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365 Cores do Universo

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Ei! Tudo bem? 

Recentemente vim aqui para conversar com vocês sobre um projeto que saiu do papel depois de muito tempo, o Clube Métrica. Um clube totalmente voltado a literatura, temos diversas conversas por lá e uma vez por mês escolhemos um livro para um grande debate. Quer saber mais? Confira essa postagem!

Porém, não estou aqui para falar do clube, mas sim da autora do livro escolhido para nosso debate do mês de agosto (que acontecerá dia 29). Michelle Sacks é a escritora de "Você Nasceu para Isso", livro já resenhado aqui no blog. É uma história dura, real e obrigatória, eu fiquei sem palavras com essa trama genialmente desenvolvida. 

Sinopse: Sam Hurley, professor, e sua esposa Merry, cenógrafa, trocam os confortos de Nova York por um estilo de vida completamente diferente em uma casinha isolada na Suécia. Apesar do quadro idílico que o casal com um bebê recém-nascido em paisagens de contos de fada representa, problemas com raízes muito profundas ameaçam o relacionamento. Sam, que nunca contou à esposa que na verdade foi demitido da universidade, também mente sobre seu dia a dia na nova cidade. Merry, por sua vez, sempre escuta do marido que nasceu para ser dona de casa, mas não sabe o que fazer com o ódio que alimenta por todas as tarefas cotidianas: a jardinagem sem-fim, a arrumação da casa, o preparo de refeições para a família e os cuidados com um bebê que por ora só parece dar trabalho. O instável equilíbrio da família se perde por completo com a visita da melhor amiga de Merry, a glamourosa Frank. Ela conhece Merry muito bem, conhece sua história, e agora, com a proximidade, é capaz de ver quem Sam realmente é. Mas Frank tem os próprios segredos, e, à medida que sua narrativa se junta à história do casal, fica claro que ela sofre pelos próprios pecados e talvez não seja capaz – ou não queira – salvar ninguém.

Michelle Sacks nasceu na África do Sul, porém atualmente mora em Berlim. É mestre em Literatura e Cinema pela Universidade da Cidade do Cabo. Ela chegou a ser indicada ao prêmio da Commonwealth em 2014 e duas vezes ao South African PEN Literary Award. 

Sua primeira publicação foi “Stone Baby”, um livro de doze contos lançado em Dezembro de 2017, que ainda não foi publicado no Brasil. Em 2018, a autora publicou “Você Nasceu para Isso”, sendo seu titulo original “You Were Made for This”, o livro foi publicado aqui no Brasil pela Editora Intrínseca. Em 2019, Michelle Sacks publicou “All the Lost Things”.

Exatamente por causa do clube, tive a oportunidade de conversar com a autora sobre o livro de agosto e falamos um pouco sobre a situação que estamos vivendo. Os assinantes do Métrica terão oportunidade de conferir esse bate papo e ainda terão acesso a materiais exclusivos. 

Por não conseguir resistir, separei duas perguntas para que o pessoal do Cores também pudesse conferir o que autora falou, mas o resto só indo no Clube Métrica e eu estou esperando todos vocês lá!


1. O tema do amor perpassa o livro inteiro. Tanto o amor maternal, o amor romântico e amor entre amigas. Entretanto, os relacionamentos dos personagens são tóxicos e turbulentos e isso faz o leitor questionar a veracidade desse amor. A questão mais delicada é o relacionamento de Merry com seu bebê. Como foi dar voz a algo que é extremamente sensível, porém importante?

Enquanto eu escrevia o livro, fui confrontada repetidamente com uma série de tabus que existem na sociedade - verdades desconfortáveis que simplesmente não queremos pensar, muito menos falar sobre. Eu queria ser capaz de abrir a conversa sobre maternidade: o fato de algumas mulheres simplesmente não quererem ser mães é menos controverso hoje em dia, mas a ideia de que as mulheres se arrependem de seus filhos, ou não conseguem amá-los, ou desejar que eles se vão, é outra coisa. Mas como isso pode não ser o caso? Como podemos imaginar que todas as mães do mundo estão dançando de alegria? Eu descobri um fórum para mães e comecei a me aprofundar no assunto – percebendo que na maioria dos casos, essas mulheres se sentiram presas por forças fora de seu controle. Elas nunca conseguiram decidir por si mesmas o que realmente queriam - elas simplesmente se ajeitaram em uma vida que parecia com as vidas ao seu redor. 

Como uma sociedade, gostamos tanto de conformidade que raramente somos encorajados a ter discussões profundas e difíceis com nós mesmos. Perguntando, o que eu quero? Isso é certo para mim? Ainda é a vida que eu quero? E se houvesse outra maneira de fazer isso? Estes podem ser perguntas tão assustadoras que preferimos não perguntar, mas me senti compelido a aprofundar para isso, não importa o quão desconfortável fosse.

2. Sam, durante o livro, se mostra controlador e possessivo. Por estarem excluídos na Suécia, ele controla a vida de Merry, tirando sua autonomia. Assim como Merry, estamos passando por um período de isolamento social devido a Covid-19. Frank percebe durante o livro o quão fácil é enlouquecer em uma quarentena e deduz ter acontecido o mesmo com as mulheres por ali. Vendo a situação atual, você diria que esse sentimento de enlouquecimento acontece com todos ou especialmente com pessoas como Merry?

Eu ouvi alguém dizer que a Covid-19 destaca o que já estava lá, e eu gosto dessa ideia. Se houver rachaduras no casamento, as coisas vão piorar. Se já era um bom relacionamento, é mais fácil de lidar. Claro, estes são tempos bizarros e nunca estivemos estressados e isolados assim antes - acho que todos temos direito a um pequena loucura.

Mas com toda a seriedade, é claro que mulheres como Merry, que se sentem terrivelmente isoladas e sozinhas vão se sentir ainda mais - e pior, as vítimas de violência doméstica devem estar sofrendo mais do que nunca agora.

Com a Merry, sua situação é um pouco ambígua, porque ela tem um marido controlador, mas ela também é profundamente dependente dele e precisa que ele diga quem ela é e o que ela é. Ela é uma vítima de "abnegação" - estar sem um eu, mais do que outra coisa.


Quer conferir a entrevista completa? Te espero no Clube Métrica!

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Olá, pessoas, tudo bem com vocês?

Vocês sabem, essa vida de leitor não é fácil. Quase sempre estou arrumando minha estante e reorganizando meus livro e eis que tive a ideia de trazer uma postagem especial para vocês falando dos melhores livros que já li da editora Darkside, uma editora especializada na publicação de obras de terror e suspense. Para quem não sabem, eles capricham na edição dos livros, trazendo uma belíssima capa e diagramação, além de dezenas de conteúdos extras como bastidores, entrevistas e outros materiais. Sou completamente obececado pelos livros e sempre que posso adquiro mais um pra minha estante; são esses que irei falar aqui pra vocês hoje. Bora?

  • Drácula - Bran Stocker


Sinopse: Durante uma visita de negócios ao castelo do conde Drácula, na Transilvânia, o advogado inglês Jonathan Harker descobre que seu cliente é um vampiro. Quando consegue escapar da sinistra fortaleza, ele volta à Inglaterra e inicia uma implacável caçada à criatura das trevas 
  • Sexta-Feira 13: Arquivos de Crystal Lake


Sinopse: O autor disseca os segredos por trás do filme de 1980, que deu origem ao assassino com a maior contagem de corpos do cinema Slasher: o imortal Jason Vorhees. O homem por trás da máscara está de volta, mais sangrento do que nunca. O livro traz fotos inéditas e centenas de depoimentos dos atores, membros da equipe e de fãs que também se destacaram no mundo do terror. A cada parágrafo, você vai se sentir andando pelos bastidores das filmagens. 

  • Ed & Lorraine Warren: Demonologistas


Sinopse: Eles enfrentaram os mistérios mais sinistros dos últimos sessenta anos, sempre em busca da verdade. Agora é a sua vez de entrar em contato com o sobrenatural. Você tem coragem? Então leia Ed & Lorraine Warren: Demonologistas, a biografia definitiva dos mais famosos investigadores paranormais do nosso plano astral. Não é de hoje que os fãs do terror conhecem Ed Warren e sua esposa, Lorraine. O casal foi retratado em filmes de grande sucesso, como Invocação do Mal, Annabelle e Horror em Amityville. Mas basta folhear as páginas de Ed & Lorraine Warren: Demonologistas para constatar que, muitas vezes, a vida pode ser bem mais assustadora que o cinema. No livro, Gerald Brittle desvenda alguns dos principais casos reais vividos pelos Warren. Ed e Lorraine permitiram ao autor acesso exclusivo aos seus arquivos sobrenaturais, que incluem relatos extraordinários de poltergeists, casas mal-assombradas e possessões demoníacas.

  • O Exorcismo


Sinopse: A história real que inspirou o clássico O Exorcista. “Livrai-nos de todo o mal, amém.” Um fenômeno quase paranormal atingiu o mundo em 1973. Multidões sofreram de náuseas, desmaios, alucinações e calafrios, numa histeria coletiva sem precedentes. Todos aparentemente possuídos por um filme: o já clássico O Exorcista, dirigido por William Friedkin e adaptado do romance que o roteirista Willian Peter Blatty lançara dois anos antes e que completa 45 anos em 2016. Se a ficção consegue ser tão assustadora, imagine o poder contido na história real? Muitos não sabem, mas a obra-prima de W. Peter Blatty não se trata de uma invenção. Ela foi inspirada num fenômeno ainda mais sombrio, desses que a ciência não consegue explicar: um exorcismo de verdade. A história real aconteceu em 1949, e você pode conhecê-la — se tiver coragem! — no livro Exorcismo, do jornalista Thomas B. Allen, lançamento da DarkSide Books em 2016. Exorcismo narra em detalhes os fatos que aconteceram com Robert Mannheim, um jovem norte-americano de 14 anos que gostava de brincar com sua tábua ouija, presente que ganhou de uma tia que achava ser possível se comunicar com os mortos. Thomas B. Allen contou com uma santa contribuição para a pesquisa do seu trabalho. Ele teve acesso ao diário de um padre jesuíta que auxiliou o exorcista Bowdern. Como resultado, seu livro é considerado o mais completo relato de um exorcismo pela Igreja Católica desde a Idade Média.
  • Serial Killers: Anatomia do Mal

Sinopse: O que faz gente aparentemente normal começar a matar e não parar mais? O que move - e o que pode deter - assassinos em série como Ed Gein, o psicopata americano que inspirou os mais célebres maníacos do cinema, como Norman Bates (Psicose), Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica) e Hannibal Lecter (O Silêncio dos Inocentes). Como explicar a compulsão por matar e o prazer de causar dor, sem qualquer arrependimento? De onde vem tanta fúria? As respostas estão no novo lançamento da editora DarkSide Books: Serial Killers - Anatomia do Mal, dossiê definitivo sobre o universo sombrio dos psicopatas mais perversos da história. 

- Postagem de Gabriel Ferrari
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"O que se passava, afinal, no mundo dos adultos, na cabeça de pessoas extremamente racionais, em seus corpos carregados de saber? O que os reduzia a animais dentre os menos confiáveis, piores que os répteis?"

Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

Depois de duas grandes postagens sobre A Vida Mentirosa dos Adultos eu, finalmente, trago à vocês, queridos leitores, a resenha de uma das melhores obras já escrita por Elena Ferrante. 

A Vida Mentirosa dos Adultos - Elena Ferrante 
Sinopse: As mudanças no rosto de Giovanna anunciam o início da adolescência e não passam despercebidas em casa. Dois anos antes de abandonar a família e o confortável apartamento no centro de Nápoles, Andrea não se dá conta do que sentencia quando sussurra para a esposa que a filha é muito feia. Essa feiura estética, mas que também indica uma possível falha de caráter, recai sobre Giovanna como uma herança indesejável de Vittoria, a irmã há muito renegada por Andrea. Aos doze anos, a menina vê um rosto no espelho e, embora não compreenda a fundo o peso daquela comparação, sente que algo está irremediavelmente à beira de um abismo. O amor e a proteção oferecidos pelo lar são as primeiras estruturas a desmoronar quando Giovanna decide conhecer a mulher que pode encarnar seu futuro. Os encontros com a tia são o ponto de partida para o embate com inúmeras questões existenciais ― é possível pertencer a algum lugar em uma Nápoles de contrastes entre o cinza industrial e sua sociedade rica e instruída? Ou transcender os erros e pecados cada vez mais aparentes de pais outrora perfeitos? Como sobreviver ao despertar do desejo? Ao longo dos anos acompanhamos os percalços da transição da infância protegida de Giovanna a uma adolescência exposta às complexidades daqueles que a cercam, evocando também a possibilidade de levar a vida adulta como nenhuma outra mulher fizera até então. Um romance extraordinário sobre transições, paixões e descobertas.

Foi assim, Giovanna aos seus 12 anos descobriu que o pai, aquele que sempre a amou e a elogiou, disse que sua filha estava se tornando Vittoria. No mesmo momento o mundo perfeito de Giovanna foi destruído, ser comparada a tia que sempre fora descrita como feia, má e cruel, fez com que tudo mudasse. Fez com que a menina precisasse viajar até o outro lado de Nápoles, o lado que ela conhecia como ruim, ela precisava conhecer tia Vittoria, ela precisava saber quem ela estava se tornando. 

Claro que eu poderia falar muito mais sobre a trama, mas é exatamente essa descoberta de Giovanna que dá o gás para o livro inteiro, é se perceber e compreender sua mudança de menina para mulher, por consequência, desmascarar a vida que levava. 

Desta maneira, Ferrante nos conduz a uma história crua sobre realizações e descobertas. Nos leva para um lugar que muitos já conheceram e muitos ainda vão conhecer. Consegue, com maestria, invocar no leitor a empatia pela personagem principal, que passa por diversas transformações ao longo das 432 páginas.

Com sua escrita ansiosa e nervosa, a autora consegue mostrar o melhor cenário possível: sim, novamente temos Nápoles. Acredito que, a importância do local nas obras é tão grande que ele acaba se tornando uma personagem do livro também. E não há melhor personagem que Nápoles. 

A cidade de Nápoles é... Faltam-me palavras para expressar o quão complexo essa personagem é. Historicamente importante para a Unificação da Itália e também local de maior desavenças politicas a sociais. Nápoles é literalmente dividida no lado bom e no lado ruim, o lado rico e o lado pobre, e sim, eles não se misturam. 

Em A Vida Mentirosa dos Adultos, Giovanna não descobre apenas as mentiras contadas sobre sua família, mas as mentiras contadas sobre Nápoles, local de sua vida, mas que não reconhece da mesma forma. 

Uma história sobre crescimento, criação, descobertas, o íntimo de Nápoles e da cultura dialetal napolitana. Uma história sobre o ser italiano, sobre se reconhecer como humano e mulher. Elena Ferrante é sobre consequências socioeconômicas, as reviravoltas são verdadeiras, não grandiosas, mas que levam o leitor a se compreenderem como ser no coletivo. 

Genial e brilhante, a grande autora italiana continua nos revirando e nos revivendo. 

Um abraço enorme (à distância) e um beijo!
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Ainda perdida e ainda tentando achar luz em textos alheios e palavras autorais. Amante de café, literatura, fotografia, cinema, viagens e amor.

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