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365 Cores do Universo

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Foto: Tumblr

Viver no mundo de hoje é um verdadeiro desafio, um jogo doentio. Vivemos em uma eterna competição que ganha quem é o mais frio, o que menos se interessa, o que menos demonstra e o que demora mais a responder. A indiferença rege nossas vidas e nossas relações tem se tornado cada vez mais mecânicas e automáticas. Sei lá, tanto faz. O que você quiser. Quando quiser. Vê aí. Que me desculpem os que agem dessa maneira, mas não irei sufocar meus sentimentos quando minha vontade é de gritá-los aos quatro ventos. Nesse mundo cinzento em que vivemos, eu escolho ser amarelo, azul e verde. Escolho ser um caleidoscópio de cores, uma explosão de desejos e sentimentos. Sou uma pessoa completa e não me contento com metades, frações ou migalhas. Sou de extremos, não gosto de meio termo. Ou café quente ou coca cola gelada. Meio quente ou meio gelado não funcionam comigo. Assim como meios amigos, meios amores ou meios sentimentos. Liga no meio da noite, chama pra sair, demonstra interesse. Manda mensagem dizendo que está com saudade, aparece de surpresa e pergunta do dia, do trabalho, da faculdade, do pãozinho da padaria. Abraça fora de hora, grita que ama, compra chocolates sem motivo algum. Sinta. Demonstra. O melhor presente da vida não vem embrulhado em papeis de seda, não se encontra dentro de frascos chiques ou cravejado de diamantes. A tal da reciprocidade é o melhor presente que se pode receber de alguém e dar em troca. É amar e saber que você é amado, é você perguntar e realmente estar interessado na resposta, é se preocupar em de fato querer saber como foi o dia e não perguntar apenas em um impulso automático e monótono. Seja o sentido inverso nesse mundo onde as ruas fluem na mesma direção. Nade contra a maré e seja recíproco.

Aprendi na vida que quando uma pessoa realmente quer conversar e estar ao seu lado até sardinha em lata vira assunto. E aquilo rende por horas e é mega divertido. Os lábios formam um sorriso e o coração fica quentinho. Essa pessoa. Seja esse tipo de pessoa. Tenha esse tipo de pessoa em seu ciclo de amizades. Se case com esse tipo de pessoa. Você é mais, muito mais, merece mais, almeje mais. Não se contente com tão pouco e mergulhe em pessoas vazias com tanta gente transbordando sentimento por aí. Sejamos fortes o suficiente para saber exatamente a hora de mudar de rumo, em largar a pessoa que só fala com você por conveniência ou porque precisa de algo. Saibamos a hora exata de deixar ir, de partir e dar as costas. A vida é curta demais pra perder tempo com pessoas mornas. Ah, e por favor não me venha com esse papo de: “Oi, sumido, tudo bem?”. Não enche e cai fora. Fecha a porta e se abra para as novas experiências que esperam por você. 



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Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

Hoje eu estou muito feliz por estar trazendo para vocês uma entrevista com a autora Amanda Maia, parceira do blog e muito querida por toda a equipe do Cores.

A ideia de falar com a autora sobre certos assuntos surgiu depois de uma conversa nossa sobre escrita e como os leitores influenciam muito o rumo de uma história. Comentários positivos, negativos e o que críticas cruéis podem fazer com a inspiração do escritor. E por estarmos vivendo em um período de ódio e que a tecnologia vem ganhando cada vez mais espaço em nossas vidas, foi impossível não pensar na Amanda, que é uma autora do Wattpad e da Amazon, duas plataformas digitais literárias.

Amanda Maia
Amanda Maia
Se você não conhece a autora, fique tranquilo, porque ela mesma se apresentou como uma escritora de New Adult (um gênero dentro dos Romances Românticos) e que escreve para que seus leitores não se sintam apenas entretidos, mas que eles possam tirar algo de seu trabalho. Ela diz que quando começou a escrever a ideia era simplesmente divertir, mas ultimamente ela vem pensando e mudando seu conceito como autora. Agora seus leitores podem se inspirar ou tirar alguma lição. E isso tudo ela consegue por se entregar em suas obras, a Amanda escritora se comove com o que escreve e sente por cada história como se fosse a sua. Para ela todo autor se sente assim, mas em seu caso se torna tão real que em Behing The Fall, terceiro e último livro da trilogia The Fall, ela foi tomada por semanas intensas de pura angústia, se colocando no lugar do seu protagonista, James. É isso que a fez ter tanto sucesso na plataforma Wattpad, que depois de iniciar em menos de seis meses seu primeiro livro já tinha mais de 400 mil leituras. Quando recebe o feedback, ela vê que sentir de igual para igual o que seus protagonistas sentem fez toda diferença. Ela mergulha de cabeça no que faz, não importando qual seja o tema da história.

"Minha intenção é fazer com que os leitores sintam exatamente tudo que os personagens sentem; é ter sensibilidade nas palavras para que o sentimento seja alcançável e não uma coisa irreal ou ilusória. Como escritora, sinto orgulho do que faço e de quem acabei me tornando pela escrita."

E com a escrita ocupando totalmente seu tempo, Amanda já está trabalhando em um novo livro que, infelizmente, ela não pode dar muitos detalhes, mas já adianta que é intenso, bonito e traz uma mensagem muito importante. Dessa vez seu casal já está casado e foi muito difícil para que ela iniciasse a história, a ideia veio enquanto ela assistia um dorama coreano. Ela acredita que com essa nova história ela irá alcançar mais pessoas.

"Acho que a ambição de qualquer escritor – o que todo escritor quer, na verdade – é ser lido. Então, que #AQTA alcance muitas pessoas! Que seja um livro sem "gênero", que qualquer um possa ler e se encantar pela história. Tem toda a carga dramática que venho falando em minhas redes sociais e uma história linda que ficará marcada para sempre. É uma promessa!"

Assim como seus outros livros, ele será publicado no Wattpad e depois de trabalhado na edição ele será lançado na Amazon.

A importância de Our Fall
Amanda Maia
Amanda começou no Wattpad com Our Fall, primeiro livro de sua única trilogia. Ela diz que: "era tão imatura na escrita quando comecei [Our Fall] que não esperava absolutamente nada dele, senão me divertir enquanto escrevia. O livro alcançou muitas pessoas, trouxe uma proporção de fãs do livro que certamente eu não imaginava ter, porém, foi a melhor decisão que tomei e sou muito, muito grata por todo o sucesso que o livro fez."  Porém, finaliza-lo foi ainda mais difícil, Amanda diz que chorou e não por que teve que tomar uma decisão superdifícil no encerramento, mas por se emocionar enquanto fazia a primeira revisão do livro. "Cresci muito com James e Quinn; aprendi sobre o que gosto e o que não gosto em um livro. Quase quatro anos trabalhando nessa trilogia e depois de ter escutado tanto que não conseguiria terminá-la, foi como sair vitoriosa de uma guerra."

Apesar da clara semelhança física de Amanda com Quinn, sua protagonista da trilogia The Fall, ela se sente psicologicamente mais semelhante com Freya Duval, de Tarde Demais. Freya, no início da obra, passa por abuso em seu trabalho, trabalhando horas sem descanso. Segundo a autora, na época em que escreveu o conto estava passando por isso, “quis escoar meu sentimento para outro lado e nada melhor do que escrever sobre.” Todos os livros de Amanda, porém, possuem algum tema a ser debatido.

Os comentários
Our Fall foi tão importante para sua vida que ele seria o escolhido a virar filme se pudesse, tanto pelos fãs quanto pelo seu carinho com a história. Amanda possui leitores que gostam do que escreve, outros que ficam a meio termo, e os que realmente não gostam de nada. Tem leitores que leram a trilogia The Fall inteira, mas passaram todos os capítulos no Wattpad reclamando das ações dos protagonistas, como se eles tivessem que exceder às expectativas. "Embora seja uma ficção, trago veracidade dos fatos e como todo ser humano comete erros, não posso criar personagens que fogem da realidade. É humanamente impossível ser perfeito." Os que gostam de tudo que escreve são os mais engajados. Porém, como Amanda afirma, todo trabalho que você faz e acaba trabalhando com mais pessoas, a tendência é de que isso gere alguma discussão. "Acredito que é do ser humano mesmo, essa necessidade insana de diminuir ou difamar o outro para suprir o próprio ego."

O assunto já magoou muito a escritora que já chegou a se afastar do mundo literário, mas percebeu que escreve e só. "O que as pessoas vão pensar a respeito depois, não posso controlar. Longe de mim conseguir agradar a todos! Então, não lido, apenas deixo que falem." Hoje em dia Amanda consegue conviver tranquilamente com esses comentários. "Quando recebo alguma mensagem de ódio ou até mesmo algum leitor dizendo que outro autor andou falando por aí, eu ignoro esses assuntos. Não tem nada que eu possa fazer a respeito. Vivo bem, sem mágoas ou rancor. Sem guardar comentários de ódio ou injúria. Não vejo razão para eu tentar provar o contrário de algo que alguém já se decidiu."

"Adoro conversar com os leitores sobre suas opiniões, sejam elas para elogios, críticas construtivas ou destrutivas, estou aberta a eles o tempo todo."

Porém, mesmo com toda a confusão e os comentários, Amanda não tem medo de escrever uma nova história que não seja tão boa quanto a anterior. "Qualquer história que escrever de agora em diante, estaremos em um divisor de águas, principalmente porque não será nada parecido com a trilogia. É claro que os leitores que me acompanham desde 2015 estarão com altas expectativas, talvez até esperando que seja algum livro que lembre Our Fall, mas cada história que virá a seguir será única a seu modo e espero de coração que os leitores recebam cada uma delas com muito carinho."

Suas perspicácias na escrita
Amanda Maia
Para que seus livros funcionem e sejam publicados constantemente, muitos acham que Amanda possui metas diárias, mas ela prefere escrever um novo livro a cada três meses e anotar a quantidade de palavras que escreve por dia, e quando não consegue trabalhar normalmente tenta suprir no dia seguinte.

Esses livros são publicados inicialmente no Wattpad e posteriormente na Amazon. O Wattpad é conhecido por publicações de autores que, atualmente, são cada vez mais conceituados. Para se destacar em uma plataforma tão grande e cheia de sonhadores é mais complicado. E Amanda deu dicas importantes do que ela fez e o que alguém deve fazer para seguir seu caminho. "Divulgando! Muuuuuuuito! Quando entrei no Wattpad em dezembro de 2015, não tinha sequer um seguidor na plataforma, então, pensei: preciso começar do zero por aqui, assim como fiz quando iniciei minhas fanfics! Assim fiz. Divulgava em grupos do Facebook e até em mensagens no Wattpad. Havia dias que passava a madrugada fazendo isso! O resultado demorou, mas felizmente ele chegou e seis meses depois Our Fall atingia suas 400 mil leituras." Para Amanda o importante para se destacar é ser educado, gentil e aberto aos leitores que te acompanham. "Interaja em grupos no Facebook, convide as pessoas para lerem educadamente, sem passar a impressão de que "é uma obrigação que leiam". Envie mensagens amigáveis pelo Wattpad convidando as pessoas para te conhecerem melhor."

Suas influências
Amanda Maia
Assim como qualquer escritor, Amanda sofre influências de outros autores. No seu caso é a J.K. Rowling, autora da saga Harry Potter. "Tenho muitos livros favoritos, sempre que termino um, penso: esse é meu favorito! Mas acho que a saga Harry Potter é um marco para mim. Eu me identifico com a escrita da J.K Rowling, embora não escreva fantasia, sou completamente apaixonada por ela, como pessoa e incrível mulher que se tornou. Quando comecei Our Fall estava lendo "Harry Potter e a Pedra Filosofal". Fazia várias anotações enquanto lia esse livro, porque me sentia motivada e inspirada. Acredito muito que todo escritor deve sair de sua zona de conforto e ler não somente o gênero que escreve, mas tudo que puder. A criatividade vem como um estalo no seu cérebro! E acredite, qualquer coisa que J.K escrever, vou ter a mesma sensação. Também me inspiro em Brittainy C. Cherry, autora de O Ar que ele Respira e Colleen Hoover, É assim que Acaba. Quando decidi que queria seguir a linha de romances New Adult, dramático, estava lendo os livros dessas mulheres incríveis e me identifiquei."

Amanda também busca inspiração lendo ou assistindo a filmes. "Algumas pessoas já me perguntaram se eu não acabo misturando a minha história com a que estou lendo, entretanto nunca aconteceu comigo. Gosto de ler para manter meu cérebro trabalhando na criatividade e assisto a filmes e séries com o mesmo intuito. Às vezes estou concentrada na leitura ou em algum filme e de repente meu cérebro dá um estalo e tenho uma ideia. O motivo para eu sempre ter um caderninho em mãos ou usando o bloco de notas do celular. Uso o banho para lapidar essas ideias!"

A escrita
Trabalhar com a escrita é muito incerto, assim como trabalhar com qualquer arte que te deixe como profissional autônomo, então Amanda tenta não pensar muito nisso. "Sempre que penso, acabo me inclinando para o pior e fico me perguntando se estou deixando o meu futuro à mercê de um sonho. Eu espero que minha vida esteja estável, que eu possa continuar escrevendo e vendendo meus livros para continuar trabalhando só com eles!"

"Espero que meus livros possam alcançar mais leitores e os tocar, como Behind The Fall tocou os que acompanharam o livro no Wattpad. Foi incrível ver a reação de cada um! Me senti grata, como se estivesse fazendo a coisa certa."

Para finalizar, Amanda disse: "uma vez me disseram que a gratidão era diferente de se sentir grato. Não sei se isso é bem verdade, mas me sinto grata. Acredito que ainda não tenha alcançado o que espero como escritora, mas não me sinto nem um pouquinho decepcionada com o que tenho. É a sensação de que entreguei meu coração, meus planos e projetos para a pessoa certa e Deus está cuidando de tudo. Sou muito grata aos meus leitores. Muito mesmo! Nos momentos bons e ruins, eu posso contar com eles. Estão sempre lá para mim e me apoiam, concordam com o que planejo e estendem a mão para me ajudar. E, para convidar mais leitores, gostaria de dizer que recebo todos de coração aberto. Sempre disse e repito: não tenho um grupo de leitores, tenho uma família linda. E se os amigos são a família que escolhemos, é claro que eu escolho os meus leitores!"

Todos os projetos de Amanda Maia para 2019 estão em planejamento, alguns estão relacionados a Our Fall e outros vem de uma série; quatro jovens integrantes de uma banda de rock alternativo em ascensão. Resenhas de seus livros já publicados vocês podem encontrar no Cores, clicando aqui.

Muito obrigada, Amanda, por ter me ajudado com essa entrevista. Você é uma pessoa incrível! Muito obrigada vocês, leitores queridos do Cores que me ajudaram a realizar tantas coisas, como essas. Estou muito feliz em compartilhar com todos um pouco sobre essa escritora incrível.

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩

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Faru's Eyes


Ei! Tudo bem?
Espero que sim :) 

Você já assistiu Sociedade dos Poetas Mortos? Gostou? Independentemente da sua resposta, se for sim ou não, não estou aqui para falar sobre esse filme brilhante. Na verdade, hoje é dia de resenhar Nada, livro da dinamarquesa Janne Teller que foi proibido em vários lugares do mundo.

O que um livro proibido tem haver com um dos filmes cult mais famosos? A procura pelo significado da vida, tema das duas obras que mesmo tão diferentes são tão parecidas.

Quando terminei a leitura fiquei dias adiando a resenha, porque (ainda) preciso digerir tudo o que eu li, e espero conseguir passar todas as minhas sensações para vocês.

Autor(a): Janne Teller
Editora: Record
Gênero: Romance
Páginas: 128
Sinopse: Pierre Anthon está no sétimo ano e tem a certeza de que nada na vida tem importância. Por isso, ele decide abandonar a sala de aula e passar os dias nos galhos de uma ameixeira, tentando convencer seus companheiros de classe a pensar do mesmo modo. Agora, diante da recusa do menino de descer da árvore, seus colegas farão uma pilha de objetos que significam muito para cada um deles, e com isso esperam persuadi-lo de que está errado.




Pierre Anthon percebeu que nada na vida realmente importa, então o melhor que ele pode fazer é contemplar o nada fazendo nada. Ele percebe isso no seu primeiro dia de aula no sétimo ano, então toda sua turma se incomoda e até se empolga com suas palavras sobre a não relevância da vida e do estudo, porque no final nada irá importar.

Agnes e outros alunos da turma de Pierre Anthon decidem mudar a situação, tanto porque o garoto - que passa o dia berrando em um galho de ameixeira - está irritando os colegas, quanto porque as pessoas do sétimos ano estão com medo de nada significar nada.

Assim então, eles iniciam uma série de ações para que Pierre desça da árvore. Jogam pedras e berram, mas chegam a conclusão que a única coisa que pode ter algum efeito é mostrar para Anthon que, na verdade, existem coisas que importam.

"Nada importa. Disso eu já sei faz muito tempo. Então não vale a pena fazer nada. Acabo de descobrir isso."

Nada, da dinamarquesa Janne Teller, foi a minha indicação para o Clube do Livro (participe!), porém, eu indiquei porque eu já havia lido a obra no ano passado, mas precisava compartilhar a leitura e ler novamente para conseguir escrever essas resenhas para vocês.

Isso porque Nada é o estilo de livro que você não dá nada por ele, mas no final você ganha tudo! E eu não estou exagerando. Essa história foi a minha favorita de 2018, e eu vou explicar para vocês os meus motivos para isso.

"- É uma perda de tempo - gritou, um dia. - Porque tudo só começa para acabar. Você começa a morrer no instante em que nasce. E isso vale para tudo.
Outro dia, ele berrou:
- A Terra tem 4,6 bilhões de anos, mas vocês chegarão no máximo aos 100! Existir não vale a pena."

Pequeno, simples, fácil, mas muito denso. Preciso tomar muito cuidado com essa resenha para não estragar a obra por inteiro. Acredito que quanto menos você sabe, melhor vai ficando, na mesma medida em que vai ficando assustador. Entretanto, conto que essa é uma história quase macabra e, apesar de eu ter falado sobre Sociedade dos Poetas Mortos lá em cima, isso não significa que quem goste de um vai conseguir aguentar o outro, porque Nada foi feito para chocar, chocar mostrando o pior de cada pessoa e o que isso pode fazer com a sua própria vida e a do próximo.

É uma história muito filosófica sobre procurar o significado de nossa vida. Porém, os personagens vão perdendo o controle, mostrando tanto a realidade que os pensamentos de Pierre Anthon possuem quanto o poder de fazer a vida ter um significado.

Afinal, quem nunca, antes de dormir, não pensou sobre a vida e como isso tudo existe ou acontece diante de nossos olhos? Para sairmos dessa não precisamos encontrar um significado para as coisas? É exatamente nesse ponto que o livro mexe. Por isso, apesar de todo o significado do final, esse é um livro em que você precisa tomar cuidado, não é um livro para todo mundo, como vocês podem perceber pelos quotes selecionados para essa resenha.

E falando sobre o final da história, ele é surpreendentemente confuso e assustador, mostrando a capacidade que um Ser Humano tem de perder a cabeça procurando um significado para a vida e como ele pode ser cruel querendo ter razão e mostrar superioridade.

Nada é incrível por isso, pois é a realidade de forma crua.

"- Se valesse a pena ter raiva de algo, existiria algo pelo que valeria a pena se alegrar. Se valesse a pena alegrar-se com algo, existiria algo que importa. Mas isso não existe! Dentro de poucos anos, vocês estarão mortos e esquecidos, então deveriam começar a se acostumar."

O livro é narrado em primeira pessoa pela Agnes, uma das colegas de classe de Pierre Anthon. Apesar de a história contar com vários personagens que poderiam ser considerados protagonistas, é Agnes que desempenha o maior papel, por causa da narração e de suas ações durante o livro.

Ela é uma menina mimada e que vai passar a visão dela sobre os acontecimentos da obra, então é claro que ela irá falar sobre aquilo que a interessa e o que irá mostrar o quão boa ela é em toda a situação.

Eu achei isso genial, porque Agnes não é confiável, mas você precisa lidar com ela e suas escolhas.

Apesar de todos os meus comentários positivos, é nas ações e nos pensamentos das personagens que eu percebo que a história se torna um pouco fora de contexto por eles serem muito novos. Quando eu estava no sétimo ano, eu e o resto da minha sala não pensávamos dessa maneira e não agíamos com o próximo do mesmo jeito que os personagens. Porém, ignorando esse detalhe a história é maravilhosamente bem escrita, clara, direta, objetiva e sensacional. Passei pelo livro tendo calafrios e ansiando pelo final.

"- Estou sentado no nada. E é melhor estar sentado no nada do que em algo que não é nada!"

Esse é um livro bem curto que com uma "sentada" você consegue ler. Mesmo com os pensamentos filosóficos e os conflitos que são feitos durante a obra, não é uma história difícil ou entediante. Ela vai ganhando ritmo aos poucos e enquanto os significados para cada um dos personagens vão aparecendo mais aceleramos para saber o final da história.

Eu gostaria muito de falar mais e contar um pouco sobre esses significados, mas como eu não fazia a menor ideia do que era quando li, sei que a experiência se tornou ainda melhor. Por isso o que me resta é pedir para que quem se sentir bem o suficiente no mundo louco e psicológico de Nada, que entre e se aproxime mais da escrita fascinante de Janne Teller e desses personagens que vão nos trazes muitos ensinamentos.

"Embora não consiga explicar o que é, sei que é algo que tem significado. E sei que com significado não se brinca. Certo, Pierre Anthon? Certo?"

Nota: 5/5 ♥ 

Compre Nada | Amazon | Americanas

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩

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Foto: Gabriel Ferrari

Olá, senhoras e senhores! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim!

Gostaram do texto de quarta-feira? De vez em quando irei trazer uns textos mais pessoais e que fujam um pouco desse formato de resenhas literárias e espero do fundo do meu coração que tenham gostado, podem esperar que muitas coisas bacanas irão surgir por aí. Ao mesmo tempo que fico um pouco receoso de falar de coisas tão íntimas, fico feliz de poder compartilhar com vocês. 

Hoje é sábado e vamos ao que interessa: Dia de resenha! Promessa é dívida e como eu disse na primeira parte desse desafio King, no último sábado de cada mês irei trazer a resenha do livro escolhido e no final do ano teremos nada mais que 12 resenhas do mestre do terror aqui no site. Se você não sabe muito bem do que estou falando ou não faz ideia do que seja o desafio King, basta ler aqui a resenha do livro que deu início ao desafio. A obra escolhida para o mês de fevereiro é Joyland, lançada em 2013 e trazida pelo Brasil pela editora Suma de Letras, parceira de longa data do King. Em minha opinião, é o livro mais "fora da curva" que li do King até então, um suspense investigativo com uma boa dose de humor e um final de partir o coração. Ao decorrer da resenha irei explicar com todos os detalhes, mas já adianto, foi uma das melhores leituras do autor que fiz em minha vida e super indico para todos, desde os leitores mais experientes até os que ainda não tiveram oportunidade de ler nada do autor.  

Vamos lá?

Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Suspense
Páginas: 239
Sinopse: Carolina do Norte, 1973. O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer. Linda Grey foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado - e para isso Dev conta com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença séria. O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer - e sobre aqueles que sequer tiveram a chance de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais. 


Uma coisa ninguém pode negar: King é profissional e sabe exatamente o que faz. O autor já assinou e publicou mais de 40 livros e é reconhecido mundialmente por suas histórias que já serviram de inspiração para diversos filmes e séries. Alguns de seus leitores mais exigentes dizem que o mestre do terror foi perdendo a mão com o passar dos anos e suas histórias lançadas após os anos 2000 não fazem jus ao imenso legado de King. Eu, em minha opinião, discordo totalmente. King, com o pasar do tempo foi se adaptando e se modernizando e fica nítida a diferença de escrita entre suas obras, entretanto, sem perder a qualidade e as características marcantes que consagraram seu nome.

Foto: Gabriel Ferrari

Em Joyland somos levados até o verão de 1973 em que o jovem e carismático Devin Jones aceita trabalhar em um parque localizado na costa da Carolina do Norte em busca de um graninha extra durante as férias de verão da faculdade, além de ser uma ótima maneira de distrair a cabeça e curar seu coração partido após levar um fora de sua ex namorada. Rapidamente o rapaz se dá muito bem com os funcionários e com o emprego e o jovem solitário vê em Joyland seu lar. Como todo parque de diversões que se preze, há uma antiga lenda urbana que ronda o lugar. Segundo funcionários e moradores do local, uma jovem foi assassinada em uma das atrações do parque, a Horror House, uma espécie de trem fantasma. Seu corpo foi encontrado, mas dizem que o espírito da jovem permanece no local assombrando alguns visitantes. Devin se vê envolvido no mistério e junto com seus amigos resolvem investigar para determinar o que de fato aconteceu com Linda Gray e descobrir a identidade do assassino, que segue foragido até os dias de hoje.

King possui uma escrita muito particular com características que incomodam diversos leitores: Uns não gostam exatamente pelo autor abusar de descrições e estruturas de linguagem complexas que exigem a máxima atenção de quem está lendo. Há quebras constantes de narrativa, viagens temporais entre períodos específicos e alguns dizem que o autor consegue ser extremamente prolixo em suas obras. Grande parte dos seus livros também são imensos e contam com mais de 800 páginas (arredondando por baixo). Se você é uma dessas pessoas, eis aqui uma boa notícia: Nesse romance, o autor vai totalmente fora da curva e Joyland é composto por apenas 247 páginas, sem as já longas e detalhadas descrições características de King. A escrita em si me surpreendeu demais por ser "crua" e sem rodeios e King abriu mão de diversos recursos para a criação de uma narrativa rápida, fluída e altamente imersiva. A história de Joyland é sobre tristeza, amor e perdão, sobre se encontrar e buscar o caminho certo para a vida. Poucos livros me causaram tanta reflexão acerca desses temas e a história consegue ser extremamente humana e avassaladora  e bato palmas para o King por conseguir em tantas poucas páginas criar um conteúdo tão amplo e tão bem escrito.

Quando se tem vinte e um anos, a vida é um mapa rodoviário. Só quando se chega ao vinte e cinco, mais ou menos, é que se começa a desconfiar que estamos olhando o mapa de cabeça para baixo e, apenas aos quarenta temos certeza absoluta disso. Quando se chega aos sessenta, vai por mim, já se está completamente perdido.

Quem nunca ouviu falar de Pennywise? O terrível palhaço devorador de criancinhas é apenas uma das criações mais macabras e assustadoras saídas diretamente da cabecinha do King. Conheço pessoas que possuem muita de vontade em ler algo do autor, mas morrem (me perdoem pelo trocadilho) de medo de obras de terror. Eu não os julgo, já não sei quantas vezes perdi o sono por causa deles. Contudo, tenho outra boa notícia para vocês, sigam meu conselho e leiam Joyland. A história, apesar de possuir esse lado de assombração e sobrenatural, é totalmente focada na investigação e do suspense do que o terror em si. Confesso que esperava mais "participação" do fantasma da menina, porém, é algo que não faz falta alguma para a narrativa. Com exceção de uma ou duas cenas que podem causar medo, o livro é super tranquilo de ser ler e categorizo Joyland como um thriller investigativo. É nesse ponto em que eu não dei cinco estrelas para a história: (e torno a frisar: é o única coisa que mudaria no livro). Como amante do gênero de terror, esperava uma grande história do gênero lançada por King em um parque diversões, ambiente super propício para a criação de uma história macabra. Não esperava que o livro fosse seguir para esse lado investigativo e não significa que essa mudança torne o livro ruim: Muito pelo contrário. Joyland é uma obra incrível que contém uma narrativa incrível e personagens arrebatadores. O fato de não possuir muito terror é apenas uma impressão pessoal minha, mas que de forma alguma tira o brilho da história.

Foto: Gabriel Ferrari


A história de Joyland é construída como se fosse uma espécie de diário, em que um Davin já idoso e saudosista retorna ao auge dos seus 21 anos para contar a história do verão de 73 em que passou em Joyland. O resultado é uma narrativa cercada de momentos de reflexão feitas pelo protagonista e o livro é MUITO nostálgico. Por diversos momentos, Davin levanta questionamentos sobre a vida, amor, perda, solidão, entre outros. King soube escrever algumas passagens bem interessantes e altamente delicadas, o que torna o livro ainda mais gostoso de ler. A ambientação do livro é fantástica, assim como os personagens secundários que ajudam Devin a resolver o mistério. A sensação que tive era de estar assistindo um episódio Scooby Doo, enquanto seus amigos tentam desvendar a identidade do homem por trás da máscara de monstro. 
Algumas pessoas escondem suas verdadeiras personalidades, querido. Às vezes, dá pra perceber que estão usando máscaras, mas nem sempre. Até pessoas com intuições poderosas podem ser enganadas.


Apesar do livro ser todo voltado para o suspense por trás da identidade do assassino do trem fantasma, como o mesmo foi carinhosamente apelidado, o final do livro é arrebatador e incrivelmente triste. Apesar de amar os livros de King, tenho minhas ressalvas com relação aos finais que ele escreve para as suas histórias. Já em Joyland foi perfeito e caiu como uma luva, um final simples, delicado e de partir o coração. Para mim a obra demonstra o talento do autor em escrever histórias que sigam por vertentes distintas, diferentes de seus livros de terror. Finalizei a leitura de Joyland com lágrimas nos olhos e coração apertado. Joyland é aquele tipo de livro que você quer degustá-lo lentamente, mas a leitura é tão envolvente que você não consegue largar e, quando você acaba, se arrepende por ter lido tão rápido. Fevereiro não foi um mês muito bom e desculpem o termo, mas só li porcarias. Ainda bem que o King veio em seu cavalo branco pra me salvar e Joyland com certeza é uma história que conseguiu um pedacinho do meu coração. 


Nota: 4,5/5,0


É isso, pessoal! O mês dois do desafio foi concluído e agora estou buscando a leitura para o mês de março. Você que gosta do King, tem algum para sugerir? Conta aqui pra mim nos comentários. Vamos fazer esse desafio juntos. :)

Nós vemos qualquer dia desses por aí e boas leituras para todos nós.

Compre Joyland: Amazon


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Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

Apesar dessa não ser uma resenha planejada para ser publicada hoje, estou muito feliz em trazer para o blog a primeira publicação sobre algo da autora Leisa Rayven, e primeiro livro da série Masters of Love. 

Faz alguns meses que eu li o livro, por isso vou trazer apenas um resumo do que eu achei sobre a obra para vocês. 

Autor(a): Leisa Rayven
Editora: GloboAlt
Gênero: New Adult
Páginas: 358
Sinopse: Max Riley pode fazer com que as fantasias mais incríveis ganhem vida: sob o alter-ego de Mr. Romance, ele pode ser um bilionário dominador, um bad boy inocente, um geek sexy ou qualquer outro homem que satisfaça os desejos das mulheres solitárias da alta sociedade de Nova York. No entanto, nada disso envolve sexo: são apenas encontros inesquecíveis. Intrigada com a lenda urbana de Mr. Romance, a jornalista Eden Tate está determinada a publicar uma matéria revelando sua identidade e suas artimanhas. Desesperado para proteger seu anonimato, Max desafia Eden a ter com ele três encontros: se ela não se apaixonar por ele, poderá publicar a matéria. Caso contrário, deverá esquecer a história. Eden não tem dúvidas de que conseguirá resistir a todos os falsos personagens de Mr. Romance, mas será que é seguro entrar no jogo do maior mentiroso de todos?

Eden Tate é uma jornalista que tinha tudo para estar no estrelado da carreira, mas passa seus dias fazendo publicações para uma revista - não tão famosa - sobre memes, testes e assuntos como: "Um gato comeu muita ração, olha só no que deu". Isso a deixa extremamente frustrada, então quando sua irmã surge com a lenda urbana do Mr. Romance, Eden vê a oportunidade de descobrir se a história é real e quem é o homem por detrás dos encontros românticos com as mulheres da alta sociedade da Big Apple. Assim, ela terá uma matéria brilhante para ser promovida. 

E é quando Eden finalmente consegue um encontro com o homem por trás do Mr. Romance, que ela recebe a proposta de receber o mesmo que todas as outras mulheres, porém, se ela se sentir realizada como os socialites de Nova York ela não poderá publicar sua matéria. 

"A melhor coisa que você pode aprender é amar, e ser amando de volta".

Como não estou tão empolgada para New Adult como um dia já estive, Mr. Romance se mostrou uma surpresa para mim. É claro que a história sobre um homem, Max, que decide realizar os desejos românticos das mulheres só para elas se sentirem amadas é uma grande irrealidade, então, uma grande piada. Mas uma piada maravilhosa de se saber. 

É muito legal ler um New Adult em que o homem não é uma espécie de vilão que precisa de concerto e é a mocinha que irá concerta-lo. Max é um homem generoso e muito legal, você vai lendo e vai entendendo os motivos de ele ser o Mr. Romance, e vai se apaixonando por ele assim como Eden. 

Eden faz um papel de jornalista nata, sempre se mostrando curiosa e empolgada para saber mais sobre Max, colocando seu trabalho em primeiro lugar. É uma personagem divertida e que é muito real, que precisa fazer escolhas importantes e tomar decisões que vão mudar o rumo da relação dela e de Max. 

"Você pode morrer e renascer durante um beijo decente."

Era óbvio que os dois iam terminar juntos, mas como a proposta do Mr. Romance envolvia apresentar três personagens que combinavam com o estilo de Eden, foi difícil saber se Max, o cara normal, era de fato apaixonado pela Senhorita Tate. 

O final da história se mostrou surpreendente, não achei que ele fosse tomar aquele caminho, e posso dizer que foi uma ótima escolha da autora. Porém, o que ainda me incomoda é a irrealidade do assunto no livro, é impossível que algo no estilo aconteça na realidade, isso é bem frustrante. 

Mas pretendo ler mais obras de Leisa, porque apesar dela seguir os clichês básicos do New Adult, sua escrita é cativante e muito tranquila de ser lida, então vale a pena caso eu fique em uma ressaca literária. 

"Todas nós já nos machucamos. Todas nós temos cicatrizes em alguns lugares. Mas o romance nos permite esquecer disso por um momento e acreditar que contos de fadas podem ser reais."


Nota: 3/5 ♥ 

Compre Mr. Romance | Amazon | Saraiva

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩

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É verdade, eu erro e tropeço feio, caio no chão e ralo o joelho. Nem sempre consigo acertar em tudo que faço, ou quase nunca faço as coisas da maneira que precisam ser feitas. Sou impulsivo e intolerante, faço birra e quero as coisas pra ontem, preciso que tudo seja feito no meu tempo para me sentir bem e quero sempre estar no controle das coisas que acontecem ao meu redor, porém, todos nós sabemos que existem situações que fogem do nosso controle e dos nossos círculos de influência e não podemos fazer nada para mudar isso. Me frustro o tempo todo e acabo chorando mais do que deveria. Meto os pés pelas mãos, mas continuo tentando. Eu posso não ser a melhor pessoa do mundo, mas possuo um coração de diamante e isso me motiva a seguir adiante.

A vida te testa e te joga em situações quase inimagináveis; é tão inconstante e cruel, as coisas mudam em questão de segundos. Suas certezas, antes tidas como imutáveis, agora já são outras. Você precisa ser forte o tempo todo, você precisa ser confiante e corajoso, você precisa aguentar. Felizmente, sempre tive essa mania irritante de contradizer as pessoas. Quando dizem que eu não posso e não sou capaz, eu vou lá e faço, mostro para o mundo inteiro que estavam errados. Nada como pagar com amor quem te desejou o ódio. É verdade, nem sempre as coisas vão sair do jeito que você quer e planejou, mas pelo menos você tentou.

No tabuleiro do jogo da vida, os dados rolam e nem sempre a jogada sai como o esperado: você perde, pessoas se afastam e viram a cara pra você e dizem que você nunca vai alcançar a linha de chegada. Nesse ponto é importante manter-se fiel ao que você acredita. Alcançar sua verdadeira felicidade é como escalar uma montanha íngreme e traiçoeira. Vão fazer você acreditar que não é capaz, que você não é nada e que sempre vai estar estagnado no mesmo lugar. Mas é aí que me pergunto: São os seus sonhos ou os sonhos deles? Quem melhor do que você saber o que precisa fazer pra alcançá-los? No final do dia, você precisa lidar com a sua consciência e não a deles. É importante dar um passo de cada vez e ter certeza de estar pisando e se apoiando nos lugares certos, qualquer desequilíbrio pode ser fatal e te jogar no precipício escuro. Aos poucos as correntes que te prendem são quebradas e você percebe que nada nessa vida permanece para sempre. Nem para o bem e nem para o mal. O que você está passando agora é temporário. Ainda bem, não é mesmo? As coisas vão ficar boas de novo e vão ficar ruins de novo. Um grande spoiler: Essa é a vida, isso é viver. Certa vez ao assistir Grey's Anatomy, me deparei com uma frase que faz todo o sentido e representa bem o que é a vida: O carrossel nunca para de girar.

Eu posso não ser perfeito e sei que nunca serei. Possuo inúmeros defeitos, manias e qualidades. Não sou 100% bom, posso ser tóxico e sei que nunca serei o suficiente para algumas pessoas. Críticas farão parte do meu caminho, não importa que decisão eu tome. Mas meu coração é puro e corajoso. É forjado de diamante; inquebrável e reluzente. E todas as vezes que cair, irei levantar. Estou seguindo meu caminho, lidando com minhas escolhas, colhendo os frutos das boas decisões que tomei, e pagando o preço pelas ruins. Mas sou apenas humano. Não tenho um manual para seguir, preciso confiar nos meus instintos e sentimentos e me desculpem se às vezes me deixo levar mais pelo lado emocional, eu estou apenas tentando. 

Sei reconhecer quando uma batalha foi perdida e acabou. É desperdício de tempo e energia insistir em algo que não vai dar em lugar nenhum; é hora de ir embora e recomeçar. Outras guerras irão surgir em meu caminho, mas estarei armado para enfrentar e, sei que, enquanto meu coração for de diamante, não irão conseguir quebrá-lo.



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Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

Demorei um pouquinho para aparecer por aqui e comentar sobre esse assunto, mas o leitor do blog que é mais Sherlock Holmes pode ter percebido que nós temos uma aba da Editora Intrínseca na parte de parcerias editoriais. Fico muito feliz em vir nessa postagem para confirmar que sim, o Cores faz parte da equipe da editora por 2019 e eu não poderia estar mais feliz. 

A editora, além da Harlequin que continuará com a gente como parceira de ação, é a única que teremos durante o ano para que mais leituras de minha escolha possam ser colocadas por aqui. Eu espero que esse seja um ano incrível para todos nós. 

Então, para começar com o pé direito, decidi mostrar para vocês os lançamentos de fevereiro da Editora Intrínseca. E se você está se perguntando sobre os recebidos que costumavam vir nessa postagem, fiquem tranquilos, ele ainda existe, mas só no Instagram do Cores, então segue a gente lá. 

Vamos para os lançamentos!

Os Prós e os Contras de Nunca Esquecer - Val Emmich
Sinopse: Joan Lennon é uma menina de 10 anos com um dom surpreendente: ela é capaz de lembrar, com exatidão de detalhes, tudo que aconteceu com ela. Sabe quantas vezes a mãe disse “sempre dá certo” nos últimos seis meses, lembra dos dias e dos motivos para ter chorado, mas compreende também que nem todos têm essa capacidade. A maioria das pessoas, ela sabe, esquece as coisas, mas Joan não quer ser esquecida pelos outros. Então quando depara no jornal com um concurso cultural intitulado “Próximo Grande Compositor”, ela encontra a resposta: uma boa música é impossível de ser esquecida. Ela só precisa achar o colaborador perfeito. E é aí que entra Gavin Winters. Amigo de faculdade dos pais de Joan, Gavin é um ator famoso de Los Angeles que no momento enfrenta a dor terrível de ter perdido subitamente o namorado, Sydney. Depois de ter um vídeo seu em surto vazado na internet, Gavin decide dar um tempo na casa dos velhos amigos. Logo que se conhecem, Gavin e Joan fazem um acordo peculiar: ele vai ajudar Joan com a música e em troca a menina vai contar tudo que se lembra de Sydney. Mas o que no início era reconfortante acaba se tornando uma tortura no momento em que Gavin é obrigado a encarar o fato de que o namorado talvez estivesse escondendo alguma coisa. Emocionante e divertido, Os prós e os contras de nunca esquecer é um livro de estreia surpreendentemente encantador, para ser lido com Beatles tocando ao fundo.
Compre Os Prós e os Contras de Nunca Esquecer | Amazon

O Construtor de Pontes - Markus Zusak
Sinopse: Se em A menina que roubava livros é a morte quem conta a história, em O construtor de pontes, novo romance de Markus Zusak, presente e passado se fundem na voz de outro narrador igualmente potente: Matthew, o filho mais velho da família Dunbar. Sentado na cozinha de casa diante de uma máquina de escrever antiga, ele precisa nos contar sobre um dos seus quatro irmãos, Clay. Tudo aconteceu com ele. Todos mudaram por causa dele. Anos antes, os cinco garotos haviam sido abandonados pelo pai sem qualquer explicação. No entanto, em uma tarde ensolarada e abafada o patriarca retorna com um pedido inusitado: precisa de ajuda para construir uma ponte. Escorraçado pelos jovens e por Aquiles, a mula de estimação da família, o homem vai embora novamente, mas deixa seu endereço num pedaço de papel. Acontece que havia um traidor entre eles: Clay. É Clay, então, quem parte para a cidade do pai, e os dois, juntos, se dedicam ao projeto mais ambicioso e grandioso de suas vidas: uma ponte feita de pedras e também de lembranças — lembranças da mãe, do pai, dos irmãos e dele mesmo, do garoto que foi um dia, antes de tudo mudar. O tempo, assim como o rio sob a ponte, tem uma força avassaladora, capaz de destruir, mas também de construir novos caminhos. O construtor de pontes narra a jornada de uma família marcada pela culpa e pela morte. Com uma linguagem poética e inventiva, Markus Zusak nos presenteia mais uma vez com uma história inesquecível, uma trama arrebatadora sobre o amor e o perdão em tempos de caos.
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Você Nasceu Para Isso - Michelle Sacks
Sinopse: Sam Hurley, professor, e sua esposa Merry, cenógrafa, trocam os confortos de Nova York por um estilo de vida completamente diferente em uma casinha isolada na Suécia. Apesar do quadro idílico que o casal com um bebê recém-nascido em paisagens de contos de fada representa, problemas com raízes muito profundas ameaçam o relacionamento. Sam, que nunca contou à esposa que na verdade foi demitido da universidade, também mente sobre seu dia a dia na nova cidade. Merry, por sua vez, sempre escuta do marido que nasceu para ser dona de casa, mas não sabe o que fazer com o ódio que alimenta por todas as tarefas cotidianas: a jardinagem sem-fim, a arrumação da casa, o preparo de refeições para a família e os cuidados com um bebê que por ora só parece dar trabalho. O instável equilíbrio da família se perde por completo com a visita da melhor amiga de Merry, a glamourosa Frank. Ela conhece Merry muito bem, conhece sua história, e agora, com a proximidade, é capaz de ver quem Sam realmente é. Mas Frank tem os próprios segredos, e, à medida que sua narrativa se junta à história do casal, fica claro que ela sofre pelos próprios pecados e talvez não seja capaz – ou não queira – salvar ninguém. Você nasceu para isso retrata a escuridão que há no cerne dos relacionamentos mais íntimos. Sem heróis e permeada por uma teia de segredos, obsessão e inveja, é um relato violento de vidas que quase nunca são o que parecem e das partes de nós que não somos capazes de admitir.
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O Quinto Risco - Michael Lewis
Sinopse: O renomado jornalista Michael Lewis faz uma análise ácida do início do governo Trump, chamando a atenção para os perigos que ele representa Quando a eleição de Donald Trump foi confirmada, todas as agências federais se prepararam para receber a equipe de transição do futuro presidente. Só que ninguém apareceu. Após semanas de espera, os poucos enviados por Trump demonstraram brutal desinteresse no que os servidores de carreira e líderes dos departamentos tinham a lhes passar. Pior ainda: eles pareciam desconhecer por completo as funções dos setores que comandariam e ter currículos bastante questionáveis — sem falar nos casos em que havia conflitos de interesse. Michael Lewis foi atrás de alguns desses antigos funcionários, aos poucos afastados de seus cargos, a fim de ouvir o que eles teriam a dizer sobre a atitude de Trump e os possíveis riscos da nova gestão que mais os apavoravam. Sua surpresa, porém, foi perceber que uma das principais ameaças contra a nação americana (e o mundo) é representada pela figura do próprio presidente. Na escala de possíveis situações emergenciais, o quinto risco é tudo aquilo que desconhecemos, que nem sequer cogitamos que possa acontecer, o imponderável. É natural que ele exista em certa medida. Mas o que fazer quando quem deveria tentar se inteirar de tudo a fim de minimizá-lo simplesmente lava as mãos e prefere se refugiar na ignorância? De que forma o desprezo pelo conhecimento demonstrado por aqueles em posição de liderança ameaça a existência da humanidade? Um retrato sombrio do período de transição e dos primeiros meses do governo Trump.
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Esses são os lançamentos do mês da Editora Intrínseca, dois desses livros serão resenhados pelo blog até março, porém, o restante também será comentando. Espero que vocês tenham se interessado por algum!

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩

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Foto: Gabriel Ferrari
Oi, gente!

Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Um dos grandes benefícios da ampla utilização da internet e das redes sociais é conseguir aproximar pessoas que compartilham de gostos em comum com os seus. É sempre muito legal trocar experiências, dividir opiniões e poder compartilhar um pouquinho da paixão sobre livros com todos vocês. Estou dizendo isso pois foi justamente através do Instagram que o autor Marcos Gallão entrou em contato comigo para oferecer uma cópia do seu livro Manu, Ela, lançado em setembro do ano passado pela editora Autografia, e é sobre ele que vim falar um pouquinho dele pra vocês. Antes de mais nada, gostaria muito de agradecer ao Marcos pelo apoio, o carinho e a confiança no trabalho que trazemos aqui para o Cores, fiquei extremamente feliz e lisonjeado por essa "missão", ainda mais em ajudar de alguma forma com a divulgação do livro. Foi uma leitura extremamente prazerosa e reflexiva e espero conseguir fazer uma resenha que seja capaz de transmitir todos os sentimentos bons que eu tive lendo.

Vamos lá?


Autor(a): Marcos Gallão
Editora: Autografia
Gênero: Romance
Páginas: 193
Sinopse: Anna é uma adolescente de 15 anos que já sofre com as pressões da sociedade. Além de lidar com as insistentes cobranças de seus pais ao compará-la com seu perfeito irmão mais velho, a vida no colégio também não é fácil e ela se sente sozinha: Só quer escutar seus CDs e comer seus chocolates. Tudo parece inalteradamente chato, até que ela reencontra Manu: Uma amiga de infância que havia trocado de colégio. Junto com Manuela, vêm grandes descobertas, uma abertura de possibilidades, uma troca de expectativas e, até quem sabe, um primeiro e grande amor. 

Jovens, vocês não tem ideia do quão sortudo vocês são. Eu me senti um senhor de 80 anos agora, mas no auge dos meus 25 anos de vida (alguns bem vividos, outros nem tanto) eu digo com propriedade que há 10 anos atrás  a quantidade de livros que discutiam temas relacionados com a adolescência eram bem poucos. Nunca entendi o motivo das gerações passadas negligenciarem tanto o tema e tratarem como frescura ou "explosão de hormônios" os sentimentos dos jovens. Digo isso pois é uma fase extremamente complicada e decisiva para a nossa vida e, durante tal período, formamos o nosso caráter e vislumbramos os primeiros sinais do que de fato é viver. Acho que por ser tratar de uma fase intermediária, pois você não é nem criança e nem adulto, torna esse período tão conturbado e misterioso para alguns. São muitas dúvidas, incertezas, questionamentos e muitas vezes, o adolescente não sabe para quem redirecionar essas questões. É uma fase de descobertas diárias, de formações, aprendizagens e sentimentos à flor da pele. Começo o texto dessa forma, pois torno a bater na tecla de que representatividade é importante e acho louvável a iniciativa de autores que estão surgindo com propostas tão interessantes e irreverentes de tratarem temas que ainda são tabus. A adolescência é uma parte importante da vida, contudo, ainda pode ser um período divertido e extremamente gostoso para todos nós e é exatamente isso que o livro Manu, Ela retrata de forma tão simples. Quisera eu que em minha adolescência tivesse lido livros como esse, mas vamos parar de nostalgia antes que eu comece com o papo de: "Mas no meu tempo..."

Pra você, qual o aroma do amor?

Falando do livro em si, vamos conhecer a história de Anna, uma adolescente extremamente mal humorada e ranzinza (quem tem 80 anos agora, hein?). Ela, por diversos outros motivos, se sente perdida com relação ao seu futuro e não sabe muito bem que caminho seguir. Seus pais, diariamente a comparam com seu irmão mais velho, o prodígio da cidade e o motivo de orgulho da família inteira. Dimas Jr foi o garoto mais popular da escola e agora estuda em uma universidade fora da cidade, porém, Anna ainda se vê na sombra do irmão, sendo cobrada a obter os mesmos êxitos do irmão mais velho. Seu desempenho na escola não é ruim, porém, são aquém do esperado com relação as notas que o irmão tivera durante o mesmo período; Dimas, extremamente popular e paquerador. Anna, um zero a esquerda, cuja única amiga Beatriz a tira do sério. Como se a situação já não fosse ruim o bastante, sua mãe é extremamente controladora e rígida, principalmente com a alimentação da família e para Anna comer um singelo chocolate é preciso ter um estoque clandestino no quarto. Some isso a problemas de auto estima por não possuir a aparência que jovens da mesma idade possuem. "Você nunca irá encontrar um marido vestida desse jeito, Anna", sua mãe vive repetindo.

Foto: Gabriel Ferrari

A protagonista não sabe muito bem o que será do seu futuro. Ao contrário das outras pessoas, ela não tem certeza sobre que curso irá cursar na universidade e nem no que trabalhar e o sentimento de fracasso só cresce por conta das cobranças em ser uma pessoa que ela claramente não é. Os únicos prazeres que Anna tem são ouvir seus CDs de rock clássico e comer os chocolates escondidos de sua mãe, porém, após o reencontro com sua amiga de infância, Manuela, as coisas começam a mudar pra a adolescente. Além de fato ter encontrado uma amiga, Anna consegue sentir confiança em se abrir e contar o que de fato ela sente. Com Manu, ela sente que pode ser livre e ser exatamente quem ela é. Comer o que quer, ouvir o que quer, se vestir sem ser julgada, dentre outras coisas. A relação entre Anna e Manu se torna cada vez mais próxima e  as duas vão se aproximando cada vez mais e surge mais um novo conflito na vida de Anna: Como lidar com os sentimentos românticos recém descobertos pela amiga? 

Por uma rápida análise desse resumo, deu pra perceber que o livro toca em temas extremamente delicados para a nossa sociedade, mas que precisam urgentemente serem discutidos? Eu destaco alguns, como o controle dos pais, principalmente da mãe de Anna fica evidente a cada página e durante o livro e levantei muitas questões com relação a individualidade de cada ser. Até que ponto os pais podem e devem influenciar na criação dos filhos? Outro tema que me peguei horas e horas pensando sobre é a forma com que somos influenciados por meios externos a fazer coisas que não queremos. O pior de tudo é que muitas vezes acabamos fazendo uma faculdade que não gostamos ou trabalhando em algo que não é bem o nosso ramo justamente para agradar e satisfazer a necessidade de outros. A descoberta da sexualidade também é um tema muito confuso, principalmente durante a adolescência que ainda não sabemos muito bem do que gostamos. A narrativa do livro é bem simples e você consegue finalizá-lo em uma tarde, justamente por você se envolver e se reconhecer nas personagens. Eu, se pudesse categorizar Manu, Ela, diria que é um livro de verão, daqueles que você senta em um lugar com uma brisa gostosa, um copo de chá gelado e apenas curte o momento. Achei a escrita do Marcos bem objetiva e gosto da forma que ele construiu a história e passa por todos esses temas confusos de maneira tão gostosa de ler. O livro mescla muito bem as discussões que citei anteriormente com situações cotidianas, tudo escrito de maneira irreverente e divertida. Confesso que no início foi bem difícil em gostar da Anna, queria dar uns sacodes nela pra deixar de ser tão rabugenta, porém, com o avanço da narrativa, você entende tudo que a mesma passa e começa a se reconhecer um pouquinho na personagem. 

Foto: Gabriel Ferrari

A versão que recebi do Marcos ainda vem com alguns marcadores e cartões lindíssimos e eu simplesmente amei o projeto gráfico do livro. A diagramação e tamanho da fonte são bem agradáveis para ler, além das páginas também serem ilustradas com a temática do livro. Tudo isso torna a experiência de ler Manu, Ela ainda mais rica e com certeza é um livro que ganhou um lugarzinho especial no coração. Conversei um pouco com o autor a respeito e fiz algumas perguntas que vou deixar aqui embaixo para vocês, caso seja do interesse em ler.  Acho esse tipo de abordagem super bacana, principalmente por conhecer um pouquinho melhor o Marcos e as motivações por trás da história. Espero que gostem.


Cores: Quais foram as suas principais motivações pra escrever a história de Manu, Ela?
Marcos: O livro “Manu, ela” surgiu de uma brincadeira com uma amiga. Ela me propôs um desafio sobre criação de personagens – não criar um personagem que correspondesse com minha realidade. Foi assim que nasceu Anna e toda sua história. Diferente do autor, Anna possui somente 15 anos e ainda está descobrindo quem ela pode ser e as aventuras de um primeiro amor.
Cores: Como foi o processo de escrita? Encontrou alguma dificuldade no caminho? E as partes fáceis?
Marcos: Foi muito rápido, a escrita do livro foi concluída em menos de um mês. Não tive nenhuma dificuldade durante a criação da história. Parecia que tudo já estava pronto dentro da minha cabeça. 
Cores: Qual das protagonistas você se identifica mais? Anna ou Manuela? Por quê?
Marcos: Anna com certeza tem muito do que já fui e eu adoro todos seus pontos negativos que a fazem parecer um personagem mais real e humano. Hoje me vejo mais parecido com a Manuela e seu jeito curioso e atrevido. 
Cores: Na sua adolescência como você lidava com qualquer questionamento ou dúvida que tivesse sobre qualquer assunto? Você recorria a seus pais, à escola ou a algum amigo?
Marcos: Eu era muito tímido na minha adolescência. E dificilmente conversava com meus pais sobre minhas emoções. Por sorte sempre tive ótimos amigos com quem me lembro que mesmo muito jovem (12 anos) já passávamos horas falando sobre nós e nossos sentimentos. Quero aproveitar o espaço e agradecer a eles. Obrigado a todos que já dedicaram um tempo para uma boa conversa de amigo. 
Cores: Qual foi a melhor parte em escrever Manu, Ela? Você se divertiu no processo de criação da história e das personagens?
Marcos: Me diverti muito. A melhor parte de escrever Manu, Ela foi estar ainda mais em contato com meus melhores amigos. Douglas e Mariana foram amigos que me acompanharam em todo o processo de criação de cada capítulo como meus leitores beta. Era maravilhoso sair do trabalho e falar com cada um deles sobre o que eles esperavam do meu livro. Foi uma grande ajuda para o desenvolvimento da história e de cada personagem. 
Cores: E sua relação com a editora? Como surgiu a parceria com a Autografia? 
Marcos: A parceria com a editora Autografia surgiu depois de um papo com o amigo Juvenal Arruda, autor do livro “Escutei dentro de mim”, livro também publicado pela editora. 
Cores: A história de Manu, Ela pode ganhar uma continuação? Ou já está trabalhando em algum outro livro?
Marcos: Pode, mas não por hora. Já estou trabalhando em uma outra história.
Cores: O que as pessoas podem tirar de ensinamentos com a história de Manu, Ela?
Marcos: Quero passar ao público que todo mundo vive um primeiro amor e que não importa se você faz parte da comunidade LGBTQ ou não, essa sempre será uma fase confusa, porém linda. Que todos nós podemos tomar o controle de nossas vidas, que todos temos problemas com nossas famílias e amigos mas que sempre vamos amadurecer o bastante para lidarmos com isso. Fico muito feliz por ter tido a oportunidade de criar um personagem como Anna e poder fazer ela amadurecer tanto dentro da historia.
Cores: O livro é vendido em algum site? Como os leitores do site podem adquirir?
Marcos: Sim, através do site da Livraria Cultura e pelo próprio site da editora Autografia. 


Durante a adolescência, temos a tendência a achar que qualquer problema é o fim do mundo (eu sei, culpem os hormônios), mas acredito que ler livros que te representam de alguma forma tornam as coisas mais simples. Novamente torno a dizer que o nicho da literatura que abordam esses temas só está crescendo e há uma infinidade de obras que retratam as mesmas dúvidas que estão passando por sua cabeça agora, isso eu posso garantir. As escolas também já estão mais conscientes e acredito que até em casa (com exceção de alguns tristes casos), é possível obter suporte. Em todo caso, se querem começar por algum lugar e buscar conforto e reconhecimento em livros, Manu, Ela é, definitivamente a escolha certa para você. 

Mais uma vez, gostaria de agradecer ao Marcos por ter me enviado uma cópia do livro e ter cedido um pouquinho do seu tempo para responder as perguntas que vocês conferiram acima; eu fiquei realmente muito feliz e orgulhoso por ter confiado em nosso projeto. Espero do fundo do meu coração que tenham gostado da resenha e nos vemos qualquer hora dessas por aí!

Até lá!


Nota: 3/5








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Ei! Tudo bem?
Separe a xícara.

Vocês devem ter reparado nas mudanças que o blog vem sofrendo. Adicionamos uma aba no topo do Cores que possui o título Chá das Seis e hoje eu vim explicar isso.

É um projeto que merece muito carinho de mim e do Gabs, que tem o nome como referência à Realeza, principalmente a Britânica. Não sei o que acontece no chá da Rainha, mas no nosso falaremos sobre assuntos sérios e relevantes, sempre abrindo espaço para debates. Ele ocorrerá às sextas-feiras a partir das seis da tarde, como um chá deve ser. Entretanto, nem todas as sextas teremos chá por aqui, assim como nem todas as sextas o texto será meu, irei alternar com o Gabriel.

Vocês podem, por meio do nosso e-mail de contato, coresdouniverso@gmail.com, dar algumas ideias de quais temas são relevantes para que a gente tenha maior aproximação. O nosso diferencial vai ser que todo Chá terá um livro, um filme, uma música, etc, base, para que a gente ainda permaneça com a essência do que é o Cores.

Espero que vocês gostem dessa novidade, nos vemos na próxima sexta com o primeiro Chá das Seis.

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩



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Ainda perdida e ainda tentando achar luz em textos alheios e palavras autorais. Amante de café, literatura, fotografia, cinema, viagens e amor.

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