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365 Cores do Universo

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Olá, tudo bem?

Não faz muito tempo que trouxe para o site a resenha de Boneco de Pano, do autor Daniel Cole e publicado aqui no país pela editora Arqueiro. Nós recebemos em parceria com eles a continuação do thriller intitulado Marionete e hoje vou contar para vocês um pouquinho sobre essa obra alucinante!

Vamos lá?


Autor(a): Daniel Cole
Editora: Arqueiro
Gênero: Thriller, Suspense
Número de Páginas: 344
Sinopse: Muitos meses se passaram, mas a detetive Emily Baxter ainda lida com as cicatrizes do chocante caso Boneco de Pano e com o desaparecimento de seu amigo William Fawkes, o Wolf.Apesar da relutância em se envolver em outra investigação horrenda, ela é convocada para uma reunião com o FBI e a CIA, onde é surpreendida com fotografias macabras de um corpo retorcido em uma pose familiar, pendurado na ponte do Brooklyn, com a palavra “isca” entalhada no peito. Logo em seguida, uma nova vítima surge em condições idênticas. Só que, dessa vez, o corpo do assassino também se encontra na cena do crime, com a palavra “marionete” entalhada no tórax. Quando a pressão da mídia e da opinião pública se intensifica, Baxter recebe a ordem de cruzar o Atlântico e ajudar na investigação. Enquanto as mortes se multiplicam tanto em Nova York quanto em Londres, a força-tarefa se vê impotente e Baxter precisa vencer o medo que a paralisou no último ano para impedir o sacrifício de mais vidas.

É muito complicado falar sobre um livro que é uma sequência sem revelar muitos detalhes de sua obra anterior. Ainda que Marionete não seja uma continuação direta de Boneco de Pano, durante a narrativa somos apresentados a diversos elementos em que o  autor opta por retomar alguns elementos de seu livro anterior para a construção de seu novo thriller que possui um ar de produção hollywoodiana. Como eu fiz a leitura em sequência, não me senti prejudicado ou perdido durante a narrativa de Marionete, no entanto, caso você não tenha lido Boneco de Pano, recomendo que o faça antes, uma vez que o autor faz em diversos momentos da trama relações com o macabro caso do Boneco de Pano.Em Marionete, temos mais uma vez a detetive Emily Baxter na pele da protagonista e centro de todo o caos. Devido aos desdobramentos do caso do Boneco de Pano no qual fez parte das investigações, Emily agora é detetive chefe de seu departamento, mas não se sente totalmente satisfeita com sua nova posição por conta dos acontecimentos relacionados ao caso passado. Muitos meses se passaram e a detetive começa a colocar sua vida nos eixos, quando a descoberta de um corpo pendurado na ponte do Brooklyn com a palavra "isca" entalhada no peito revive todos os traumas que a detetive não conseguiu superar. A partir daí, uma sucessão de assassinatos brutais acontecem em Londres e Nova York e a detetive começa a reunir provas de que as novas mortes estão ligadas diretamente com o caso do Boneco de Pano e com o desaparecimento de seu antigo colega de trabalho, Wolf. Novamente envolvida em uma trilha de sangue e mistérios, a detetive precisa solucionar o caso, encontrar a verdade sobre a identidade do assassino e confrontar seus traumas para enfim conseguir seguir com sua vida.

Boneco de Pano é, sem sombra de dúvidas, uma obra muito original e envolvente. Daniel possui uma escrita muito precisa e arrebatadora, ele sabe exatamente guiar o leitor pela narrativa e trazer quebras de narrativa pertinentes e arrebatadores em que são utilizadas para a inserção de muitas reviravoltas. Como eu citei na resenha anterior, o livro primeiramente foi desenvolvido para ser uma série de TV e isso justifica sua narrativa ser altamente visual. O mesmo acontece em Marionete e a escrita do autor é tão precisa que as cenas praticamente se materializam em sua frente. Uma outra característica que se mantém no novo livro do autor é o sangue a violência: Se em Boneco de Pano, já ficamos perturbados com a quantidade de sangue e de mortes "excêntricas", em Marionete, Daniel não perde tempo e dá mais um show de criatividade. Todas as cenas do crime são macabras, sombrias e descritas com detalhes. As mortes são chocantes e arrebatadores bem ao estilo "Seven", emblemático filme estrelado por Brad Pitt e Morgan Freeman.

Como um bom thriller que se preze, a narrativa de Marionete se divide entre as descobertas dos novos assassinatos e todo o desdobramento das investigações por parte da polícia na tentativa de interromper os assassinatos, descobrir a identidade do assassino e entender o motivo para tanto banho de sangue. Baxter está no centro de tudo que se vê pessoalmente afetada pelas mortes e que muito se relaciona aos mistérios não desvendados do caso do Boneco de Pano. Nesse ponto, a narrativa se abre para explorar muitos outros temas e se aprofundar em detalhes do livro passado e mais uma vez o autor soube criar uma história que fosse ao mesmo tempo original e criativa, sem utilizar as mesmas soluções. Durante o livro, há alguns debates bem fortes sobre religião e a forma como as pessoas se relacionam com conceitos sobre Deus, Diabo, céu e inferno, etc. O resultado é uma história altamente rica em detalhes, mas sem deixar de lado o suspense, a ação e o mistério principal.

E se houver Deus?
E se houver paraíso?
E se houver inferno?
E se... E se... todos nós já estivermos lá?

Muitos personagens estão de volta, como o carismático Edwards, uma das peças principais para o avanço das investigações. O mesmo já possuiu certo destaque em Boneco de Pano, no entanto, em Marionte o mesmo ganha o merecido foco, sendo um dos pontos fortes de toda a trama. Uma das minhas reclamações em Boneco de Pano foi com relação a personalidade infantil de Baxter, mas a mesma se mantém chata e sem carisma algum. Com relação a toda a história, acho uma personagem fraca e mal construída e por várias vezes ficava muito entediado ao ler. Acredito que a investigadora poderia ser um pouco mais bem explorada e possuir um desenvolvimento mais interessante, no entanto, mesmo a mulher sendo chata, você consegue manter a leitura em um bom ritmo. O livro também possui uma boa dose de humor, principalmente nas cenas que envolvem os investigadores, o que soa um pouco estranho e destoa um pouco do clima de suspense criado, mas ambos são carismáticos e se torna algo até bem interessante depois que se acostuma.



Em uma obra que facilmente poderia ser adaptada para um blockbuster, Emily se divide entre viagens para Londres e Nova York e Daniel consegue construir muito bem essa ponte, trazendo um enredo mais uma vez envolvente e com um desfecho arrebatador, deixando um gostinho de quero mais para os leitores. Nas páginas finais do livro, há uma entrevista com o autor que já se encontra escrevendo o terceiro volume da série. Vou deixar aqui embaixo algumas perguntas respondidas pelo autor, caso se interessem. Marionete é tudo que um fã de thrillers policiais pode querer e eu já estou ansioso para ler o terceiro volume. É uma decisão um tanto quanto inusitada, não vemos muitas séries do gênero, no entanto, Daniel já provou ser capaz de criar histórias que fogem totalmente da caixinha que, de Londres a Nova York, nos deixa embasbacados.


Nota: 4,0 / 5,0

* Livro cedido em parceria com a editora Arqueiro*


Foi difícil escrever uma história ligada a Boneco de Pano, mas também alcançar novos leitores?
Muito difícil. Eu estou escrevendo estes (primeiros?) três livros do Boneco de Pano como uma trilogia. Eles estão todos interligados e se sobrepõem, fazendo referência uns aos outros. Não há como contornar o fato de que as pessoas vão aproveitar muito mais este livro se lerem Boneco de Pano, mas Marionete também funciona como uma história independente. É um equilíbrio difícil trazer novos leitores, lembrar leitores mais distraídos de certas coisas de Boneco de Pano e, ao mesmo tempo, não afastar os fãs que já conhecem muito bem esses personagens. Esse é, evidentemente, o dilema enfrentado por todas as sequências já feitas, seja qual for o meio.

O humor tem um papel importante em Boneco de Pano. Como você tece esse humor em Marionete?
Exatamente da mesma forma. Eu diria que há ainda mais humor em Marionete, mas acredito que teria mesmo que haber para equilibrar o aspecto sombrio e o desespero. Realmente passei esses personagens pelo moedor de carne nesse livro, mas isso torna as faíscas de cordialidade genuína, de camaradagem e de afeto ainda mais marcantes.

Você escreve de um modo cinematográfico. Se inspira no cinema e na TV?
Sim, e não acho que esses livros funcionariam de outra forma. Não gosto de preocupar com as restrições de realidade e acho que, embora terríveis, esses são momentos de "carnificina de filmes B". O objetivo desses livros é entreter, e não perturbar ou chatear ninguém.

Você começou o terceiro livro? Sabe como a série vai terminar?
Eu comecei o terceiro livro Como mencionei anteriormente, planejei esses livros como uma trilogia, portanto, tenho uma boa ideia de como quero que termine. Depois da trilogia, quem sabe?



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Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

A Naiara Aimee é uma autora muito querida por mim. Com sua escrita simples e com seu romance ela me conquistou logo nas primeiras páginas de seu livro, Assim como És, tem resenha aqui. Então era óbvio que eu ficaria extremamente ansiosa pelas próximas obras.

Hoje é dia de falar sobre seu primeiro romance contemporâneo, Sem Canção, uma obra cheia de amor.

Autor(a): Naiara Aimee
Editora: Autor Independente, Amazon
Gênero: Romance
Páginas: 182
Sinopse: Erin Albuquerque é uma jornalista, independente, com um futuro brilhante e um temperamento agradável. Só há uma pequena peculiaridade: ao contrário da maioria das pessoas, ela não é grande apreciadora de música. Quando Gabriel Arantes se muda para o apartamento ao lado, Erin passa a detestar o novo vizinho que parece ter prazer em aborrecê-la com o som do seu violão. O que ela sequer imagina é que terá de lidar com essa nova situação por um longo período, pois Gabriel está longe de cessar seus acordes e deixá-la no conforto de seu silêncio.


Erin Albuquerque está com sérios problemas em sua vida. Recentemente alguém se mudou para o apartamento ao lado do seu, a única questão é que essa pessoa passa o dia inteiro ouvindo música ou tocando violão em um volume tão alto que a jornalista não consegue escrever as matérias cobradas por sua chefe. Querendo espairecer, Erin sai com seus amigos, mas acaba sendo encurralada por um homem que não aceitou seu "não". Já acreditando no pior, Erin se surpreende quando outro homem aparece para ajuda-la. O que ela não sabia ainda era que esse outro homem se chama Gabriel, e Gabriel é seu novo vizinho.

Quando ambos finalmente se reencontram pelos corredores do prédio em que moram, a ligação é instantânea, mesmo com Erin confessando seu desprezo por músicas no geral. Gabriel percebe que tem uma missão: levar música para a vida da garota que não sai de seus pensamentos. Infelizmente, o que eles não sabem é que a vida é muito traiçoeira e ela pode colocar vários obstáculos pelos caminhos dos dois.

"- Sabe o que é legal na música? - Erin me olha e sabe que não precisa me perguntar nada, pois estou prestes a dar a resposta. - É que ela pode até ser feita com um propósito, mas, quando é jogada ao mundo, podemos fazer diferentes interpretações dela. Aqui, com você, eu só sei que estou me divertindo e sempre que eu ouvi-la irei me lembrar deste momento."

Me surpreendi bastante com a história mesmo ela tendo momentos clichês e de romance da Sessão da Tarde. O legal, e o que faz esses detalhes não importarem para o leitor é o fato de a própria protagonista brincar com a informação e os clichês de sua vida. Porém, mesmo Erin sendo uma pessoa normal e Gabriel sendo mais um crush literário super querido e apaixonante, Naiara consegue se sair muito bem alguns momentos específicos da obra, como a questão de assédio que as mulheres sofrem diariamente.

Ao contrário do que possa parecer pela sinopse que eu mesma fiz, o encontro de Erin com um cara mal intencionado é relevante para a obra em um todo. Sendo jornalista, decide fazer uma matéria sobre o assunto, então temos relatos, dicas de como se precaver nessas situações e Erin chega até a fazer aulas de defesa pessoal. Em um país como o Brasil, infelizmente isso é necessário, e com a história se passando em São Paulo, é legal ver que Naiara se preocupou com o assunto e não o deixou em segundo plano.

"Algumas pessoas diriam que estou sendo exagerada com toda essa apatia, mas é difícil compreender os desgostos de alguém que não consegue amar algo que a maior parte das pessoas considera como seu combustível para vida."

A minha parte favorita de toda a história de Erin e Gabriel não foi Gabriel, mesmo que poderia ter sido. Na verdade, é a música. Enquanto Erin vai aprendendo a gostar, nós, leitores, vamos recebendo uma trilha sonora tão boa e incrível que é impossível não cantar.

Outra coisa que a obra também surpreende é o final. Muitos autores ficam com receio de fazer o que Naiara fez, mas foi exatamente isso que me fez gostar tanto da obra no geral, foi o que diferenciou e ajudou a sair do clichê. A escritora deixou claro o verdadeiro significado de amar: amar não é prender, amar é libertar. Fico feliz que ela tenha mostrado esse ponto.

Claro que eu gostaria que o último capítulo fosse mais detalhado, na verdade, essa é a minha única crítica. Porém, o epílogo é emocionante, então consigo relevar o anterior. Seria legal se eles pudessem trocar de ordem, mas isso não é algo que incomoda.

"Se pudesse, eu viveria num mundo silencioso. Nada me é mais prazeroso que a deliciosa quietude na qual possa ouvir meus próprios pensamentos."

Estou apaixonada pelos personagens, pela escrita de Naiara e pelo sentimento que fica quando você termina a leitura. Não vejo a hora de embarcar em mais histórias da autora.

"Você invadir o meu silêncio foi o melhor caos que já me aconteceu."

Nota: 4/5 ♥ 
*Livro cedido em parceria com a Autora*

Compre Sem Canção | Amazon

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩

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Olá, pessoas.
 Tudo bem?

O texto de hoje vai ser um pouquinho diferente. Vocês se lembram que no início do ano começamos com um quadro aqui no site chamado de Chá das Seis, correto? Infelizmente, por falta de tempo, acabamos deixando o quadro de lado, no entanto, eu e Cecis achamos necessário realizar essa "edição especial". Eu tenho algumas resenhas literárias já programadas para as próximas semanas e prometo que sábado que vem voltamos a nossa programação normal, mas vamos falar um pouquinho sobre o que está acontecendo na Amazônia e como isso não afeta só a minha ou a sua vida, mas todas as pessoas do mundo? Aquecimento global, efeito estufa, crise hídrica, extinção de diversos animais e espécies… tudo parece cenário de um filme de ficção científica e é algo muito distante da nossa realidade, não é mesmo? Muito se fala a respeito, mas e na prática, tá realmente acontecendo? Devemos nos preocupar? De acordo com um estudo publicado pela ONU e realizado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), a população mundial só tem apenas 12 anos para repensar seus hábitos e cuidar do meio ambiente para reverter o aquecimento global e as mudanças climáticas. Parece alguma realidade muito distante, ma segundo palavras de David Boyd, relator especial da ONU: 
“A mudança climática está tendo – e terá – efeitos devastadores em uma ampla gama de direitos humanos, incluindo direitos à vida, saúde, alimentação, moradia e água, bem como o direito a um ambiente saudável. O mundo já está testemunhando os impactos da mudança climática: de furacões na América, ondas de calor na Europa, secas na África e enchentes na Ásia”
Segundo o relatório de mais de 400 páginas publicadas pelo IPCC, a população precisa limitar o aquecimento da terra em, no máximo, 1,5ºC até 2031. O dióxido de carbono produzido pelas inúmeras atividades humanas também precisam ser reduzidas à 45% até 2030 e totalmente eliminadas até 2050. O aumento da temperatura, ainda que pensemos que 1,5ª é pouco, traz consequências gravíssimas, como o aumento do nível do mar e a completa extinção de biomas e ecossistemas.



Só no ano de 2019 - e ainda estamos em agosto - foram registrados mais de 53.364  focos de queimadas só na Amazônia (Fonte: INEP). Para fazer uma comparação, no mesmo período em 2018 foram 26.500. Quais são os fatores que contribuiram para o aumento alarmante? As políticas assinadas pelo atual governo que favorecem a agropecuária e a indústria de produção de carne. Florestas são queimadas para serem transformadas em pastos para a criação de gado; o mundo nunca consumiu tanta carne e os pastos não são suficientes para suprirem o consumo de carne. A demarcação das terras indígenas, a perda de territórios, a negligência das fiscalizações e, acima de tudo, o incentivo aos desmatamentos para a produção agrícola são os principais fatores e o resultado é um banho de sangue com consequências catastróficas para o mundo. Em uma recente entrevista, o Ministro do Meio Ambiente afirma que o número de queimadas cresceu por estarmos passando por uma estação seca. No entanto, segundo a diretora científica do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Ane Alencar:

"Em anos de seca muito extrema, os eventos de seca favorecem que, mesmo com desmatamento menor, você tenha um maior número de incêndios. Mas este ano não é de seca extrema. O que mostram nossas análises é que o aumento no número de focos de fogo está associado estritamente ao tanto de desmatamento que tem ocorrido na Amazônia", afirma a diretora científica do Ipam, Ane Alencar.


Não faz muito tempo que vimos estampados nos jornais do mundo inteiro que países como a Alemanha e a Noruega retiraram o apoio de mais de 133 milhões de reais, investidos para o combate ao desmatamento da Amazônia e as políticas de meio ambiente. De acordo com os ministros dos países, o Brasil não cumpriu com o acordo firmado entre os países e como o governo atual não tem interesse em dimunuir e fiscalizar o desmatamento em solo Amazônico, o dinheiro foi congelado. Em uma declaração recente, o presidente justifica o corte das verbas pois há muitas fraudes na divisão e repasse do dinheiro para ONGs que fiscalizam as políticas ambientais e cuidam dos direitos dos índios. Desde o início de seu mandato, o presidente vem sofrendo grande pressão devido à tomada de decisão com relação as políticas ambientais, como a diminuição da rede de proteção ambiental, redução na demarcação do território indígena, entre outros. 

Num geral, é tudo muito triste e revoltante e se vê muitos movimentos em redes sociais e trabalhos de consciencialização ambiental, porém, muito pouca coisa ainda se está fazendo de fato. Sabemos da existência do problema e de suas consequências,  mas varremos para debaixo do tapete e fazemos vistas grossas, Até que no dia 19 de agosto de 2019, São Paulo, a maior cidade brasileira, vira a noite, às 15 horas da tarde. O motivo? Além de uma massa de frente fria que chegou ao sudeste, a fumaça advinda das queimadas que ocorrem desde o final de julho na região da floresta. É tudo muito preocupante, mas quando de fato o problema bate à sua porta é que as pessoas procuram se consientizar sobre e buscar mudanças. Hoje, dia 22 de agosto (dia em que escrevi o texto), a NASA divulgou a imagem abaixo que demonstra que a fumaça das queimadas pode ser visto do espaço. Preocupante, não?



Para efeitos práticos, vamos imaginar o que a destruição da Amazônia acarretaria para o Brasil e para o mundo. Todos sabem que a floresta é considerada patrimônio mundial e pulmão do mundo. Em suas terras, existem inúmeras espécies animais e vegetais que só existem lá. Dá pra ter noção da particularidade do bioma? O ecossistema se encontra gravemente prejudicado e reduzido devido por queimadas, desmatamentos desenfreados e tráfego de animais. Uma situação que se arrasta por décadas e atravessam governos. Em suas autoria, estão as mãos dos empresários, latifundiários, e gente com muito dinheiro, preocupado em lucrar cada vez mais, sem se preocupar com o meio ambiente. É muito fácil apontar dedos e dizer que foi fulano, foi Beltrano e cruzar os braços. A verdade é que a Amazônia vem sendo tratada como lixo a anos, na mão da esquerda, da direita e de quem mais quis lucrar as custas do seu verde e não adianta chorar pelo leite derramado e  continuar nessa polarização política. As árvores são responsáveis por transformar o gás carbônico em oxigênio, além de garantirem a normalização das temperaturas. Sem árvores, sem oxigênio. A matemática é simples. E a conta tá no vermelho. Com o aumento de temperaturas, as fontes de água potável e próprias para o consumo desaparecem. Sem água, sem vida. As calotas polares estão derretendo e aumentando o nível de água dos oceanos, cidades estão sendo inundadas e cada vez há mais desastres naturais acontecendo, como inundações na Índia, terremotos na Grécia, furacões nos EUA, entre outros inúmeros, citando apenas os ocorridos em 2019. Culpa da natureza ou culpa do homem? Estamos produzindo cada vez mais lixo e consumindo nossos recursos de forma assustadora. Semana passada, segundo uma pesquisa realizada pela GFN (Global Footprint Network), os recursos naturais necessários para a nossa sobrevivência durante um ano se esgotaram agora em agosto. Ou seja, consumimos o valor total de água potável, matérias primas e alimentos que a Terra seria capaz de repor sem danos ao meio adiante. Os danos dessa escassez já são vistos: Falta de água, desertificação, erosão dos solos, queda da produtividade agrícola e das reservas de peixes, desmatamento, desaparecimento de espécies. Em 2025, a ONU prevê que aproximadamente 2,7 bilhões de pessoas podem enfrentar séries crises hídricas. O quadro é sério, os números são alarmantes e nosso tempo está acabando: Estamos a beira de um colapso ambiental sem precedentes.

Tá, mas por que estou eu estou falando todas essas coisas? Porque acredito que a melhor maneira de tormarmos ação perante algo é obter todas as informações possíveis sobre o assunto. Acredito que nossa função como "influenciador digital" é trazer diversão e entretenimento, mas não podemos nos omitir perante assunto tão sério e que irá afetar a todos, sem exceção.

Ok, eu moro longe, como eu posso ajudar? Como eu posso fazer a minha parte? Como podemos reveter esse quadro ou, ao menos, minimizar os efeitos? De acordo com essas perguntas, eu elaborei uma listinha com seis coisas básicas que podemos colocar em prática a partir de hoje e que vão ajudar - e muito.


1: A regra dos "3 R's" : Reduzir. Reaproveitar. Reutilizar. As matérias primas estão acabando, resultado do consumismo desenfreado da população. O meio ambiente é destruído e dizimado justamente para atender a nossa demanda desenfreada de consumir cada vez mais e sem necessidade.  Muito lixo é produzido diariamente e descartado da maneira incorreta. Não podemos voltar no tempo e "desfazer" o que foi feito. Mas por que não pensamos em uma maneira de reduzir a criação de novos materiais e reaproveitar o que já foi feito? Reciclar e transformar a matéria prima em produtos reutilizáveis e duráveis. Eliminar toda essa sujeira que todos os dias lotam os lixões, rios e mares. Na teoria é tudo muito fácil, mas por onde começar?  Eu também não sou muito bom no assunto, mas achei um texto bem bacana aqui que ensina você a como produzir menos lixo com atitudes simples, além de dar dicas ótimas de como reaproveitar seu lixo de maneira consciente e ser mais sustentável e limpo. É de suma importância nesse processo todo realizar a separação correta do seu lixo de forma a maximizar a quantidade de produtos que serão reaproveitados. Esse site aqui dão dicas muito maravilhosas e são coisas mega fáceis de serem colocadas em prática. Como um bônus, para as pessoas que possuam crianças em casa, é uma ótima chance de educar sobre conscientização ambiental desde sempre. Por fim, mas não menos importante, achei o Instagram incrível chamado de Uma Vida Sem Lixo, em que Cristal Muniz dá dicas muito valiosas sobre como reduzir seu lixo e reaproveitar ao máximo e também para a criação de produtos orgânicos. Cristal também publicou um livro sobre o assunto chamado de Uma vida sem lixo: Guia para reduzir o desperdício na sua casa e simplificar a vida e, caso vocês tenham se interessado pelo tema, vou deixar o link para adquirí-lo aqui.



2: Reduzir o consumo de carne: Parece até engraçado pensar nisso. "O que eu deixar de comer o meu hamburger vai mudar no mundo?". Tudo. Mais de 65% do território desmatado aqui no Brasil (principalmente na Amazônia) serviu para dar lugar a pastos e a indústria da pecuária. E isso é resultado de DÉCADAS de exploração desenfreada, não é um problema recente, no entanto, devido às políticas que beneficiam a indústria, esse número tem crescido a uma velocidade assustadora. Como podemos ajudar? Primeiramente, evitar comprar e consumir carne das grandes indústrias. Sei que é complicado e no mercado não temos muita escolha, mas se você consumir produtos de pequenos agricultores e criadores de gado, além de você estar ajudando os produtores locais, é uma maneira de diminuir essa indústria tão cruel. Outra opção é reduzir o consumo de carne, caso não seja possível adquir produtos locais. Se você reduz em 50% o seu consumo de carne - algo em torno a não comer 3 dias na semana - você já ajuda a diminuir essa produção. Segundo relatório da IATP (Instituto de Política Agrícola e Comercial), as cinco maiores empresas de carne e laticínios, somadas, já são responsáveis por mais emissões de poluentes na atmosfera. Faz um tempo - aproximadamente dois anos - que venho tentando cortar a carne da minha dieta e não digo para ninguém virar vegetariano ou vegano. Eu mesmo não consigo seguir uma dieta 100% vegetariana, o que estou falando é sobre redução e diminuição na quantidade de carne e produtos de origem animal consumidos. É mais fácil do que parece, ainda mais hoje em dia que existem inúmeros produtos - naturais - que podem ser utilizados para substituir a carne. Outro dado alarmante é que a população tem consumido mais carne do que o necessário para manter a saúde e o bem estar.  Pensando nisso, resolvi trazer pra vocês uma lista de receitas  vegetarianas e veganas muito gostosas, fáceis de fazer e baratas (mais do que carne, inclusive). Existem inúmeras opções e você pode variar à vontade, de acordo com seu gosto, paladar, orçamento e tempo. O aplicativo Pinterest também possui inúmeras receitas, basta digitar "Receitas vegetariana/veganas", escolher a melhor opção e se deliciar. Ele está disponível para Android e IOs e também possui a versão para navegadores, caso queiram acessar de notebooks e computadores.


3: Fiscalizar e Cobrar: Eu não votei no atual presidente. Em minha humilde opinião, ainda acredito que ele foi a pior escolha entre todos os candidatos. A cada novo posicionamento, medida ou política adotada, mais tenho certeza de que não é, nem de perto, a pessoa certa para governar o nosso país. No entanto, o fato de não ter votado não me exime da responsabilidade de cobrar e fiscalizar o que ele  e seus ministros fazem. Nós, como brasileiros, temos a OBRIGAÇÃO de cuidar não só dá Amazônia, mas do país como um todo, a começar por sua rua. Fiscalizar o uso do dinheiro público e nos certificar de que o dinheiro está sendo investido da maneira correta. Para servir como inspiração, achei esse site aqui que contém 5 projetos ambientais implementados em vários locais do mundo voltados para a sustentabilidade do meio ambiente. Devemos fazer pressão e não nos calarmos diante da recusa com a verba enviada por países para a proteção da Amazônia.

Famoso letreiro em Amsterdã

4: Evite o desperdício: Essa dica se encaixa muito no conceito de reciclar, reaproveitar e reutilizar. A gente desperdiça diariamente alimentos e matérias primas, mas também água, item vital para a nossa sobrevivência. De acordo com a ONU, uma pessoa precisa consumir algo em torno de 110L de água por dia, pois é o suficiente para passar bem o dia e realizar coisas básicas, como higiene pessoal, para cozinhar, realizar tarefas de casa e para consumo próprio. Aqui no Brasil, esse consumo é praticamente o dobro disso. Não podemos mais viver no conto de fadas de que a água é eterna. Evite banhos muito longos e demorados. Feche sempre as torneiras quando não estiver usando. Use com moderação ar condicionado e energia elétrica, principalmente em períodos de seca, pois ajuda a economizar água. Aqui nesse site, existem mais algumas dicas de como economizar água e salvar energia.


5: Vem Pra Rua: O assunto é sério. O mundo voltou suas atenções para o Brasil e parecem que seus governantes não estão nem aí para o que está acontecendo. A imprensa fecha os olhos e tenta desviar a atenção da população com outros assuntos de menor importância. Iremos fazer o mesmo e deixar tudo virar pó? Na tentativa de frear o desmatamento e combater as políticas citadas, algumas passeatas nas principais capitais estão sendo programadas para os próximos dias em todo solo brasileiro. É muito importante comparecer e demonstrar a nossa força, não podemos mais ficar na inércia e aceitar as coisas enquanto o maior ecossistema mundial vira chamas.




6: Apoiar e divulgar projetos de preservação do meio ambiente: Ambientalistas e ONGs que trabalham na reabilitação do meio ambiente sofrem boicotes extremos por parte de pessoas ricas cujos interesses são opostos à preservação. Ativistas são brutalmente assassinados, suas famílias são ameaçadas e muita gente já foi silenciada. Aqui você encontra uma lista de diversas ONGS e seus respectivos projetos voltados para a preservação das matas, dos animais e de preservação dos direitos indígenas e como você pode ajudar cada um deles. Tá com a grana curta? Compartilha em suas redes sociais, manda pro seu amigo, pro seu tio e pro vizinho. Faça com que a voz dessas pessoas sejam ouvidas e cheguem a quem de fato pode fazer algo relativamente grande para a reabilitação do país.

Eu não vou me estender muito pois não é o intuito desse texto. Resolvi fazê-lo justamente por achar uma boa ideia centralizar todas as informações em único conteúdo; no nosso mundo altamente globalizado, fica difícil filtrar o que é verdade ou não, mas deixei todos os links das pesquisas e matérias que eu li para a formulação desse texto e que vocês podem conferir sem problema algum. Também estou aberto à discussões a respeito do tema, é só me chamarem. Compartilhem com seus amigos e familiares, vamos entender o problema e focar na solução.

É uma situação desesperadora e preocupante e que dificilmente irá se reverter da noite pro dia. A nossa função é tentar mudar o nosso pensamento e a forma de agir diariamente. Pode parecer insignificante, afinal, sou apenas um dentre os 7,7 bilhões de pessoas desse mundão. Mas vamos começar com passos de formiguinhas. Não é nada impossível. Impossível mesmo é continuarmos na ignorância e no escuro enquanto vamos em direção ao fim.

Quando a última árvore tiver caído,
...quando o último rio tiver secado,
...quando o último peixe for pescado,
...vocês vão entender que dinheiro não se come.



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Bibliomundi

Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

A postagem de hoje não foi nenhum pouco planejada, pois falaria sobre a minha última viagem (quero ver quem adivinha). Porém, inspirada pelo Gabriel, com suas postagens de inclusão na literatura, e por ter conseguido algo para vocês (já já vocês descobrem o que é), decidi mudar um pouco e falar sobre a Auti Books.

Auti em grego significa ouvido e books em inglês significa livros. Acho que vocês já sabem o que isso significa. A Auti Books é uma plataforma que vai levar até vocês livros narrados, é como voltar a infância quando contavam histórias para vocês antes de dormir.

É uma experiência incrível, porque mesmo que ajude muitas pessoas a receber mais conteúdo literário, já que é só colocar o fone no ouvido que a experiência começa, essa também é uma forma de inclusão, uma forma de mais pessoas terem acesso ao mundo literário, principalmente deficientes visuais.

Várias editoras já estão firmando parceria com a Auti Books e vocês podem encontrar vários livros incríveis clicando aqui. Para escutar uma obra vocês só precisam ter o aplicativo da Auti no celular e comprar o livro de sua preferência. Além disso, a cada dez livros comprados no site, um é doado para pessoas que, infelizmente, não tem acesso ao mundo literário.

Por saber que nem todo mundo gosta desse tipo de experiência, nem todo mundo quer gastar dinheiro com um conteúdo que não sabe se vai ser agradável ou não, o Cores e a Auti se uniram para disponibilizar para vocês um cupom de 20% de desconto em qualquer audiobook. Sabem o melhor? Esse cupom é ilimitado e vai até o dia 16 de Setembro! Então corre para garantir o seu livro e depois me contem a experiência de vocês, vou adorar saber um pouquinho :)

CUPOM DE DESCONTO DO CORES: AUTI365CORES

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩

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Olá, pessoas!
Tudo bem com vocês?

O louco das listas literárias está de volta!

Fazem alguns meses que eu havia mencionado nas postagens que estava muito sem tempo para as postagens aqui no site devido a aproximação da apresentação do meu trabalho de conclusão de curso. Na época, vocês foram super queridos e li cada um dos seus comentários mandando vibrações positivas e vim aqui agradecer com essa postagem especial.

Na última semana de julho eu finalmente apresentei o trabalho e estou formado! Mas o que esse post tem relação com o meu TCC? Pois bem, para quem não sabe, eu cursei Tecnologia da Informação e o tema do meu trabalho foi justamente o desenvolvimento de um jogo que servisse para o desenvolvimento cognitivo e social de uma criança portadora da Síndrome do Espectro Austista (TEA), ou popularmente conhecido como autismo.

Eu tive essa ideia após conversar com uma amiga que é fisioterapeuta e trabalha com a reabilitação motora de crianças autistas. Na época, eu não sabia quase nada sobre a síndrome e para o desenvolvimento do jogo em questão, eu precisei ler MUITO sobre como funciona a síndrome, como as crianças são afetas e como os tratamentos precisam "conversar" entre si para o estímulo correto das habilidades prejudicadas.

Com tudo isso, eu assisti muitos filmes, documentários, li textos científicos na internet, mas também alguns livros de ficção me ajudaram a entender melhor às necessidades dessas crianças  e resolvi trazer uma pequena listinha com essas obras para que você, assim como eu fiz, possa se informar melhor sobre a síndrome, caso se interesse. Fiquem tranquilos que são histórias super gostosas de ler que proporcionam, dentre outras coisas, lições que devemos levar para a vida.

Livro 1: Mariana no Mundo dos Saltisonhos

Autor(a): C Machado, Marco A B
Editora: Ebook/Independente
Número de Páginas: 100
Sinopse: Mariana no Mundo dos Saltisonhos é um livro que fala do autismo de maneira leve. Não há nenhum ato heroico e nem invocações divinas nele, apenas fatos, com uma abordagem bem humorada - sempre que possível.Cada capítulo é nomeado com uma palavra relativa ao autismo. Aceitação, ansiedade, frustração, medo e outras são a deixa para discorrer sobre as angústias e esperanças que acompanham o autismo.
Para melhor ilustrar as definições, em quase todos os capítulos foram inseridas passagens do diário que os autores escreveram nos oito anos de convivência mais do que intensa com a Mariana. Algumas histórias são muito divertidas, outras, nem tanto!Mesmo tratando de um assunto tão sério quanto o autismo, Mariana no Mundo dos Saltisonhos consegue ser um livro envolvente e fácil de ler.

Livro 2: Em Algum Lugar nas Estrelas
Autor(a): Clare Vanderpool
Editora: Darkside
Número de Páginas: 288
Sinopse: Um romance intenso sobre a difícil arte de crescer em um mundo que nem sempre parece satisfeito com a nossa presença.Pelo menos é desse jeito que as coisas têm acontecido para Jack Baker. A Segunda Guerra Mundial estava no fim, mas ele não tinha motivos para comemorar. Sua mãe morreu e seu pai... bem, seu pai nunca demonstrou se preocupar muito com o filho. Jack é então levado para um internato no Maine. O colégio militar, o oceano que ele nunca tinha visto, a indiferença dos outros alunos: tudo aquilo faz Jack se sentir pequeno. Até ele conhecer o enigmático Early Auden.Early, um nome que poderia ser traduzido como precoce, é uma descrição muito adequada para um prodígio como ele, que decifra casas decimais do número Pi como se lesse uma odisseia. Mas, por trás de sua genialidade, há uma enorme dificuldade de se relacionar com o mundo e de lidar com seus sentimentos e com as pessoas ao seu redor.Seu comportamento é um dos muitos indícios da síndrome de Asperger, uma forma branda de autismo que só seria descoberta muito tempo depois da Segunda Guerra.

Livro 3: Passarinha 
Autor(a): Kathryn Erskine
Editora: Valentina
Número de Páginas: 206
Sinopse: o mundo de Caitlin, tudo é preto e branco. Qualquer coisa entre um e outro dá uma baita sensação de recreio no estômago e a obriga a fazer bicho de pelúcia. É isso que seu irmão, Devon, sempre tentou explicar às pessoas. Mas agora, depois do dia em que a vida desmoronou, seu pai, devastado, chora muito sem saber ao certo como lidar com isso. Ela quer ajudar o pai - a si mesma e todos a sua volta -, mas, sendo uma menina de dez anos de idade, autista, portadora da Síndrome de Asperger, ela não sabe como captar o sentido.Caitlin, que não gosta de olhar para a pessoa nem que invadam seu espaço pessoal, se volta, então, para os livros e dicionários, que considera fáceis por estarem repletos de fatos, preto no branco. Após ler a definição da palavra desfecho, tem certeza de que é exatamente disso que ela e seu pai precisam. E Caitlin está determinada a consegui-lo. Seguindo o conselho do irmão, ela decide trabalhar nisso, o que a leva a descobrir que nem tudo é realmente preto e branco, afinal, o mundo é cheio de cores, confuso mas belo.

Livro 4: Tudo menos "normal"
Autor(a): Nora Raleigh Baskin
Editora: Novo Século
Número de Páginas: 192
Sinopse: Jason Blake é um autista de doze anos vivendo em um mundo neurotípico, de 'pessoas normais'. Para ele, quase sempre é apenas uma questão de tempo até que alguma coisa dê errado. Mas Jason acaba encontrando um pouco de compreensão quando cruza com Phoenixbird, uma garota que publica histórias no mesmo website que ele. Jason pode ser ele mesmo quando escreve, e imagina que Phoenixbird, cujo nome descobre ser Rebecca, pode se tornar sua primeira amiga de verdade. Mas um tanto quanto ansioso por conhecê-la, Jason está apavorado com a possibilidade de que, quando isso acontecer, Rebecca não seja capaz de enxergá-lo como realmente é, indo além das aparências.

O melhor de todos esses livros que citei acima é que são todos muito curtinhos, não passam das 230 páginas. São leituras super rápidas, dinâmicas e você facilmente consegue encaixar entre suas metas literárias. Garanto que são ótimas histórias, repletas de aprendizado, reflexões e ensinamentos. Pelo menos para mim, que não possuía nenhum conhecimento sobre o assunto, consegui desmistificar e quebrar muitos paradigmas sobre o autismo e suas vertentes e que me possibilitaram escrever meu trabalho. Além do mais, com certeza, irei levar todos esses ensinamentos por toda a minha vida e utilizá-los para fazer a diferença em um mundo ainda tão rígido com as diferenças que nos tornam especiais.

Ah, a literatura e seus inúmeros benefícios.

Por que não compartilhá-los com vocês?

O post de hoje é rapidinho, mas foi só pra agradecer a cada um de vocês. Muito obrigado pelos comentários e pela força que me deram; deu tudo certo. É uma etapa que se encerra e tenho certeza que muitos outros desafios virão. 

Espero que vocês tenham gostado das dicas de hoje e até o próximo sábado.



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Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

Minhas férias estão oficialmente no fim e eu prometi que apareceria por aqui com uma resolução sobre as coisinhas que eu fiz. Uma das minhas metas era conseguir ver um filme por dia, o que dava aproximadamente 20 filmes, dentre os mais de 20 (superação) que eu consegui assistir, eu escolhi um para cada dia!

Como foram muito filmes, eu decidi que não comentaria muito sobre eles, mas deixaria a sinopse e a minha nota para vocês saberem um pouquinho sobre cada um. Se eu começasse a falar, todos sabem que eu não pararia e essa postagem precisaria ser dividida em algumas partes. Porém, eu estou super aberta a responder vocês sobre o que eu achei de algum filme.

1. Entre Vinho e Vinagre
Nota: 2/5
Sinopse (Adoro Cinema): Amigas de longa data viajam para os vinhedos de Napa Valley, na Califórnia, para comemorarem o aniversário de 50 anos de uma delas.

Eu decidi assistir ao filme, porque ele reúne algumas comediantes americanas que são maravilhosas. Porém, a história original Netflix, se saiu bastante frustrante e eu provavelmente só terminei de assistir por não conseguir largar um filme no meio do caminho.










2. Homem Aranha: Longe de Casa
Nota: 3/5
Sinopse (Adoro Cinema): Peter Parker está em uma viagem de duas semanas pela Europa, ao lado de seus amigos de colégio, quando é surpreendido pela visita de Nick Fury. Precisando de ajuda para enfrentar monstros nomeados como Elementais, Fury o convoca para lutar ao lado de Mysterio, um novo herói que afirma ter vindo de uma Terra paralela. Além da nova ameaça, Peter precisa lidar com a lacuna deixada por Tony Stark, que deixou para si seu óculos pessoal, com acesso a um sistema de inteligência artificial associado à Stark Industries.

Eu tinha um plano de ir ao cinema pelo menos uma vez por semana. No final eu decidi que ficaria em casa bem mais do que eu planejei, mas consegui assistir a alguns filmes no cinema e um deles foi Homem Aranha. Não posso dizer que foi o melhor filme da Marvel, mas acho que foi uma boa continuação depois de Ultimato.


3. Toy Story 1
Nota: 4/5
Sinopse (Adoro Cinema): O aniversário de Andy está chegando e os brinquedos estão nervosos. Afinal de contas, eles temem que um novo brinquedo possa substituí-los. Liderados por Woody, um caubói que é também o brinquedo predileto de Andy, eles montam uma escuta que lhes permite saber dos presentes ganhos. Entre eles está Buzz Lightyear, o boneco de um patrulheiro espacial, que logo passa a receber mais atenção do garoto. Isto aos poucos gera ciúmes em Woody, que tenta fazer com que ele caia atrás da cama. Só que o plano dá errado e Buzz cai pela janela. É o início da aventura de Woody, que precisa resgatar Buzz também para limpar sua barra com os outros brinquedos.

Antes de entrar de férias eu fui ao cinema assistir Toy Story 4 e foi muito legal poder reencontrar personagens que eu amava. Durante as férias eu estava passando alguns canais e logo começou Toy Story 1, precisei parar para assistir. Foi incrível, porque reparei em vários detalhes que antes passaram despercebidos.


4. Johnny English 3.0
Nota: 2/5
Sinopse (Adoro Cinema): Em sua nova aventura, Johnny English é a última salvação do serviço secreto quando um ataque cibernético revela as identidades de todos os agentes do país. Tirado de sua aposentadoria, ele volta à ativa com a missão de achar o hacker por trás do ataque. Com poucas habilidades e métodos analógicos, Johnny English precisa superar os desafios do mundo tecnológico para fazer da missão um sucesso.

Eu ainda quero saber o motivo de eu ter parado para assistir a esse filme, de verdade. O motivo foi meu pai ter escolhido como o filme do dia e eu ter aceitado. Apesar de não me arrepender de ter visto, com certeza é um filme que não fez diferença alguma.




5. Queer Eye
Nota: 5/5
"Mas Cecília Queer Eye é um programa e não um filme!"

A nova temporada de Queer Eye lançou e sendo meu programa favorito foi impossível não assistir tudo de uma vez, então não consegui assistir a nenhum filme nesse dia. Como eu também amo indicar Queer Eye para qualquer pessoa, abri essa exceção.












6. Welcome Mr. President

Nota: 3/5
Sinopse (Netflix): Quando políticos frustrados nomeiam uma figura histórica para ser o próximo presidente, um homônimo humilde e honesto se torna o líder da Itália.

Como eu estudo italiano na faculdade eu venho consumindo muito conteúdo da Itália e eu consegui achar uma comédia na Netflix italiana! Não é o melhor filme da minha vida, mas é perfeito para simplesmente assistir e saber um pouquinho mais da cultura italiana de forma bem leve.









7. Fome de Poder
Nota: 5/5
Sinopse (Adoro Cinema): A história da ascensão do McDonald's. Após receber uma demanda sem precedentes e notar uma movimentação de consumidores fora do normal, o vendedor de Illinois Ray Kroc adquire uma participação nos negócios da lanchonete dos irmãos Richard e Maurice "Mac" McDonald no sul da Califórnia e, pouco a pouco eliminando os dois da rede, transforma a marca em um gigantesco império alimentício.

Eu tive apenas um motivo para ver o filme: Michael Keaton. Terminei o filme com milhares de motivos para indica-lo. Também terminei sem vontade alguma de comer novamente no McDonalds. Provavelmente um dos melhores filmes das minhas férias.






8. Grinch
Nota: 4/5
Sinopse (Adoro Cinema): O Grinch é um ser verde que não suporta o Natal e, todo ano, precisa aturar que os habitantes da cidade vizinha de Quemlândia comemorem a data. Decidido a acabar com a festa, ele resolve invadir os lares dos vizinhos e roubar tudo o que está relacionado ao Natal.

Foi a terceira vez que eu assisti à animação de Grinch, mas foi a primeira vez que consegui assistir com a voz do Benedict Cumberbatch e eu amei, foi ainda melhor do que as vezes anteriores.









9. Batman e Robin
Nota: 2/5
Sinopse (Adoro Cinema): A dupla dinâmica enfrenta uma terrível dupla de vilões: o gélido Mr. Freeze e a delicada botânica que, ao sofrer um acidente, transforma-se na perigosa e vingativa Hera Venenosa. Mas, para poder livrar Gotham City das garras dos vilões, Batman e Robin contam com uma nova companheira, a Batgirl.

Não sei quantas vezes eu já vi esse filme, não sei quantas vezes já falaram mal e eu mesma não paro de dar comentários negativos, mas não posso negar que eu amo assistir Batman e Robin, provavelmente é o filme do Batman que eu mais assisti.







10. Loja de Unicórnios
Nota: 3/5
Sinopse (Adoro Cinema): Kit tomou uma decisão um tanto quanto complicada para pessoas adultas: resolveu voltar a morar com seus pais. No mesmo período, ela recebeu uma misteriosa proposta para abrir uma loja, o que irá acabar fazendo com que ela reflita sobre o que é realmente "crescer". E isso promete mudar sua vida para sempre.

Esse é um filme muito bonitinho, mas só assisti por ser a estreia de Brie Larson como diretora e atriz. A produção da Netflix pode deixar a desejar em alguns momentos, mas é interessante como a história se molda em uma grande metáfora.




11. Pets 2
Nota: 3/5
Sinopse (Adoro Cinema): Nova York. A vida de Max e Duke muda bastante quando sua dona tem um filho. De início eles não gostam nem um pouco deste pequeno ser que divide a atenção, mas aos poucos ele os conquista. Não demora muito para que Max se torne super protetor em relação à criança, o que lhe causa uma coceira constante. Quando toda a família decide passar uns dias em uma fazenda, os cachorros enfrentam uma realidade completamente diferente com a qual estão acostumados.

Pets 2 foi a minha maior empolgação das férias, mas quando eu finalmente vi fiquei bem decepcionada. O filme é bem curtinho e não traz nada muito novo do que já falou no primeiro filme. Ainda sim vale a pena, porque os personagens são muito especiais.





12. O Labirinto do Fauno
Nota: 5/5
Sinopse (Adoro Cinema): Espanha, 1944. Oficialmente a Guerra Civil já terminou, mas um grupo de rebeldes ainda luta nas montanhas ao norte de Navarra. Ofelia, de 10 anos, muda-se para a região com sua mãe, Carmen. Lá as espera seu novo padrasto, um oficial fascista que luta para exterminar os guerrilheiros da localidade. Solitária, a menina logo descobre a amizade de Mercedes, jovem cozinheira da casa, que serve de contato secreto dos rebeldes. Além disso, em seus passeios pelo jardim da imensa mansão em que moram, Ofelia descobre um labirinto que faz com que todo um mundo de fantasias se abra, trazendo consequências para todos à sua volta.

Esse filme é tão maravilhoso que eu necessito assistir todas as vezes que tenho um tempinho, por isso uma das minhas escolhas de filme para essas férias foi exatamente Labirinto do Fauno. Além de Del Toro ser um dos meus diretores favoritos, a obra é recheada de magia e metáforas que aquecem o coração.

13. Eu, Tonya
Nota: 5/5
Sinopse (Adoro Cinema): Desde muito pequena exibindo talento para patinação artística no gelo, Tonya Harding cresce se destacando no esporte e aguentando maus-tratos e humilhações por parte da agressiva mãe. Entre altos e baixos na carreira e idas e vindas num relacionamento abusivo com Jeff Gillooly, a atleta acaba envolvida num plano bizarro durante a preparação para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1994. Baseado em fatos reais.

Como vocês podem perceber, eu assisti muitos filmes que eu já tinha visto (o que pode ser um pouco decepcionante), mas consegui ver algumas coisinhas novas, dentre elas estava Eu, Tonya. Fiquei desde o Oscar do ano passado esperando um momento para assistir ao filme e, agora que consegui, posso dizer uma coisa: espetacular!




14. Mesmo se nada der certo
Nota: 5/5
Sinopse (Adoro Cinema): Uma cantora se muda para Nova Iorque, mas logo após chegar no local, seu namorado americano decide terminar o relacionamento. Em plena crise, ela começa a cantar em bares, até ser descoberta por um produtor de discos, certo de que ela pode se tornar uma estrela.

Já falei várias vezes sobre o John Carney aqui no blog, o diretor de Mesmo se Nada der Certo. Meu amor por suas obras fica bem evidente e, por isso, assisti novamente ao seu segundo filme enquanto estava de férias.






15. Capitão Fantástico
Nota: 5/5
Sinopse (Adoro Cinema): Ben tem seis filhos com quem vive longe da civilização, no meio da floresta, numa rígida rotina de aventuras. As crianças lutam, escalam, leem obras clássicas, debatem, caçam e praticam duros exercícios, tendo a autossuficiência sempre como palavra de ordem. Certo dia um triste acontecimento leva a família a deixar o isolamento e o reencontro com parentes distantes traz à tona velhos conflitos.

Tirei um espaço para assistir ao maior injustiçado do Oscar de 2017. Dessa vez eu vi com a minha mãe e ela também ficou fascinada por essa história que é poderosa e nos faz questionar muitas escolhas que tomamos.






16. O Rei Leão
Nota: 3/5
Sinopse (Adoro Cinema): Simba é um jovem leão cujo destino é se tornar o rei da selva. Entretanto, uma armadilha elaborada por seu tio Scar faz com que Mufasa, o atual rei, morra ao tentar salvar o filhote. Consumido pela culpa, Simba deixa o reino rumo a um local distante, onde encontra amigos que o ensinam a mais uma vez ter prazer pela vida.

Alguém cancela os live action, por favor? Ao contrário de muitas pessoas, eu não vejo necessidade em refazer produções que já tem sua graça. Sei que algumas mudanças fazem com que a história se complete, mas não foi o caso de Rei Leão. Saí bem decepcionada do cinema, o que tem muito haver com a dublagem brasileira.





17. Orgulho e Preconceito
Nota: 5/5
Sinopse (Adoro Cinema): Inglaterra, 1797. As cinco irmãs Bennet - Elizabeth, Jane, Lydia, Mary e Kitty - foram criadas por uma mãe que tinha fixação em lhes encontrar maridos que garantissem seu futuro. Porém Elizabeth deseja ter uma vida mais ampla do que apenas se dedicar ao marido, sendo apoiada pelo pai. Quando o sr. Bingley, um solteiro rico, passa a morar em uma mansão vizinha, as irmãs logo ficam agitadas. Jane logo parece que conquistará o coração do novo vizinho, enquanto que Elizabeth conhece o bonito e esnobe sr. Darcy. Os encontros entre Elizabeth e Darcy passam a ser cada vez mais constantes, apesar deles sempre discutirem.

Toda vez que está passando Orgulho e Preconceito na televisão eu necessito parar tudo para assistir, meu amor é tão grande que provavelmente a minha nota tem haver com o que eu sinto e não com o que eu analiso. Sou apaixonada nessa história e acredito que nunca cansarei de Elizabeth e Mr. Darcy.

18. Infiltrado na Klan
Nota: 4/5
Sinopse (Adoro Cinema): Em 1978, Ron Stallworth, um policial negro do Colorado, conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunicava com os outros membros do grupo através de telefonemas e cartas, quando precisava estar fisicamente presente enviava um outro policial branco no seu lugar. Depois de meses de investigação, Ron se tornou o líder da seita, sendo responsável por sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de ódio orquestrados pelos racistas.

Spike Lee, como sempre, um diretor excepcional. Infiltrado na Klan é uma história baseada em fatos reais e extremamente forte, um dos melhores filmes do diretor.






19. Lazzaro Felice
Nota: 4/5
Sinopse (Adoro Cinema): Neste leitura livre da história bíblica, Lazzaro é um garoto pobre e pouco inteligente, mas extremamente bondoso. Ele é explorado pelos familiares, fazendo trabalhos forçados diariamente, além de colaborar com a marquesa, proprietária das terras onde vivem. No entanto, após uma tragédia, Lazzaro retorna à vida no século XXI. Ele não compreende mais a lógica deste mundo, mas pretende reencontrar a sua família e viver como antigamente.

Mais um filme italiano na lista, mas dessa vez um filme que mostra de verdade como o cinema italiano é magnífico. Essa é uma história forte, bonita e que vai retratar de forma singela a sociedade cruel que temos no século XXI.



20. Ilha dos Cachorros
Nota: 5/5
Sinopse (Adoro Cinema): Atari Kobayashi é um garoto japonês de 12 anos de idade. Ele mora na cidade de Megasaki, sob tutela do corrupto prefeito Kobayashi. O político aprova uma nova lei que proíbe os cachorros de morarem no local, fazendo com que todos os animais sejam enviados a uma ilha vizinha repleta de lixo. Como não aceita se separar do cachorro Spots, Atari convoca os amigos, rouba um jato em miniatura em parte em busca de seu fiel amigo, aventura que transforma completamente a vida da cidade.

Estava muito ansiosa para assistir Ilha dos Cachorros, porque o filme estava no último Oscar e por ser uma produção linda eu estava torcendo sem ao menos assistir. Quando finalmente consegui ver, meu coração explodiu de tão apaixonante que esse filme é.




Ufa! Não acredito que consegui terminar a postagem e assistir a todos esses filmes. Espero que vocês tenham gostado de pelo menos uma produção.

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩

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Foto: Sai da Minha Lente
Ei!
Tudo bem?

A vida é uma coisa muito engraçada. Um belo dia eu estava na livraria me endividando com mais livros que provavelmente só irei ler aos 90 anos quando me deparo com um marcador de páginas altamente chamativo em tons de vermelho. O título do livro é "Marionete", do autor Daniel Cole. Rapidamente atraiu a minha atenção e quando cheguei em casa fui pesquisar um pouquinho a respeito da obra e do autor, já que o título era interessante e curioso. Em meio a sinopses, resenhas e críticas, descubro que o livro em questão é continuação de uma outra obra do autor, chamada de Boneco de Pano, que já está na minha lista de leituras por aproximadamente 72 anos. Fiz uma nota mental de que subiria a prioridade do livro para lê-lo o quanto antes. Na semana seguinte, recebo uma mensagem da Cecis me perguntando se gostaria de ler um livro chamado Marionete, enviado para ela como cortesia da editora Arqueiro. Era um sinal divino: Eu precisava ler o quanto antes Boneco de Pano, já que agora possuímos a continuação a nosso dispor. Dito isso, hoje vim para contar um pouquinho para vocês sobre o primeiro livro do autor e a experiência que foi.

Autor(a): Daniel Cole
Editora: Arqueiro
Gênero: Thriller, Suspense
Número de Páginas: 336
Sinopse: O polêmico detetive William Fawkes, conhecido como Wolf, acaba de voltar à ativa depois de meses em tratamento psicológico por conta de uma tentativa de agressão. Ansioso por um caso importante, ele acredita que está diante da grande chance de sua carreira quando Emily Baxter, sua amiga e ex-parceira de trabalho, pede a sua ajuda na investigação de um assassinato. O cadáver é composto por partes do corpo de seis pessoas, costuradas de forma a imitar um boneco de pano. Enquanto Wolf tenta identificar as vítimas, sua ex-mulher, a repórter Andrea Hall, recebe de uma fonte anônima fotografias da cena do crime, além de uma lista com o nome de seis pessoas – e as datas em que o assassino pretende matar cada uma delas para montar o próximo boneco. O último nome na lista é o de Wolf. Agora, para salvar a vida do amigo, Emily precisa lutar contra o tempo para descobrir o que conecta as vítimas antes que o criminoso ataque novamente. Ao mesmo tempo, a sentença de morte com data marcada desperta as memórias mais sombrias de Wolf, e o detetive teme que os assassinatos tenham mais a ver com ele – e com seu passado – do que qualquer um possa imaginar. 

Como estava com saudades de ler um bom suspense. É meu gênero literário favorito, mas confesso que ultimamente todos os títulos soam muito iguais, assim como as motivações dos assassinos e as narrativas. É tudo muito genérico e de pouco impacto; em um mercado saturado, Boneco de Pano se destaca por sua ótima narrativa fora do comum: Um corpo. Seis vítimas. Esse é o cenário em que a polícia descobre o corpo do que seria apelidado como Boneco de Pano. Cada membro costurado como se fosse um boneco de pano pertence a uma pessoa distinta e a polícia não faz a menor ideia da identidade delas. Como se o quebra cabeça já não fosse complexo o suficiente, uma lista é divulgada com nomes de outras seis pessoas cujas partes serão utilizadas pelo assassino para costurar um novo boneco de pano. Dentre os nomes da lista, William Fawkes encontra-se listado. Apelidado como Wolf (uma brincadeira com as iniciais do seu nome), ele é um dos investigadores da polícia responsável por tomar conta do caso do Boneco de Pano. William, além das motivações óbvias, resolve entrar no caso para se redimir após um terrível caso de agressão que o levou a permanecer internado em uma clínica para reabilitação e tratamento psicológico. Desacreditado e querendo provar para todos e a si mesmo que é capaz de encontrar o terrível serial killer (além de querer salvar sua pele), Wolf se envolve na complexa narrativa que o livro se baseia, repleto de mistérios, reviravoltas e mortes sangrentas.

Diz aí: Se você é o Diabo, eu sou o quê?

Wow! Que narrativa, senhoras e senhores. Poucos livros começam a contar sua história com uma carga de adrenalina tão forte e intensa. Os primeiros capítulos já logo de cara são utilizados para introduzirem o contexto geral da história e dos personagens, além de trazerem mortes impactantes e sangrentas. A escrita de Daniel é muito boa e gostei muito do fato de que o autor não perde tempo com informações desnecessárias e longas descrições dos personagens e cenários. O autor vai direto ao ponto e mergulha o leitor nas investigações lideradas por Wolf para descobrir a identidade do assassino, além de relatar a dificuldade da polícia na identificação de quem são as pessoas que formam o macabro boneco, e a corrida contra o relógio a fim de proteger as pessoas listadas para que um banho de sangue seja evitado. O ritmo da narrativa é tão frenético que você mal tem tempo para se acostumar com as situações: Os personagens são apresentados, algo acontece e o cenário construído até então muda. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo que sua cabeça até fica meio zonza diante da enchurrada de informações passadas por Daniel. Boneco de Pano é, sem dúvidas, um excelente blockbuster: Uma verdadeira história de ação. Curiosidade: Após o término da leitura, fui pesquisar mais algumas informações sobre o livro e descobri que a história foi originalmente pensada para ser o roteiro de uma série. Se explica assim o ritmo eletrizante com que os eventos acontecem.  

Eu me senti muito preso a história, ainda que fosse confusa em alguns pontos. A falha de Daniel, em minha opinião, foi na construção de seus personagens, que muitas vezes são estranhos e pouco carismáticos e se comportam de maneira automática durante a narrativa. A detetive Emily Baxter é uma das responsáveis pelas investigações e durante vários momentos ela se comporta como uma adolescente mimada cuja vontades precisam ser atendidas. Emily, apesar de uma grande amiga de Wolf guarda secretamente uma paixão pelo detetive. A mesma foi um dos pivôs da separação de William com Andrea, uma ambiciosa jornalista que acreditava que os dois mantinham um caso. Os três protagonizam algumas cenas bem hilárias na história, mas confesso que alguns dialógos entre eles - principalmente as das brigas entre Andrea e Emily por conta de Wolf - bem desnecessárias e fora de contexto. A jornalista é uma das personagens que mais gostei e achei particularmente interessante a mesma ter sido escolhida pelo Bonequeiro (o nome dado pela polícia ao serial killer) como mensageira, recebendo inúmeros furos de reportagem e detalhes sórdidos sobre as mortes e as vítimas. A mesma é muito bem utilizada durante a história, além de possuir interesse particular nas investigações, uma vez que uma das vítimas é seu ex marido. Ainda avaliando os demais personagens, alguns outros policiais fazem parte das investigações, mas nenhum em particular se destaca, além do carismático Edwards, que traz uma maturidade para a trama, além de ser o único a pensar com clareza e enumerar os fatos. O detetive começa a obra sem muito destaque, mas achei  interessante seu desenvolvimento ao longo da trama, principalmente ao desempenhar um papel principal para a resolução do mistério. 

Como citei um pouco mais acima, a narrativa começa nas alturas e, aos poucos, vai se estabilizando, mas sem torná-la monótona e chata. Daniel consegue encadear os acontecimentos da história de maneira muito eficaz e geralmente cada capítulo termina com algum outro mistério que nos instiga a continuar lendo. Destaco principalmente aos capítulos em que são apresentados aos eventos que levaram Wolf a ser afastado da polícia e ser internado em uma clínica para tratamento psicológico, tudo se relacionando com um antiga caçada contra um serial killer chamado de Naguib Khalid, conhecido como Cremador. O caso causou grande alvoroço da imprensa na época, devido a brutalidade dos assassinatos: Ao total, foram 27 prostitutas entre 14 e 16 que foram incendiadas. Ao final do julgamento, Naguib foi inocentado e Wolf entra em colapso. Um ano após os eventos, o detetive é obrigado a confrontar novamente seu passado, pois a cada nova peça encaixada no quebra cabeça do caso do Boneco de Pano, mais Wolf se vê envolvido no centro de toda a história que se relaciona diretamente com o caso do Cremador. 

Apesar de uma ótima narrativa, eu não gostei muito da maneira com que o livro é finalizado. Acredito que tenha sido algo exageradamente aberto e acredito que parte disso seja porque  o autor já planejava lançar uma continuação, mas em um primeiro momento, soa bem artificial e de pouco impacto. Eu não gostei muito sobre a revelação da identidade do assassino, assim como a explicação pelo envolvimento de Wolf na trama. Tudo foi abordado com um pouco de pressa e alguns fatos são questionáveis e duvidosos. Como disse, acredito que todas essas questões serão abordadas em Marionete com mais detalhes, até porque existem inúmeras questões que não foram devidamente encerradas em Boneco de Pano. A sensação que tive é que a história se finaliza de maneira incompleta e pensando por esse lado, fico feliz que tenha feito a leitura agora, já com a continuação em mãos. Marionete foi lançado dois anos após a publicação do primeiro volume e acho que ficaria muito ansioso pra saber logo o desfecho dessa história. 

Nenhuma daquelas pessoas fazia ideia do monstro que passava por elas: um lobo em pele de cordeiro.

Em suma, Boneco de Pano traz personagens esquecíveis em uma boa história de suspense. O melhor de tudo, certamente é a escrita de Daniel, que é ágil e sagaz, além do autor saber exatamente como conduzir os leitores durante a história. Ainda que o livro me soe incompleto e, em alguns pontos, previsível, acredito que a história que será contada em Marionete irá complementar as lacunas deixadas, além de trazer um aprofundamento melhor na relação dos personagens já conhecidos. Estou bem ansioso para a leitura, no entanto, espero muito que Emily esteja um pouco mais adulta na história. Ela é bem chata!

Nota: 3,0/5,0

Espero muito que tenham gostado da resenha de hoje, logo logo trarei a resenha de Marionete aqui pra vocês, fiquem ligados.

Até lá.



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Ainda perdida e ainda tentando achar luz em textos alheios e palavras autorais. Amante de café, literatura, fotografia, cinema, viagens e amor.

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