segredo por trás de sua aparência frágil: Carrie tem poderes sobrenaturais, é capaz de mover objetos com a mente. No dia de sua formatura, Carrie é surpreendida pelo convite de Tommy para a festa - algo que lhe dá a chance de se enxergar de outra forma pela primeira vez. O ato de crueldade que acontece naquele salão, porém, dá início a uma reviravolta cheia de terror e destruição.


O meu problema com Ninguém Pode Saber, da Karin Slaughter é justamente a protagonista. Vejam bem, o livro possui uma história que consegue até ser surpreendente e é muito bem desenvolvida. Karin possui uma escrita precisa e que me agradou muito, no entanto, o desenvolvimento da protagonista Andrea é sofrível. Por vários momentos eu quis entrar no livro e sacudir a mulher pelos ombros pra tentar acordar. Andrea é totalmente sem carisma, além de altamente boba e seus diálogos são péssimos. Ela é MUITO tapada e várias vezes a história fica emperrada justamente por causa dela e das péssimas decisões tomadas e, como consequêcia, a história perde um pouco o ritmo e fica monótona. Karin é mega famosa e vários amigos meus me indicam vários livros da autora e fui surpreendido por essa péssima personagem que com certeza estará em todas as minhas listas de pessoas detestáveis. A experiência geral do livro é boa, mas ela é realmente difícil de engolir.


Autor(a):  Karin Slaughter
Editora: HarperCollins
Gênero: Thriller, suspense
Páginas: 416
Sinopse: Andrea Oliver conhece a mãe, Laura, melhor do que qualquer outra pessoa. Sabe que ela é uma gentil fonoaudióloga moradora da pequena Belle Isle, cuja missão de vida é ajudar os outros e que nunca escondeu nada da filha. Laura é confiante, estável e segura de si ― o oposto de Andrea, que luta para encontrar um lugar no mundo, enquanto se sente perdida e desmotivada. Quando um rapaz entra em um shopping atirando para todos os lados, mãe e filha se veem em um cenário de terror de uma hora para a outra. O mais chocante para Andrea, porém, é conhecer um novo lado de Laura: ela testemunha a mãe cortando a garganta do terrorista de forma fria e implacável. Quando as imagens de Laura matando o homem viralizam, a polícia começa a investigar, e não vai parar até encontrar respostas. Porém, Laura se recusa a falar com os detetives e até com a própria filha, além de proibi-la de depor e expulsá-la de casa sem mais nem menos. Chocada com aquele comportamento, Andrea sabe que há algo por trás dessa história. Mas, quanto mais descobre sobre o passado da mãe, mais segredos vê que a mulher guardou. Ao que parece, por quase trinta anos Laura viveu na esperança de que ninguém descobrisse quem ela era de verdade. Agora um segredo seu foi revelado. O que mais ninguém pode saber?


Outro livro que entra para a lista das obras que estava muito curioso para ler, mas que me decepcionaram foi A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, do escritor francês Joel Dicker. A obra é mega conhecida e se tornou um dos grandes títulos do gênero, mas eu realmente não vi nada demais. A história é mega clichê, não é surpreendente e em alguns momentos, é até óbvia. O livro é muito bem escrito, isso eu não nego, e o autor consegue manter um bom ritmo dos eventos, trazendo novas revelações a cada capítulo, nos mantendo motivados a ler, no entanto, é uma história morna e nada mais. Acredito que o livro se encontra na mesma categoria de Carrie; criei muitas expectativas a respeito das obras e que, infelizmente, não foram correspondidas. Minha decepção com o autor é tamanha que tenho aqui seus outros dois livros, mas no momento ainda não tive coragem para lê-los.

Autor(a): Joel Dicker
Editora: Intrínseca
Gênero: Thriller, suspense
Páginas: 400
Sinopse: Marcus Goldman viu sua vida se transformar radicalmente. Com apenas vinte e oito anos, publicou um livro que se tornou um best-seller e o alçou ao status de celebridade, com direito a um apartamento chique em Manhattan, um carrão, uma namorada estrela de TV e presenças constantes nos tapetes vermelhos, além de um contrato milionário para um novo romance. E então foi acometido pela doença dos escritores: a síndrome da página em branco. A poucos meses do prazo para a entrega do novo original, pressionado por seu editor e por seu agente, Marcus não consegue escrever nem uma linha sequer. Na tentativa de superar seu bloqueio criativo, Marcus recorre a seu amigo e ex-professor Harry Quebert, um dos escritores mais respeitados dos Estados Unidos, que vive numa bela casa à beira-mar na pequenina cidade de Aurora, em New Hampshire. Às voltas com sua dificuldade em escrever, Marcus é surpreendido pela descoberta do corpo de uma jovem de quinze anos, Nola Kellergan — que desaparecera sem deixar rastros em 1975 —, enterrado no jardim de Harry, junto com o original do romance que o consagrou. Harry admite ter tido um caso com a garota e ter escrito o livro para ela, mas alega inocência no caso do assassinato.


A lista de hoje foi bem mais curtinha do que a de sábado passado e isso me deixa feliz, pois significa que estou fazendo ótimas leituras. Novamente torno a dizer que não são livros ruins, apenas possuem alguma coisa que não me agradou e/ou não correspondeu as minhas expectativas. Talvez vocês já tenham lido alguma dessas obras que listei e gostaram. Vamos debater sobre. Me conta aqui nos comentários um livro (ou vários) quese enquadram nessa categoria que discutimos.

Até o próximo sábado.


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TodaTeen

Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

Andei sumida e desviando dos caminhos que poderiam me levar até o blog, mas voltei, porque (finalmente!) estou de férias e pretendo trazer uma resolução para vocês de várias coisas legais que eu pude fazer. Uma delas é até mesmo me afastar do blog, então essas postagens de férias vão sair por agosto, mês em que eu não estarei mais em casa, mês de Bienal no Rio de Janeiro também e eu tenho várias novidades sobre ela!

Por hoje, porém, a resolução será de séries que eu vi na minha primeira semana de férias.

[Amazon Prime] Good Omens - 1ª temporada

Good Omens é uma série do serviço de streaming Amazon Prime lançada em 2019. Contando com apenas 6 episódios, a história vai falar sobre um anjo, Aziraphale, e um demônio, Crowley, que juntos vão tentar acabar com o Armagedom, também conhecido como o fim do mundo. Ambos possuem milhares de motivos para evitar o grande acontecimento, mas o maior deles está relacionado com a amizade que os personagens vão criando ao longo dos anos já que estão juntos desde Adão e Eva.

É uma série que eu já tinha muita vontade de assistir, porque a voz de Deus é dublada pela Frances McDormand, a voz do Diabo é feita por Benedict Cumberbatch (mesmo que essa tenha se mostrado muito pequena) e o demônio Crowley é interpretado por David Tennant, que fez Doctor Who e é um dos meus doctor favorito. Porém, a série conquista o telespectador por muito mais do que isso. 

Como são poucos episódios, não é uma série que enrola, "enche linguiça", ela é muito direta e ácida também, então se você é religioso tente não levar tão a sério os comentários e as críticas feitas ao longo da história. 

No geral eu terminei querendo mais, muito mais, porque Aziraphale e Crowley fazem uma dupla improvável incrível, a série é super engraçada e muito bem construída. Ela conta com a ajuda de Neil Gaiman, sim o autor, porque é baseada em um de seus livros, então é como entrar em seu imaginário, o que é um aconchego para os fãs. 

[Netflix] Good Girls - 1ª temporada

Para a felicidade da Thalita, que resenhava aqui no blog, eu finalmente assisti Good Girls, uma série que ela falou bastante durante sua passagem pelo Cores. E juro para vocês, ela falou com razão, porque a história de Beth, Annie e Ruby é genial e impossível de largar. 

As três protagonistas são mães e cada uma está passando por algum tipo de problema financeiro, a Ruby, por exemplo, tem uma filha que está com câncer e precisa pagar o tratamento, mas ela não tem condições financeiras para isso. Assim, as três decidem assaltar um mercado local esperando conseguir uma quantia de até 30 mil, o que seria suficiente para que elas conseguissem mudar suas vidas economicamente. No entanto, ao contarem o dinheiro elas descobrem que conseguiram milhões e, pior, que estão envolvidas com uma gangue que faz lavagem de dinheiro. Aos poucos, Beth, Annie e Ruby ficam cada vez mais envolvidas no esquema e passam até a gostar de toda a situação.

Eu só vi a primeira temporada na minha primeira semana de férias (e é sobre ela que eu estou falando nessa publicação), então espero voltar em breve com a minha resolução sobre a série como um todo.

Mesmo que nesse primeiro contato com a história eu tenha me incomodado bastante com as ações de alguns personagens, principalmente Beth e Annie, eu me fissurei pela série. Não só porque ela consegue misturar o lado engraçado e atrapalhado das protagonistas com o drama presente na vida de cada uma de forma natural. Eu gostei mesmo porque é uma série de mulheres, mulheres fortes, independentes e mães. Normalmente quando falam sobre mães nos filmes elas são donas de casa que perderam sua vida para cuidar de seus filhos, em Good Girls não. Por isso, já era de se esperar que a série tivesse pegadas feministas em vários momentos, então é uma série que vale cada segundo do seu dia, por favor maratonem.

[Netflix] Stranger Things - 3ª temporada

Terceira temporada de Stranger Things lançou e, mesmo que eu tenha detestado a segunda temporada (fazendo polêmica aqui), eu decidi que assistiria a continuação. 

Diferentemente dos meus comentários anteriores, não pretendo contar sobre o que essa temporada irá falar, porque é melhor que você tenha assistido as passadas. Não quero dar nenhum spoiler. O que você precisa saber se estava em uma caverna sem Netflix, é que essa história vai contar com personagens sobrenaturais e vai colocar como foco o mundo invertido, literalmente o nosso mundo invertido. Os protagonistas são crianças e com o passar das temporadas eles vão amadurecendo, o que é interessante de assistir. 

Como eu disse, não fui fã da temporada anterior a essa e não posso dizer que também gostei da terceira temporada com muito fervor. Eu achei um tanto quanto vaga e alguns pontos da primeira temporada que foram abertos não foram se quer citados nas temporadas seguintes, o que me incomodou bastante. Alguns personagens me cansavam, como Eleven e Mike, e certas cenas me faziam revirar os olhos. Mas outros pontos me agradaram, como a amizade de Eleven e Max (momento girl power) e o nicho Dustin, Steve, Erica e Robin, com certeza os quatros foram o motivo de eu ter terminado a temporada. Não posso esquecer, porém, que algo realmente me alegrou: os poucos episódios. Anteriormente essa fora uma série que gostava de prolongar momentos desnecessários, mas nessa temporada parece que os diretores entenderam que era melhor ter poucos episódios e ganhar assim uma história mais consistente. 


E são essas as três séries que estiveram presentes na minha primeira semana de férias. Espero que alguma tenha despertado o interesse de vocês. Se não, aproveitem que a nova temporada de Queer Eye acabou de lançar e se divirtam com os fab5.

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩

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Olá, meus queridos!

Tudo bem com vocês? 

Finalmente chegamos em julho. Mês de férias, relaxamento... e muita leitura, é claro! Passamos da metade de 2019 (eu sei, ainda é difícil de acreditar que 2020 está cada vez mais próximo); sei que é papo de velho, mas parece que foi ontem que o ano começou e lá estava eu, o ingênuo Gabriel traçando metas ao longo dos meses. Eu tinha como principal objetivo conseguir ler 100 livros, além dos outros inúmeros desafios literários que fui me metendo; até o momento em que esse texto foi publicado, finalizei a minha 28ª leitura. Estou um pouco longe da meta e creio que não irei conseguir atingi-la, no entanto, irei seguir firme e forte e me aproximar o máximo possível do número. No meio desses 28 livros, resolvi escolher 6 deles que considero os melhores, ao menos até o momento, dia 20 de julho. Provavelmente até dezembro essa lista ainda irá mudar muito e estou bem animado para comparar essa resenha com a minha lista final. Bem, isso é assunto para o final do ano! Vamos ao que interessa. 

Em janeiro, comecei o ano super focado e lendo que nem maluco: Foram um total de 6 livros e dentre eles, escolhi Pequenas Grandes Mentiras, da Liane Moriarty. O livro já tem resenha aqui no site e tudo nele é maravilhoso. Desde os personagens altamente carismáticos, a maneira com que a autora escreve acerca dos dramas vividos por cada um deles é muito humano e palpável. Por diversos momentos me reconheci em cada um deles e não são muitos livros que conseguem despertar esses sentimentos. Como uma boa obra de suspense, o livro possui um plot twist espetacular e é impossível desgrudar da obra. Eu me lembro que queria largar tudo só pra ler e valeu cada página. Mesmo que a minha liste mude até dezembro e novos livros ocupem esses espaços, dificilmente irei substituir Pequenas Grandes Mentiras. Indico para todos os meus amigos e conhecidos, realmente vale a pena. Se você já é fã de séries, vale a pena também conferir adaptação da série produzida pela HBO.


Autor(a): Liane Moriarty
Editora: Intrínseca
Gênero: Drama, Suspense
Páginas: 399
Sinopse: Todos sabem, mas ainda não se elegeram os culpados. Enquanto o misterioso incidente se desdobra nas páginas de Pequenas grandes mentiras, acompanhamos a história de três mulheres, cada uma diante de sua encruzilhada particular. Madeline é forte e passional. Separada, precisa lidar com o fato de que o ex e a nova mulher, além de terem matriculado a filhinha no mesmo jardim de infância da caçula de Madeline, parecem estar conquistando sua filha mais velha. Celeste é dona de uma beleza estonteante. Com os filhos gêmeos entrando para a escola, ela e o marido bem-sucedido têm tudo para reinar entre os pais. Mas a realeza cobra seu preço, e ela não sabe se continua disposta a pagá-lo. Por fim, Jane, uma mãe solteira nova na cidade que guarda para si certas reservas com relação ao filho. Madeline e Celeste decidem fazer dela sua protegida, mas não têm ideia de como isso afetará a vida de todos. Reunindo na mesma cena ex-maridos e segundas esposas, mães e filhas, bullying e escândalos domésticos, o romance de Liane Moriarty explora com habilidade os perigos das meias verdades que todos contamos o tempo inteiro.


Seguindo nossa lista (e sei que não é surpresa alguma), o segundo livro que resolvi trazer aqui pra vocês é de ninguém menos que: Stephen King. Gente, eu sei que cansa, mas que autor! Apesar de poder citar vários dele que li esse ano e que entrariam fácil para esse pódio, escolhi falar sobre O Cemitério, que, em minha opinião, é uma de suas obras mais densas e completas. Caso queiram ler a resenha completa, basta clicar aqui. King possui um estilo muito peculiar de escrita e imprime muita identidade em seus textos. Em O Cemitério, o autor traz uma de suas melhores narrativas, que mantém o ritmo durante todas as páginas; no livro não existe capítulos desnecessários ou descrições imensas, já uma obra registrada do autor. Os personagens não são lá muito interessantes, mas a história é realmente bem escrita e narrada e o livro possui um dos melhores finais já criados pelo autor. Uma história profunda sobre perda e luto. Arrebatadora.


Autor(a): Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Terror
Páginas: 424
Sinopse: Louis Creed, um jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar em uma pequena cidade do Maine. A boa casa, o trabalho na universidade e a felicidade da esposa e dos filhos lhe trazem a certeza de que fez a melhor escolha. Num dos primeiros passeios pela região, conhecem um cemitério no bosque próximo à sua casa. Ali, gerações de crianças enterraram seus animais de estimação. Mas, para além dos pequenos túmulos, há um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras. Um universo dominado por forças estranhas capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível. A princípio, Louis Creed se diverte com as histórias fantasmagóricas do vizinho Crandall. No entanto, quando o gato de sua filha Eillen morre atropelado e, subitamente, retorna à vida, ele percebe que há coisas que nem mesmo a sua ciência pode explicar. Que mistérios esconde o cemitério dos bichos? Terá o homem o direito de interferir no mundo dos mortos? Em busca das respostas, Louis Creed é levado por uma trama sobrenatural em que o limite entre a vida e a morte é inexistente. E, quando descobre a verdade, percebe que ela é muito pior que seus mais terríveis pesadelos. Pior que a própria morte - e infinitamente mais poderosa.

Para o próximo livro, por mais que eu tenha pensado em maneiras de escrever uma resenha pra trazer aqui para o Cores, me faltaram palavras que pudessem exprimir tudo que eu senti ao ler Diário de Uma Escrava, da autora nacional Rô Mierling. O livro publicado pela Darkisde traz uma ficção com o compilado de histórias reais de meninas que foram raptadas por maníacos sexuais e passaram anos sendo submetidas aos mais diversos tipos de tortura e humilhações. Eu o li em meados de março para o clube do livro do qual faço parte, mas até hoje não esqueço o impacto da narrativa de Rô. Sua escrita é explícita e visceral; é impossível para o leitor não se transportar para a pele da personagem e sentir todo o medo, a angústia e o sofrimento vivido por ela enquanto tenta escapar do cativeiro. O final do livro é de partir o coração e nunca chorei tanto ao ler. É um livro forte e que não recomendo a todos, principalmente para as pessoas que possuem dificuldade em digerir cenas fortes e pesadas. Ele se encontra nessa lista, pois, apesar de ser uma leitura difícil, acho extremamente essencial e serve como uma mensagem de alerta. 


Autor(a): Rô Mierling
Editora: Darskide
Gênero: Drama
Páginas: 224
Sinopse: No Brasil, todo ano, 250 mil pessoas desaparecem sem deixar vestígios. Desse total, 40 mil são menores de idade, dos quais um terço são meninas destinadas a fins sexuais. Muitas escapam ou são encontradas, contando histórias terríveis; outras nunca mais são vistas com vida.O sofrimento e as reviravoltas de uma menina sequestrada por um psicopata, mostrando o lado doentio e uma visão deturpada do sexo, e o uso da mulher como objeto sexual.


Pensei em trazer ao menos um livro de cada gênero para a lista e, não sei se vocês se lembram, mas no meu post lá do início do ano, eu havia prometido a mim mesmo que iria ler mais distopias. Mundo Em Caos, do autor Patrick Ness, chegou até o Cores através da parceria com a editora Intrínseca e como eu fiquei feliz em ler. A história é muito bem construída, além de obviamente ser repleta de críticas de cunho sociais e políticas, sempre presentes em obras do gênero. O livro ainda conta com um capítulo extra com um conto que preenche as lacunas deixadas durante a narrativa da história principal e quero muito ler os demais livros da série. Ah, e o filme também está chegando. Fiquem ligados! Resenha completa aqui. 


Autor(a): Patrick Ness
Editora: Intrínseca
Gênero: Fantasia, ficção, distopia
Páginas: 445
Sinopse: Em um mundo pós-apocalíptico, uma infecção rara e perigosa causou o inimaginável: a morte de todas as mulheres. O mesmo germe fez com que os pensamentos dos homens se tornassem audíveis, e agora o caótico Ruído está por toda parte. É impossível guardar segredos no Novo Mundo.Todd Hewitt é o único garoto entre os homens da cidade de Prentisstown, e mal pode esperar para se tornar um deles. No entanto, o lugar esconde algo grave, capaz de mudar o futuro de Todd e do Novo Mundo para sempre. A apenas um mês de se tornar homem, um segredo impensável é revelado, e ele se vê forçado a fugir antes que seja tarde demais. Acompanhado por seu fiel escudeiro, o cachorro Manchee, ele empreende uma jornada repleta de perigos e se depara com uma criatura estranha e silenciosa: uma garota. Mas quem é ela? E por que não foi morta pelo germe como todas as mulheres?


Mudando um pouco o estilo dos livros, trouxe para a lista Flores Para Algernon, do autor Daniel Keyes. A obra foi uma grata e emocionante surpresa e posso dizer com propriedade que foi uma das leituras que mais refleti e aprendi sobre a vida. Charlie Gordon é um homem com sérios problemas de desenvolvimento intelectual que se submete a uma cirurgia experimental capaz de torná-lo inteligente. A cirurgia é um sucesso e Charlie rapidamente começa a desenvolver seu intelecto, assimilar um quantidade cada vez maior de conteúdos e questionar assuntos que até então para ele passavam despercebidos. No entanto, o personagem sofre mudanças em seu comportamento e acaba se isolando e se tornando uma pessoa totalmente diferente do que ele era. O livro é lindo e muito emocionante. Mesmo não tendo avaliado com as 5 estrelas por conta de umas falhas que encontrei durante a narrativa, é uma obra que vale a pena a ser lembrada, tamanho impacto de suas narrativa, além de abrir espaço para muitas outras discussões. Resenha completa aqui. 

Autor: Daniel Keyes
Editora: Aleph
Gênero: Ficção científica
Páginas: 284
Sinopse: Uma cirurgia revolucionária promete aumentar o QI do paciente. Charlie Gordon, um homem com deficiência intelectual severa, é selecionado para ser o primeiro humano a passar pelo procedimento. O experimento é um avanço científico sem precedentes, e a inteligência de Charlie aumenta tanto que ultrapassa a dos médicos que o planejaram Entretanto, Charlie passa a ter novas percepções da realidade e começa a refletir sobre suas relações sociais e até o papel de sua existência. Delicado, profundo e comovente, Flores para Algernon é um clássico da literatura norte-americana.

E por fim, o útimo escolhido para essa lista é Contagem Regressiva do Ken Follett. Cecis, você provavelmente vai rir ao ver esse livro na minha lista, mas eu tive uma péssima experiência com um outro livro do autor e jurei que não iria ler mais nada dele. Depois de alguns pedidos da Cecília, eu resolvi aceitar o desafio e ler, mas confesso que estava com os dois pés, os braços e a cabeça pra trás. Não me entendam mal, Ken é um bom autor e possui ótimas histórias, no entanto, certas coisinhas em sua escrita me incomodam demais! Felizmente, Cecis estava certa e o livro é realmente arrebatador. A história é incrível e muito bem contada, além de Ken mesclar maravilhosamente bem eventos históricos com sua ficção. A reta final do livro é alucinante e não tenho nada pra dizer. Certamente apaguei totalmente a impressão que tinha sobre o autor e irei ler seus outros títulos. Para ler a resenha completa feita pela Cecis, basta clicar aqui. 


Autor(a): Ken Follet
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance Histórico
Páginas: 320
Sinopse: Certa manhã, um homem acorda no chão de uma estação de trem, sem saber como foi parar ali. Não faz ideia de onde mora nem o que faz para viver. Não lembra sequer o próprio nome. Quando se convence de que é um morador de rua que sofre de alcoolismo, uma matéria no jornal sobre o lançamento de um satélite chama sua atenção e o faz desconfiar de que sua situação não é o que parece.O ano é 1958 e os Estados Unidos estão prestes a lançar seu primeiro satélite, numa tentativa desesperada de se equiparar à União Soviética, com seu Sputnik, e recuperar a liderança na corrida espacial.À medida que Luke remonta a história da própria vida e junta as peças do que está por trás de sua amnésia, percebe que seu destino está ligado ao foguete que será disparado dali a algumas horas em Cabo Canaveral.Ao mesmo tempo, descobre segredos muito bem guardados sobre sua esposa, seu melhor amigo e a mulher que ele um dia amou mais que tudo. Em meio a mentiras, traição e a ameaça real de controle da mente, Luke precisa correr contra o tempo para conter a onda de destruição que se aproxima a cada segundo.

Então é isso, gente. Essa é a minha lista dos seis melhores livros de 2019, até o momento. Devo confessar que entre março-junho, não li quase nada, mas agora para o segundo semestre, quero limpar minha estante e ler a pilha dos que estão encalhados lá. Tenho certeza que até dezembro essa lista vai mudar muito e os livros irão render muitas outras resenhas e discussões aqui pro Cores. Conta aqui nos comentários pra mim quais são os seus seis livros favoritos até o momento, quem sabe eu não os coloque também na minha listinha final. :) 

Nos vemos na próxima semana. 

Até lá!


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Olá, pessoas!
Tudo bem com vocês?

Mal da para acreditar que já estamos praticamente na metade julho, não é? Como o ano tá passando rápido. É desesperador ver que a minha lista de filmes/séries/livros só cresce. Mas fazer o que, não é mesmo? 

Estou de volta pra contar um pouquinho pra vocês sobre a mais nova produção nacional da Netflix. Estreou no último dia 28 a série "O Escolhido", trama que mistura suspense com elementos sobrenaturais, lendas folclóricas e um conflito entre a fé e a ciência.

Data de Lançamento: 28 de junho de 2019
Direção: Michel Tikhomiroff
Gênero: Suspense
Duração: 6 episódios | 40 min
Sinopse:  Três jovens médicos são enviados a um vilarejo remoto do Pantanal para vacinar seus moradores contra uma nova mutação do vírus da Zika. Quando seus esforços para tratar a população são recusados, o trio se vê subitamente preso em uma comunidade isolada e coberta de segredos. Os residentes são devotos de um líder enigmático que diz ter o poder de curar doenças sem fazer uso da medicina. Isso os levará a confrontar a força da fé sobre a ciência.


Eu adoro o espaço que as produções nacionais tem conquistado ao longo dos últimos anos. Nossos diretores, atores e produtores estão se aventurando em temas e gêneros pouco explorados até então. Na Netflix, já é possível encontrar algumas séries e outros conteúdos brasileiros produzidos exclusivamente para o serviço, como a já conhecida 3%, que recentemente ganhou sua segunda temporada. Agora chegou a vez de O Escolhido ocupar os holofotes e trazer muito suspense e mistério para os telespectadores. O roteiro escrito por Mauricio Katz e Pedro Peirano foi adaptado de uma série mexicana lançada em 2011, chamada de Niño Santo. Ambas possuem a mesma premissa principal, porém, em O Escolhido foram trazidos elementos muito brasileiros e que foram muito bem vindos, no entanto, a série peca pela falta de detalhes, furos no roteiro e atuações fracas.

A história se passa no vilarejo fictício de Aguazul, cuja única entrada é através das misteriosas águas do pantanal. Lá seus moradores vivem quase em completa isolação e é proibida a entrada de qualquer estrangeiro sem o aval dos habitantes do vilarejo. Quando um grupo de médicos decide ir até o vilarejo com o objetivo de vacinar a população contra uma mutação do zica vírus, todos se recusam, pois ninguém fica doente. Segundo relatos, os moradores escolhem quando querem morrer e sempre de modo natural. Os médicos se recusam a irem embora e decidem vacinar a população mesmo assim: A partir desse ponto, a vida de Lúcia, Damião e Enzo muda drasticamente ao conhecer os estranhos costumes e rituais do vilarejo em que as pessoas não adoecem e são comandas por uma espécie de curandeiro, batizado de O Escolhido, representação máxima da fé dos habitantes. 

Aos poucos, Lúcia, Damião e Enzo vão mergulhando nos segredos do vilarejo e da espécie de seita formada pelas pessoas, que seguem todos os ensinamentos e comandos do Escolhido. A série a partir daí aborda de maneira muito clara o eterno debate entre ciência e religião. Os médicos são movidos pela razão e por tudo que aprenderam ao longo de suas vidas, enquanto todos os cidadão acreditam que o misterioso homem é um santo e capaz de curar todas as enfermidades através do poder da fé.  Além disso, a série também se aproveita da regionalização para explorar lendas e folclores da região, como o da Cobra Grande para a construção do seu roteiro, trazendo-a como a grande inimiga do Escolhido. A cobra, por sua vez, representa o pecado e a perdição, enquanto o curandeiro protege o vilarejo. Nesse ponto, fica muito claro as antíteses que a produção trouxe para a obra, o bem versus o mal, a ciência versus a religião. 


Toda a ambientação do vilarejo é simplesmente fantástica e mesmo a série não possuindo excelentes efeitos sonoros e visuais, convencem o telespectador. Aguazul automaticamente me remeteu ao
vilarejo fictício em que a história de Nova Jaguaruara (uma história de terror nacional) é narrada. (Caso queria ler, basta clicar aqui). Aqui a produção mostra que fez seu dever de casa direitinho e traz um vilarejo repleto de inúmeros detalhes e aquela cara de cidadezinha amaldiçoada do interior, com suas casas simples, ruas de chão batido e a típica igrejinha velha, palco de toda a trama. 

A série vai desenvolvendo esse roteiro principal ao longo dos seis episódios em que é exibida, e  a história é contada de maneira coesa e envolvente; Aos poucos, mais detalhes a respeito da cidade e do Escolhido são revelados, enquanto são dados ao telespectador flashbacks de memórias dos médicos, algo que contribui para a aproximação com os personagens. No final da temporada, diversos ganchos foram encerrados e outros mantidos abertos para uma possível segunda temporada. É aqui que ocorrem os grandes erros da produção brasileira. Em minha opinião, a série peca por muitos problemas de sincronismo com os eventos narrados e incoerências no roteiro; Uns são bem pequenos e passam facilmente, outros já são mais difíceis de ignorar.

A parte mais fraca de toda a série é a escolha do elenco. Gosto por terem optado por atores pouco conhecidos do público. É uma ótima oportunidade para a descoberta de novos talentos, no entanto, não funcionou. O trio de médicos é simplesmente detestável; Não possuem carisma, não se entrosam bem e as coisas não fluem. O mesmo vale para os moradores de Aguazul e o tal Escolhido. No final senti que a produção possui um lado independente e amador, mesmo com uma ótima ambientação e um roteiro eficiente. Algumas falas dos personagens são péssimas e bobas e as situações criadas por Damião e Enzo beiram o ridículo. Lúcia também é uma personagem bem difícil de se aproximar, pois a mesma se contradiz, volta atrás e muda de opinião o tempo todo.

Enquanto escrevia essa resenha, eu não conseguia me decidir se amei ou se odiei a série. Ao mesmo tempo que me sentia atraído e instigado pela história, a péssima atuação e os furos no roteiro me desanimaram bastante. Cada episódio é repleto de informações e outros elementos, mas ao mesmo tempo, a série consegue ser superficial e não abordar nenhum ponto de maneira mais específica. Apesar dos bons momentos em que a série discute sobre os avanços da ciência em conflito com a fé dos habitantes, gostaria que esse tema tivesse sido mais bem explorado, tenho certeza que o resultado seria uma série muito mais rica para se discutir. Falando em confusão e mistérios não resolvidos, a série bebe das influências deixadas por Lost em que o telespectador sai com mais perguntas do que respostas. Sou muito fã de histórias de suspense (vocês sabem), mas creio que se houver uma segunda temporada, a direção necessita corrigir tais erros e, principalmente, se aprofundar mais nos temas, pois ninguém irá dar crédito a uma série que promete muito, mas traz poucos esclarecimentos para o público.


Foi uma experiência agradável, mas que poderia ter sido melhor. Muito melhor. Mais forte. Mais densa. Mais explicativa. Menos confusa e incoerente. A relação dos habitantes pelo salvador não é explicado; tampouco a tal lenda da cobra. Em diversos momentos falam sobre ela, mas sua única aparição não convence, sendo totalmente avulsa para o desenvolvimento. Infelizmente, não vejo maneiras de melhorar a atuação do elenco. Espero que o entrosamento entre eles melhorem. De todas as formas, é uma série que merece a chance de ser assistida e comentada, tenho esperanças que esses elementos serão melhorados.Talvez a série nunca se transforme num clássico ou num fenômeno mundial como a série espanhola La Casa De Papel. Mas a mesma possui potencial para muito mais. 

Nota: 2,5/5,0

Bem, chegamos ao fim de mais uma resenha. Espero muito que vocês tenham gostado, não se esqueça de deixar seu comentário com sua crítica, dúvida ou sugestão. As coisas agora estão voltando ao ritmo normal e espero conseguir colocar em dia o meu cronograma de resenhas aqui pro Cores, mas isso é papo pra outra hora.

Bom final de semana e até a próxima!
 

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Ainda perdida e ainda tentando achar luz em textos alheios e palavras autorais. Amante de café, literatura, fotografia, cinema, viagens e amor.

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