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365 Cores do Universo

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Foto: Vai Lendo

E aí, gente! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Geralmente reservo o último sábado de cada mês para postar a resenha referente ao desafio King que resolvi trazer aqui pra vocês no site. Caso vocês ainda não tenham visto, clica aqui pra ler a resenha que saiu no sábado passado para o mês de abril sobre Saco de Ossos, prometo que vão gostar. ♥ 

Eu inverti a ordem porque eu quis dedicar um tempo maior a leitura do livro O Caso da Mansão Deboën, do autor Edgar Cantero, trazido ao Brasil pela nossa querida editora Intrínseca. O livro primeiramente havia sido publicado através do clube intrínsecos (clique aqui para ler mais sobre) e agora chegou às livrarias de todo o país. Recebemos o nosso exemplar em parceria com a editora e hoje vim falar um pouquinho sobre esse livro que traz um gostinho de nostalgia e faz homenagens muito especiais a outras obras do gênero. 

Vamos lá?

Autor: Edgar Cantero
Editora: Intrínseca
Gênero: Ficção
Número de páginas: 351
Sinopse: Em 1977, quatro adolescentes inquietos e um simpático cachorro foram até o enigmático lago da cidade de Blyton Hills para desvendar um mistério envolvendo a Mansão Deboën. Em vez de monstros assustadores e espíritos vingativos, o grupo descobriu que tudo não passava da tramoia de um criminoso em uma fantasia de salamandra. No entanto, mal sabiam eles que tudo que viram e ouviram naquele dia ainda os aterrorizaria por muito tempo. Mais de uma década depois, a vida de todos os integrantes do Clube dos Detetives de Blyton vai de mal a pior. Andy sente que não se encaixa em lugar algum, Kerri busca consolo para seus medos na bebida, Nate se interna voluntariamente em hospitais psiquiátricos e tem a constante companhia do fantasma de Peter, que se tornou um astro de Hollywood (mas morreu de overdose). Já Sean... Bom, Sean era um cachorro, e Tim, seu bisneto, não se importa em ocupar o lugar de fiel escudeiro de Kerri. Quando Andy se convence de que eles não pegaram o verdadeiro culpado treze anos antes, o grupo precisa se reunir para tentar entender o que realmente aconteceu naquele fatídico verão. E dessa vez eles têm certeza de que a resposta é muito mais macabra e perigosa do que imaginavam.

"Eu teria conseguido se não fosse esse bando de adolescentes enxeridos e esse cachorro idiota."  Se você, assim como eu, foi criança ou adolescente no final da década de 90 e início dos anos 2000 e possuía o hábito de assistir desenhos animados, eu tenho certeza que você automaticamente pensou em um desenho em específico, correto? Se você pensou em Scooby Doo, meus parabéns! Você acertou. Em O Caso da Mansão Deboën, Edgar buscou inspiração nas aventuras vividas por Fred, Daphne, Velma, Salsicha e o atrapalhado cachorro para criar sua história, uma versão mais madura e sombria do desenho, com um toque sobrenatural, de terror e elementos apocalípticos.

Dessa vez os protagonistas fazem parte do Clube dos Detetives de Blyton que são formados por Peter, Nate, Andy, Carrie e o cachorro da equipe, Sean. Juntos, ainda quando adolescentes, resolveram o caso da Mansão Deboën, desmascarando o vilão por trás da fantasia do monstro do lago e pondo fim a uma das lendas locais mais famosas que rondava a cidade. Treze anos após a resolução do incidente e dos términos das investigações, Andy resolve unir o grupo e retornar mais uma vez para a mansão em busca de um ponto final para essa história, pois, mesmo os eventos terem acontecido a tanto tempo atrás, os personagens ainda se encontram atormentados pelos eventos testemunhados na Mansão. Andy é a encrenqueira do grupo e possui sérios problemas com a polícia. Kerrie, o "cérebro" do time é uma bióloga frustrada que desperdiça seu tempo como garçonete. Nate, se torna obcecado por ocultismo e magia negra resolve se internar em um hospital psiquiátrico para se livrar do fantasma de Peter, último membro do Clube que se tornou um ator famoso, porém, morreu de overdose. A morte de Peter dispara o gatilho em Andy em reunir o grupo novamente, uma vez que o caso ainda não estava totalmente resolvido. Junto com Tim, bisneto de Sean, o cachorro que fazia parte da formação original, partem de volta a sua cidade natal em busca de respostas para os terríveis eventos que marcaram tanto a vida dos personagens. O livro se propôs a trazer essa vibe nostálgica e realmente funciona: Pelo menos durante as primeiras partes da obra, senti como se estivesse assistindo a um episódio de Scooby Doo quando tinha 12 anos de idade; depois a obra toma um rumo diferente, mas iremos comentar isso mais adiante. Eu realmente gostei muito da escrita de Edgar, muito rápida e bem humorada. O livro é irônico e brinca muito com os clichês encontrados no famoso desenho, mas mesmo assim consegue trazer uma narrativa original e empolgante. O autor não perde tempo ou abusa em capítulos para descrever cada um dos personagens. Todos eles são apresentados intercalando capítulos que já estão inseridos no objetivo principal da trama. Isso é muito bom pois dá um gás na leitura, principalmente nas primeiras páginas. Todos os personagens são muito bem "demarcados" e você logo se afeiçoa a algum deles.

Foto Gabriel Ferrari

Como disse, o livro é lotado de referências e é muito gratificante pro leitor juntar essas peças e montar o quebra cabeça proposto pelo autor. Ao meu ver, O Caso da Mansão Deboën é um livro que traz grandes homenagens a grandes obras do gênero. Mesmo que se arrisque em cair nas mesmices e sofrer das infinitas comparações entre as obras, Edgar consegue criar uma história que soa ao mesmo tempo nostálgica e original. Digo isso pois logo quando comecei a ler, pesquei uma referência com o emblemático IT, do mestre King (ele de novo, Gabriel, sério?) A montagem da história é bem semelhante, como o grupo de crianças que enfrenta o mal, suas vidas se separam, mas ainda convivem com os fantasmas do seu passado e em algum momento são obrigados a se reunirem novamente para a batalha final. Até o suicídio de um dos personagens se assemelha com a história.  Felizmente, as comparações terminam aí. O autor transforma a história e traz diversos elementos mágicos como rituais, sacrifícios e cria uma história de terror com elementos pós apocalípticos. Com certeza bem diferente de um episódio de Scooby Doo, não concordam? 

A escrita de Edgar é realmente engraçada e ácida. Em todos os momentos, o autor exprime muita identidade em sua escrita e é uma leitura que é capaz de entreter e divertir o leitor. O livro é uma produção cinematográfica, principalmente nas cenas de confrontos e fugas. Ele é muito ágil nas descrições das cenas e é muito fácil para o leitor imaginar as cenas. Particularmente, eu não curti muito o vilão da história disposto a acordar uma criatura milenar para destruir o mundo. Achei que o vilão poderia ter sido mais explorado e tido motivações maiores e melhores do que apenas: quero a destruição do mundo. Por outro lado, fui pego de surpresa ao ver os elementos mágicos e apocalípticos da história. Definitivamente não esperava  por essa guinada na história, mas creio que tenha sido uma boa saída para o autor desvencilhar sua obra das já citadas anteriormente. Outro ponto que gostaria de destacar é que não considero o livro como uma história de terror. Apesar de possuírem alguns elementos que lembrem, é uma história bem levinha e você não irá perder o sono. Achei também que a relação de Nate com o fantasma de Peter foi muito pouco explorada. O autor perdeu ali uma grande oportunidade de trazer cenas interessantes para a obra, contudo, o relacionamento entre os amigos (os vivos, pelo menos) é muito legal e verdadeiro. O autor também traz uma abordagem diferenciada através de Andy e o conflito que a personagem sente por ser apaixonada por sua amiga Karrie. Achei algo válido e que soube ser explorado pelo autor sem soar artificial ou deslocado na história.

Em suma, O Caso da Mansão Deboën é um ótimo livro investigativo que procurou fugir das mesmices do gênero. Apesar de alguns pontos negativos, não fiquei de fato incomodado com a leitura e senti que fluiu muito bem, além de ter me divertido demais enquanto lia. Foi realmente uma homenagem do autor que ainda foi capaz de criar uma história mega original. Para finalizar, não poderia deixar de dizer que a capa desse livro é simplesmente maravilhosa, ouso dizer que é uma das mais bonitas que possuo na minha estante. Certamente é um livro que você deve dar uma chance. 

O Caso da Mansão Deboën foi cedido em parceria com a Editora Intrínseca. 
Nota: 3,0 / 5,0 


Compre O Caso da Mansão Deboën | Amazon

 


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Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

Por pouco não publiquei o Melhores do Mês de Março. Isso se deve a diversos motivos, que basicamente se resumem em não estar afim. Às vezes a gente tem dessas de simplesmente não querer algo, e está tudo bem. Porém, foi com o feriado que surgiu uma vontadezinha de escrever para o blog e eu lembrei que eu precisava falar sobre o que eu gostei em março, então cá estou eu. 


[Filme] Green Book: O Guia - Peter Farrelly
Também conhecido como o vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2019, Green Book conta a história de Tony Lip. 
Lip está desempregado e precisa urgentemente de um emprego, assim aceita ser motorista de um pianista famoso que precisa fazer uma turnê pelo Sul dos Estados Unidos. Estando com ao lado de um pianista negro, Lip precisa seguir a rota do "Green Book", que marca as áreas que negros podem passar.

É possível ter uma pequena ideia sobre o que esse filme falará, se você pensou em racismo você está correto. Porém, o que diferencia Green Book de outros filmes que tratam do mesmo assunto é a forma leve que ele roda a trama envolvendo a relação das personagens. Dizem até que foi essa leveza que deu o Oscar para o longa.
[Filme] Megarromântico - Todd Strauss-Schulson
Um filme original Netflix que veio para fugir dos padrões da comédia romântica.

Natalie é uma arquiteta considera fora dos padrões pela sociedade, então cresceu odiando as comédias românticas que nunca incluíam pessoas como ela nas histórias. Até que depois de um acidente ela percebe que sua vida virou uma comédia romântica.

O Gabs já falou sobre esse filme aqui, mas eu senti a necessidade de falar mais um pouco. É muito legal ter mais inclusão nesses longas. O melhor é que a história ainda é muito divertida e conta com um elenco excelente.






[Literatura] Intrínsecos, 006 - Intrínseca
Já falei sobre a Caixa de Março do Clube de Assinaturas da Editora Intrínseca aqui, porém, vocês já sabem como eu sou apaixonada por esse clube, então é claro que eu falarei em todas as oportunidades possíveis.

A Caixa 006 chegou com um livro maravilhoso (O que aconteceu com Annie), um baralho personalizado, marcadores e a famosa Revista Intrínsecos que falou sobre o gênero terror.

Saiba como adquirir nessa postagem aqui.


[Filme] Capitã Marvel - Anna Boden, Ryan Fleck
Vocês sabem que eu já fui muito empolgada com filmes de herói, principalmente da Marvel, mas eu venho perdendo um pouco a empolgação para assistir aos filmes. Todavia, semana que vem é a semana de Vingadores: Ultimato e é claro que eu fui para o cinema saber um pouco mais sobre uma nova heroína: a Capitã Marvel.

É mais uma história sobre o bem que vence o mal, típico de histórias de heróis que são adaptadas para o cinema. Mas Capitã Marvel me ganhou por ter ajudado a fechar algumas pontas soltas de longas anteriores e por ser feito por uma mulher! É o primeiro filme da Marvel protagonizado por uma mulher, e é um filme muito bom! Isso com certeza me conquistou.






[Programa] Queer Eye: Terceira Temporada - Netflix
A pergunta da minha vida é: quando eu vou parar de falar sobre Queer Eye? Provavelmente nunca.

Em Março a Netflix lançou a terceira temporada desse programa incrível que eu já falei milhões de vezes no blog.

Queer Eye vai mostrar como cinco homossexuais podem ajudar a melhorar a vida de cinco heterossexuais, assim é um programa que fala sobre homofobia e outros preconceitos, como racismo e o machismo.







[Circo] Cirque Du Soleil: Ovo - Deborah Colker
Em Março o Cirque Du Soleil chegou ao Rio de Janeiro e, felizmente, eu tive a oportunidade de assistir a uma das apresentações que eles fizeram.

Esse espetáculo vai falar sobre insetos que inesperadamente encontram um ovo. A estranheza e a felicidade de se ter um "mascote" é mostrada de forma leve e brilhante pelo grupo de bailarinos, atletas e circenses.

Fiquei apaixonada pela apresentação e, por isso, seria impossível não falar sobre OVO no Melhores do Mês.








Esses foram os Melhores de Março, espero que alguma coisa tenha despertado o interesse em vocês.

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩

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Interrupted Dreamer

Olá, meus queridos, tudo bem com vocês?

Espero que sim.

Sei que deixo os textos que formam o Desafio King para o último sábado de cada mês, porém, por conta de alguns outros projetos e outras coisas que irão tomar uma parcela maior do tempo durante a próxima semana, resolvi trazer a resenha hoje para ficarmos em dia com esse delicioso desafio.

Estamos no mês quatro e já temos 4 livros do mestre para a conta: Até agora de todo o desafio, Saco de Ossos foi o livro mais problemático do King até então. Apesar de ser uma história mega original e bem escrita, o autor peca no excesso de descrições e o livro se torna mais extenso do que o necessário, contudo, é uma leitura válida para você que é fã do mestre do terror e quer completar sua coleção. 

Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Terror, Suspense
Número de Páginas: 529
Sinopse: Mike Noonan é um romancista de sucesso que vê sua vida subitamente transformada com a morte da esposa, Jo. Quatro anos já se passaram e o sentimento de depressão e angústia é o mesmo. Nem o sono lhe traz alívio. Então voltar à pequena cidade de Sara Laughs parece a única saída. A cidade, no entanto, já não é a mesma. Apesar da aparente tranquilidade de sempre, a comunidade vive atormentada pelo domínio do milionário Max Devore, que não mede esforços para atingir seu grande objetivo: arrancar a neta de três anos da guarda da mãe. Pouco a pouco, Mike se envolve nessa guerra. Pouco a pouco, Mike redescobre a paixão. Mas a luta não será fácil. Além da fúria de Max Devore, Noonan terá de enfrentar forças estranhas e malignas que agora dominam Sara Laughs. Terá de descobrir de onde vêm os pesadelos cada vez mais terríveis que insistem em assombrá-lo. De repente, ele volta a escrever, mas não terá sossego até achar respostas para as dúvidas que o perseguem. Que forças são essas que tomam conta da pequena cidade? O que esperam dele?

Lançado originalmente em 1998, Saco de Ossos possui um dos melhores títulos entre as obras de King. Relançado no Brasil através da editora Suma de Letras, essa é também uma das capas mais bonitas da coleção do autor e que representa muito bem a história do livro. Mike Noonan é um autor de livros de suspense que vê sua vida mudar drasticamente após a morte prematura de sua esposa, Jo. Consumido pelo luto e pela saudade da esposa, Mike sequer consegue escrever uma linha de seu novo romance. Além do bloqueio criativo, o autor é atormentado por diversos pesadelos e visões terríveis que envolvem sua esposa em Sara Laughts, a casa de verão do casal que fica localizada em uma pequena cidade no Maine. Mike resolve então se refugiar na casa para solucionar os mistérios terríveis por trás de seus sonhos e encontrar a inspiração necessária para escrever seu novo romance, mas o que encontra é a cidade totalmente dividida e controlada por um milionário chamado Max Devore que não polpa esforços para conseguir a guarda de sua neta de três anos, Kira. Mike rapidamente se vê envolvido com a história envolvendo a mãe de Kira, a jovem e apaixonante Mattie, e resolve ajudá-la durante a briga judicial, enquanto ainda precisa lidar e entender as estranhas aparições em Sara Laughts que estão relacionadas com terríveis eventos do passado da cidade.

A resposta era sim. Queria prosseguir - soltar-me de minha mulher morta, reabilitar meu coração, andar para a frente. Mas, para fazer isso, eu teria que voltar. Voltar à casa dos troncos. Voltar a Sara Laughs.

É muito comum King trazer escritores e/ou aspirantes para serem os protagonistas de suas obras, sendo Paul Sheldon, de Misery (cuja resenha você pode ler aqui) o mais conhecido de todos. O primeiro problema de Saco de Ossos foi justamente a construção de Mike que não possui o mesmo peso na obra que Paul em Misery. O autor se vê atormentado pela morte da esposa mesmo após longos 4 anos de luto e perdi a conta de quantas vezes Mike fica se lamentando pela perda de Jô. A personagem também não possui carisma e é bem difícil se afeiçoar a ele, coisa que não é muito comum nas obras de King em que geralmente nos apaixonamos pelos protagonistas das histórias logo nas primeiras páginas. Se Mike passava despercebido durante narrativa, o mesmo não posso dizer de Kyra e Mattie Devore. As duas trazem os melhores momentos e passagens do livro, além de serem muio bem representadas em suas essências. Kyra é apaixonante com seu jeitinho meigo e fofo e os diálogos com sua mãe eram realmente cheios de amor e ternura. Ficava ansioso esperando por mais interações entre as duas. Já o vilão da história é simplesmente asqueroso. O milionário de 80 anos já está a beira da morte e cercado de doenças, mas mesmo assim consegue ser uma das piores pessoas nascidas da mente de King. Soberbo até o último suspiro, o velho é uma verdeira (e perigosa) pedra no sapato de Mike.

Você precisa de umas férias de seus pensamentos - disse Mattie. - Aposto que a maioria dos escritores precisam, de tempos em tempos.

Saco de Ossos possui mais de 500 páginas e a trama principal se desenvolve toda em volta da batalha de custódia de Kyra e a briga entre Max e Mattie. Ainda sim, King consegue introduzir alguns elementos de terror na história, principalmente com relação as aparições e pesadelos vividos por Mike. Ainda sim, categorizo a leitura como suspense, uma vez que os elementos de terror que compõem a obra não surgem com tanta frequência e também não são capazes de colocar medo. Por diversos momentos me senti apreensivo e curioso com o desenrolar da história, mas em nenhum momento me senti apavorado ou desconfortável em ler. Mesmo o foco do livro não ser o sobrenatural, ocorrem algumas passagens bem interessantes e super mega escritas, a ponto de se tornar algo extremamente visual. Aos poucos as peças do quebra cabeça vão se encaixando e Mike descobre que as assombrações e eventos que presencia em sua casa estão diretamente ligados com a história da cidade. Mesmo Saco de Ossos não possuir nenhum grande plot twist, gostei muito da forma com que King mescla o suspense e o terror, mesmo que não tenham sido distribuídos em igual medida na história.

Nossos reflexos já são fantasmas, pensei. Acho que teria sido conduzido até lá por meu próprio coração assombrado.

Explorar o tema de casas mal assombradas não é algo relativamente novo no mundo da literatura e do cinema. Recentemente tivemos a maravilhosa série produzida pela Netflix chamada de A Maldição da Residência Hill (resenha aqui)  ainda é a melhor em trazer e explorar essa temática. Em Saco de Ossos, apesar de fazer parte da trama, senti que em alguns momentos esse gancho foi pouco explorado pelo autor, e como um fã do gênero, senti que faltou aprofundar mais nessa temática. O livro também demora muito a acontecer: King traz as mais inúmeras descrições e utiliza digressões para montar a história o que resulta em uma narrativa pouco objetiva em que as primeiras 200 páginas do livro foram utilizadas apenas para apresentar a história e outras coisas sem muita importância; poderiam ser reduzidas para caberem em 50 páginas. Em minha opinião, se o livro fosse um pouco menor, ele seria perfeito, contudo, com o excesso de momentos de baixa emoção, a leitura cai na mesmice e se torna um pouco massante. Por outro lado, King é um mestre da escrita e isso ninguém pode negar: O autor consegue escrever com tanta clareza que você se sente assistindo um filme ou seriado. Sua narrativa é visual e muito eficaz e mesmo nos momentos em que não há nada acontecendo, é um verdadeiro prazer desfrutar de todo o profissionalismo do autor.

- A forma que você falou. O Forasteiro. Aquilo me perturba. Acha que há uma chance de que ele possa voltar?
- Sempre volta - eu disse. - Me arriscando a parecer pomposo, o Forasteiro finalmente vlta para todos nós, não é?

Saco de Ossos é uma leitura linear que não foge muito do seu começo. O livro não possui reviravoltas e grandes momentos, mas ainda sim trazem ótimas lições sobre a vida, amor, luto e recomeços. Lá no final do livro há uma das cenas mais brutais e triste que li nas obras de King e aviso: É de partir o coração. Se no começo King está um pouco perdido e não é muito objetivo, o desfecho da história é certeiro e extremamente na medida. Pode não ser uma grande história do autor e obviamente possui algumas falhas. Das 4 leituras que fiz até o momento para o Desafio King, Saco de Ossos é a que menos gostei, principalmente pelo constante sentimento de monotonia. Como citei acima, os episódios sobrenaturais envolvem diretamente o passado da cidade e seus moradores e senti que King não soube aproveitar a temática de maneira satisfatória. Muito poderia ter sido feito, mas o autor opta por focar na história entre Mattie e Max.

Porque somos todos sacos de ossos. E o Forasteiro... Frank, o Forasteiro quer o que está no saco. 

Nota: 3,5/5,0

Essa foi a resenha de hoje, espero muito que vocês tenham gostado e estejam curtindo tanto quanto eu o Desafio King. Caso queiram indicar um livro em específico para ser lido em maio, é só deixar pra mim nos comentários. Nos vemos próximo sábado e até lá!


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Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

Era início de 2018 quando surgi com uma proposta para mim mesma no blog: fazer mais leitores. Você, que pensa que a intenção era mais leitores para o blog, está enganado. Minha intenção era conseguir mostrar para mais pessoas que o mundo literário é fácil e merece a nossa atenção. Assim surgiu o 5 livros para ler em 1 dia, a primeira postagem vocês acessam clicando aqui.

Infelizmente, passaram meses e eu esqueci completamente dessa ideia. Porém, estou aqui novamente tentando coloca-la em ação.

Minha vontade com essas postagens é levar mais literatura para quem não é fã de leitura, ao mesmo tempo em que eu posso mostrar que, apesar de vivermos em um mundo sem tempo, ainda conseguimos um espacinho para lermos ainda mais!

Essas são as cinco obras escolhidas, cada uma de um gênero para que você possa escolher o que mais lhe agrada.

Clássico Brasileiro - Todo Amor, Vinicius de Moraes
Todo Amor é um livro feito para quem ama o amor e ama mais ainda o amor feito por Vinicius de Moraes, o poeta que reinventou essa palavra na literatura.

Comprei o livro com a intenção de entender mais sobre o escritor, meses depois dei de presente, mas já estou me planejando para compra-lo novamente.

Consegui uma super promoção, pois como vocês podem imaginar, esse é um livro caro, com ilustrações, capa dura e um design que mostra paixão, deixando a obra ainda melhor e se tornando impossível não mergulhar nos encantos de Vinicius.

É um livro com poemas, contos, sonetos, crônicas e mais. É difícil dizer qual é o público certo para esse livro, é ainda mais difícil falar para uma pessoa ler em um dia, ler correndo, porque é uma obra a ser apreciada.

New Adult - Apenas Por Uma Noite, J.S. Cooper 
Tem resenha no blog de Apenas Por Uma Noite, livro de J.S. Cooper e meu primeiro contato com a autora.

Se você tirar um tempinho para ler a resenha você vai perceber que eu não gostei do livro no geral, minha nota foi bem baixa. Porém, indiquei a obra por ter uma escrita fácil e leve, perfeita para quem quer ler por simplesmente ler.

Apenas Por Uma Noite conta a história de Liv que vai a um casamento e conhece Xander, um homem maravilhoso que é tudo o que ela precisa para esquecer seus últimos problemas. O que Liv não imaginava era que dias depois ela fosse reencontrar Xander, mas como o noivo de sua irmã.

Como disse, é uma história simples e que vai surpreender com o desfecho. O gênero New Adult possui essa característica boa parte do tempo, foi feito para ser fácil e com temas jovens.

Auto-Biografia - Objeto Sexual, Jessica Valenti
Esse é um livro genial sobre poder feminino.

Tem resenha no blog, vocês podem ler clicando aqui. Mas também podem ler esse mini resumo sobre o que é Objeto Sexual: é como Jessica Valenti e outras milhares de meninas e mulheres se sentem pelo mundo.

Vivemos em uma sociedade machista e com lutas diárias para que as mulheres consigam conquistar seus direitos. Jessica Valenti é feminista e colunista em jornais importantes, esse é um livro sobre sua vida e sobre seus desafios diários, sobre como superar o medo de andar na rua e como transformar tudo isso em luta.

É uma obra revigorante que inspira e ajuda o leitor a entender mais sobre os desafios da igualdade.

Poema - Outros Jeitos de Usar a Boca, Rupi Kaur
Um dos livros mais fortes que eu li em 2017, o melhor de poemas também.

Fico muito feliz em estar falando sobre essa obra novamente, porque senti que foi pouco para a grandiosidade que é. Inclusive, falar sobre ela me deu vontade de pegar e ler novamente.

Rupi Kaur chegou escrevendo e ilustrando sobre amor, perdas, ódio, dor, paixão e muito mais. A autora conquistou milhares de leitores, com muitos motivos para isso. Ela é brilhante, assim como Outros Jeitos de Usar a Boca.

Romance - Nada, Janne Teller
Por fim nós temos um romance que é malcriado, malvado, cruel e narrado por uma personagem que é uma viborazinha.

Pierre Anthon descobriu que nada na vida realmente importa, nada vale o tempo, já que tudo irá acabar. Ele abandona a escola e decide passar seu dia berrando para as pessoas na rua suas últimas descobertas. Seus ex-colegas de classe, porém, estão indignados com a situação, então começam a busca por um significado que fará com que Pierre entenda que algo importa.

O livro, um dos melhores e mais diferentes da minha vida, mostra a crueldade do Ser Humano. Como podemos ser perversos. Isso tudo sendo narrador por Agnes, uma menina que irá conduzir a história sempre mostrando o seu lado.

A resenha do livro foi publicada no blog recentemente e foi um dos livros escolhidos para o Clube do Livro no mês de Fevereiro.


Espero que vocês tenham se interessado por alguma dessas histórias e que agora possam dar oportunidade para a leitura. Prometo para vocês que o mundo literário só acrescenta!

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩


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Foto: Google

Olá, pessoas! 

Tudo bem com vocês?

Hoje eu resolvi trazer um texto um pouquinho diferente para vocês. Para quem acompanha o Cores sabe que geralmente aos sábados eu trago a resenha de algum livro, filme ou série para discutir aqui com vocês, contudo, tenho recebido algumas perguntas no Instagram a respeito de como me organizo e quais são meus hábitos e manias na hora de ler. Por isso resolvi trazer pra vocês algumas dicas de como eu faço pra ler e espero que possam ajudar de alguma forma. 

Vamos lá?

A primeira dica é a de cara mais importante: Saiba da sua rotina e do seu tempo. Como é de suma importância que eu leia bastante para sempre trazer conteúdos diversificados aqui para o Cores, eu leio todo santo dia, algo em torno de 3 a 4 horas. Infelizmente, eu não tenho um vira-tempo (Oi, Hermione, tudo bem?), logo eu precisei fazer algumas modificações em minha rotina para conseguir bater essa meta diária. Infelizmente não posso te dizer como você deve separar um tempo na sua agenda para a leitura, pois só você possui plena noção da sua rotina e dos seus compromissos, tais como escola, trabalho, faculdade, etc. Como eu trabalho na parte da tarde, consigo encaixar as leituras na parte da manhã e da noite, mas você precisa decidir o que fica melhor pra você. É importante salientar que a rotina de leitura precisa ser algo prazeroso, ou seja, você precisa querer separar esse tempo para ler e não tratar apenas como uma obrigação porque você precisa ler mais. Se você não tem o hábito da leitura mas quer mudar isso, comece com pequenas parcelas de tempo e vá aumentando gradativamente. Outro ponto importante é que você não deve se dedicar exclusivamente para a leitura (a menos que você queira, é claro). Não se prive de fazer outras coisas, como sair com seus amigos, ir ao cinema, jogar video-game ou assistir séries, apenas tente encaixar a leitura no meio das coisas que você normalmente faz. Eu tento me policiar bastante com relação a isso: Se deixar eu assisto 50 episódios seguidos de uma série, mas tento sempre ver dois e dedicar o resto do meu tempo para a leitura; muitas vezes nem assisto série ou jogo, mas é porque ler é meu hobby favorito, portanto, não se torna um fardo para mim. O hábito de ler um livro traz muitos benefícios, isso é inegável, porém, precisa ser uma atividade de lazer, de descontração. Se for pra ser algo massante, bora maratonar aquela série nova da Netflix. 

Encontre a sua "praia". Gente, parece besteira, mas pra você ler cada vez mais, é muito importante você identificar seus gêneros literários favoritos. Se eu não gosto de poesia, por exemplo, não espere que eu vá ler 50 livros do gênero. É muito bom você pegar um livro pra ler e se identificar logo de cara com a narrativa e com as personagens a ponto da leitura se tornar tão imersiva que você lê 100 páginas e nem percebe. No meu caso, leituras de terror e suspense fazem parte da minha praia e quando leio livros do gênero, eu leio mais e melhor. Não estou dizendo pra ninguém colocar correntes e se fixar em apenas um gênero ou estilo. É maravilhoso descobrir novos autores e categorias de livros que passariam despercebidos para você. Nesse ponto, devo dizer que fazer parte de um clube do livro tem me ajudado demais nesse aspecto, pois o clube é formado por leitores com gostos diferentes e precisamos ler todos os livros. O resultado é que já descobri coisa muito boa e que antes eu nem iria olhar na livraria. Ler é um ato de aprendizado e você se desafiar a descobrir coisas novas é a melhor coisa que você pode fazer, porém, vá com calma e comece sabendo de suas limitações. Se meu gênero favorito é romance, não adianta pegar It do Stephen King pra ler, vocês não concordam? Faça com que essa transição seja leve e gradual e não abrupta. As chances de você não gostar de um livro são muito grandes quando você muda de estilo assim tão de repente. 

Não tenha medo de abandonar livros. Quando eu comecei na minha vida de leitor, eu achava que se eu pegasse um livro para ler eu deveria ir até o final, independente se estava gostando ou não. Eu já sofri muito por conta disso e ficava meses empacado em livros que estava detestando, mas que não conseguia abandonar pois eu precisa terminá-lo. A vida é muito curta pra perder tempo com livros que você não se identifica. Eu acredito muito que existem certos livros para certas pessoas em certos momentos e o que não funciona para mim agora, pode funcionar no futuro ou funcionar para você. Na minha adolescência eu li alguns livros que simplesmente detestei e que após uma releitura alguns anos mais tarde, se tornaram livros favoritos da vida. Uma leitura ser boa não depende exclusivamente do autor e de sua capacidade de contar histórias, mas também do grau de preparo emocional por parte do leitor. Se você pegou um livro que você já percebeu que a coisa não vai muito pra frente, passe para o próximo sem medo. Acreditem, em algum momento do futuro você vai pegar o livro para ler e aquilo vai fazer sentido para você. Mas também não se preocupe se isso não acontecer, em alguns casos a leitura não é a certa para você e ponto final. 


Post ittttttts. Use e abuse das marcações. Faça com lápis, com caneta, com marca texto, coloca post it, escreve do lado, anota num diário, faça da forma que você acha melhor, mas aproveite o livro como um todo. Confesso que esse é um hábito um tanto quanto recente e que adquiri justamente após começar a escrever aqui para o site. Antes eu tinha a ideia de que meus livros deveriam ser imaculados envoltos em uma bolha de proteção e que ao menor contato com mãos estranhas eles desintregariam. Hoje em dia eu continuo o mesmo maníaco com meus filhos, mas passei a marcar as passagens mais interessantes, reflexivas, algo que seja relevante para a escrita da resenha e assim por diante. Além de você sentir que está aproveitando mais a leitura, pois de fato você está "estudando" o livro em questão, é muito legal para uma releitura visitar as passagens que você marcou e se lembrar de quando você o leu pela primeira vez (bem papo de velho, né?). Eu carrego sempre comigo um estojo com meu kit de leitura que contém post its, lapiseira, borracha, marca textos de diversas cores, régua, mas você pode montar o seu com o que achar melhor. Parece besteira, mas eu passei a ler infinitas vezes melhor após passar a marcar o livro, além de sentir que a qualidade das resenhas aqui para o site cresceu consideravelmente. O mesmo vale pra você que utiliza algum leitor digital. Use e abuse das marcações.

Aproveitando o gancho da dica anterior, aposte em leitores digitais. Se o Gabriel de alguns anos atrás lesse esse texto, ele não acreditaria que somos a mesma pessoa. Eu digo isso porque eu era totalmente contrário a ideia de um leitor digital. Livro é livro físico, que dá pra tocar, sentir, cheirar. Qualquer outra coisa diferente disso era enganação. Quando ganhei o Kindle, eu torci o nariz e achei que não iria me adaptar, porém, hoje não consigo imaginar montar a minha rotina literária sem o uso do leitor digital. Gente, meu escritor favorito é Stephen King, como fazer com os 500 calhamaços que esse homem já escreveu? É muito complicado e até incômodo levar o livro na mochila e pegar pra ler na rua, enquanto estou na fila do banco, por exemplo. Mesmo que eu compre a versão física para ler em casa, sempre mantenho uma cópia em versão digital no Kindle comigo. Dessa forma, consigo ler em qualquer tempinho livre que tiver, depois do almoço, preso no trânsito, esperando o dentista e assim por diante. É algo que agregou coisas positivas em minhas leituras e já li muita coisa através dele. Se você é assim como o Gabriel do passado, tentem dar essa chance para os leitores digitais. No caso do Kindle, ele possui uma luminosidade diferente e uma textura que de fato se assemelha muito às páginas de uma versão física e é realmente muito confortável para ler, porém, existem outras inúmeras opções de leitores, basta apenas encontrar a que melhor se encaixe com você e em sua rotina.

Foto: Google



Bom, gente, eu acredito que consegui cobrir a maior parte dos meus hábitos literários. Como vocês podem ver, não existe nenhum milagre ou nada que seja impossível de fazer. Como citei lá em cima, o hábito da leitura precisa ser algo prazeroso e que desperte a vontade em você de ler. Apesar desses cinco passos funcionarem para mim, talvez não sejam os mais adequados para vocês, o importante é que essa rotina seja a mais próxima da sua realidade como leitor e, obviamente, com o o objetivo que você deseja alcançar. Espero que eu tenha ajudado de alguma forma e que com essas dicas, sua leitura se torne ainda melhor e mais incrível.

Nos vemos próximo sábado e tomara que vocês tenham gostado desse estilo de texto, conta aqui embaixo nos comentários se vocês querem mais conteúdos assim. 



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Ei! Tudo bem?
Espero que sim :)

Estou precisando confessar que essa está sendo a minha postagem favorita do mês! Falar sobre o Intrínsecos com vocês me empolga muito, fico muito feliz em receber a caixinha e poder compartilhar as novidades no blog. Então vamos lá, a 007 está maravilhosa!

Decidi fazer com vocês o mesmo esquema que fiz na última postagem do Intrínsecos, iremos abrir juntos essa Caixa maravilhosa! 

Mas antes, se você caiu de paraquedas nessa postagem, fique tranquilo que eu vou explicar novamente o que é o Intrínsecos.

O Intrínsecos é basicamente um Clube de Assinatura de livros específico da Editora Intrínseca. Todo mês você recebe uma caixa com o livro escolhido e mais alguns mimos super especiais e exclusivos.

Existe algumas coisas que diferem esse clube de outros, como a própria obra que você recebe em casa. O livro que você recebe está de capa dura, que combina entre as edições do Intrínsecos e ele só será publicado 45 dias depois da Caixa do mês. Sendo que essa é uma edição única que não será vendida a parte!

É impossível não ficar interessado, não é?!


Essa edição contou com uma surpresa para lá de especial. E essa surpresa não foi exclusiva para mim, foi exclusiva para todos os assinantes do Clube que estão fazendo o pacote anual. Quem assinou dessa maneira recebeu ou vai receber uma capa literária para que você possa guardar seu livro na bolsa ou em qualquer outro lugar sem amaçar! 


Além dessa capa linda com detalhes únicos e feitos exclusivamente para o Intrínsecos, a Caixa sempre vem com a Revista Intrínsecos.

A revista do mês traz entrevista e depoimentos da autora do livro Ponti, a obra escolhida para a Caixa 007. Ademais, entramos em uma viagem no mundo literário e conhecemos Cingapura, lugar em que a história se passa. Fatos curiosos sobre a cidade são destaques da revista.







Como eu disse, o foco da Caixa é levar os leitores do Intrínsecos ao mundo literário, por isso o destaque está para o Cartão Postal com ilustração do livro Ponti e o Mapa Mundial que pode ser colocado na sua parede! A Intrínseca também fez adesivos especiais para que você pudesse personalizar o Mapa com os lugares em que as histórias dos Intrínsecos se passam. Lindo, não é?!





Chegou, finalmente, a hora de falar sobre Ponti, livro de estréia de Sharlene Teo. 

Não realizei a leitura, mas já posso adiantar para vocês que a base dessa história vai enlouquecer o leitor, pois se tratará de segredos nunca revelados por três mulheres importantes na história. A obra é narrada pelo ponto de vista de cada uma delas e eu já estou louquinha para ler cada página!




Ufa! Terminamos de abrir a Caixa 007. Foi muito especial para mim, espero que para vocês também!

Se você se interessou pelo Clube é bem fácil participar para adquirir caixinhas lindas!

O Clube possui dois formatos: o primeiro é mensal, que custa R$54,90 (+frete); o segundo é anual e custa R$ 49,90 (+frete). Para assinar é preciso entrar no site oficial do Intrínsecos que é esse aqui.

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩

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Foto: Gabriel Ferrari
Olá, pessoas!

Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Estou aqui hoje pra falar um pouquinho do livro Ninguém Pode Saber, da autora Karin Slaughter. Ela é muito famosa e seus livros publicados fazem muito sucesso pelo mundo, onde seus títulos são sempre citados quando o assunto são thrillers psicológicos bem construídos, tramas surpreendentes e finais de tirar o fôlego. Quase todos seus livros estão na minha lista para leituras futuras, entretanto, foi em sua obra mais recente que tive o primeiro contato com a autora. O livro nos foi enviado pela editora Harper Collins e gostaria de agradecer pelo carinho.

Vamos lá?

Autor(a): Karin Slaughter
Editora: Harper Collins
Gênero: Suspense policial
Número de páginas: 411
Sinopse: Andrea sabe tudo sobre sua mãe, Laura. Ela sabe que Laura sempre viveu na pequena cidade costeira de Belle Isle; sabe que a mãe nunca desejou nada além de uma vida serena como integrante da comunidade; e sabe que ela jamais guardou um segredo na vida. Afinal, todos conhecemos nossas mães, certo? Mas tudo muda quando uma ida ao shopping se transforma em um cenário de violência e caos, e Andrea conhece um lado completamente novo de Laura. Parece que sua mãe, antes de ser Laura, era outra pessoa. Durante quase trinta anos ela escondeu sua identidade, vivendo sossegadamente na esperança de que ninguém descobrisse quem era de verdade. Agora, exposta, nunca mais poderá viver como antes. A polícia quer respostas e a inocência de Laura está em jogo, mas ela se recusa a falar com quem quer que seja, inclusive com a própria filha. Andrea, em uma busca desesperada, segue os rastros do passado da mãe em buscas de respostas. 

Gente, vocês bem sabem que quando leio um Thriller ou suspense policial eu estou em casa. São os meus gêneros literários favoritos e já perdi a conta de quantos livros sob essa temática que já consumi. Quando recebemos o livro pela editora, Cecis quase que automaticamente entrou em contato comigo dizendo que possuía o livro certo para mim. Logo que peguei a capa e li as inscrições: "Mãe. Heroína. Mentirosa. Assassina...", eu sabia que tinha em mãos uma grandiosa leitura do gênero e, após um longo período lendo outros estilos literários, voltei para a minha zona de conforto. Apesar de ser um grande consumidor de suspenses policiais, eu nunca havia lido um livro que a história se inicia de maneira tão frenética. Geralmente em livros do gênero, os autores utilizam as primeiras páginas para apresentarem o contexto geral da história, as personagens para enfim começarem as reviravoltas. Em Ninguém Pode Saber acontece exatamente o oposto: Logo nas primeiras 10 páginas do livro, a narrativa já se inicia nas alturas e eu juro, cheguei a perder o fôlego. Andrea é uma jovem de trinta anos que se encontra extremamente frustrada com sua vida, profissional e pessoal. A moça trabalha como atendente de ligações de emergência e sua vida é super pacata. Sua mãe, em contra partida, se encontra super satisfeita com sua vida. Uma fonoaudióloga de 55 anos, vencedora de um câncer de mama, possui uma bela casa e um bom relacionamento com sua filha e seu ex marido. As coisas mudam quando um dia enquanto mãe e filha almoçavam em um restaurante no shopping são vítimas de um rapaz atirando por todos os lados. Desesperada e achando que iria morrer, Andrea vê sua mãe assassinando o jovem a sangue frio, totalmente diferente da imagem da frágil mulher que possuía da mãe. A relaxao das duas muda completamente e Laura passa instruções para sua filha fugir e se esconder até a situação acalmar. Andrea, sem saber o que vai encontrar pela frente, obedece sua mãe e começa a investigar o passado de Laura. O que ela não imagina é que cai em uma rede de mentiras, farsas e traições envolvendo sua mãe que, quando mais jovem, era uma mulher bem diferente do que ela conta.


Foto: Gabriel Ferrari

O livro, apesar de possuir uma premissa bem clichê e nada novo, se inicia de uma maneira tão boa que prende o leitor logo nas primeiras páginas. Imaginei que para fazer a leitura da obra, eu precisaria de um balão de oxigênio, contudo, a autora não consegue sustentar o ritmo com o qual abre a narrativa e o livro cai em um marasmo que se estende até o final da obra. A autora conduz sua história de maneira confusa e nada objetiva e, apesar de tentar manter o suspense por trás do passado de Laura até o final do livro, é um desfecho bem previsível que você começa a desconfiar lá no meio da narrativa. Ao chegar nas páginas finais, a minha teoria realmente se confirmou correta, então para um thriller com um começo promissor desses, foi bem frustrante já ter matado a charada muito antes do livro finalizar. A pior parte de todo o livro, foi sem dúvidas, a construção das personagens. O elenco secundário que compõe a obra são super interessantes, porém, senti que eles poderiam possuir mais peso e relevância na história e não serem apenas pontes para os personagens principais. Laura também é uma mulher muito bem construída e o que me motivou a ler o livro até o final era ler mais sobre a mulher. Mesmo não tendo sido pego de surpresa com a escolha de Kim para o passado da personagem, é o tipo de narrativa que te cativa a seguir em frente. Agora, eu preciso destilar todo o meu ódio com relação a Andrea: Que protagonista mais intragável. Eu não sei como a autora pensou em alguém tão burra, tapada e sem carisma. A personagem beira o ridículo de tão óbvia, os diálogos dela são dignos de arrancarem risadas tamanha infantilidade e a personagem fica totalmente perdida o livro inteiro, não possui profundidade nem qualquer coisa interessante. A mulher me dava tanta raiva que eu queria tacar o livro na parede porque é impossível que em pleno alguém seja tão ingênua assim e não saiba sequer utilizar a internet.

Se o livro já não fosse enrolado o bastante, a autora optou por trazer capítulos simplesmente gigantescos para a história e vocês sabem o quanto odeio isso. Geralmente leio indo pro trabalho ou em qualquer tempo livre que tenho e eu não suporto parar um capítulo na metade, mas nesse livro não tem saída, a não ser que você separe um bom tempo para a leitura, pois eles possuem, por alto, umas 30 páginas. Talvez se autora tivesse dividido os mega capítulos em parte menores, a narrativa teria sido até mais fluida, porém, é apenas um aspecto pessoal, talvez isso não te incomode, mas é algo que acho válido pontuar. A versão trazida aqui pro Brasil pela editora Harper Collins é bem bonita e gostei muito da capa (principalmente a lombada em verde limão). A diagramação do livro é boa e apesar dos capítulos serem imensos, se torna confortável ler.

Foto: Gabriel Ferrari

Em suma, Ninguém Pode Saber é um livro que começa com todo o gás e vai murchando ao longo da narrativa. A autora não soube muito bem conduzir a história e acabou se perdendo em diversos pontos. O fato de possuir uma protagonista tão mosca morta também não ajuda em nada na leitura do livro, porém, a obra ainda possui alguns bons momentos, principalmente com relação a Laura, a mãe de Andrea. Talvez se o livro fosse narrado utilizando a mãe como protagonista o resultado teria sido outro completamente diferente. Não é uma obra muito original, porém, cumpre aquilo que promete para o gênero, mas sem surpresas. Apesar da primeira experiência não ter sido lá muito satisfatória com as obras de Karin, ainda pretendo dar uma segunda ou terceira chance para a autora, principalmente para os livros A Boa Filha e Flores Partidas, seus dois romances mais famosos e que as pessoas dizem ser totalmente surpreendentes. Espero em breve retornar aqui com boas notícias sobre os livros para vocês.

Nota: 3,0 / 5,0

**Livro cedido em parceria com a editora**

Compre Ninguém Pode Saber: Amazon 

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Ei! Tudo bem?
Espero que sim :) 

Mais um mês chegando e tudo o que eu gostei no mês passado aparece nessa postagem. Várias indicações legais que podem animar vocês. Vamos lá?!

[Livro] Escrevi isso pra Você - Iain S. Thomas
Escrevi isso pra você é a minha leitura favorita de 2019 até agora, como disse na resenha do livro aqui.

Iain, o autor, decide juntar fotografias com poemas e seduz o leitor com suas palavras e fotos chocantes causando todos os tipos de sentimentos possíveis.

Foi a junção mais bem elaborada que eu já vi dentro de um livro e que se saiu melhor. Terminei a obra dolorida e extremamente satisfeita.

Hoje o livro se encontra na minha escrivaninha e todas as vezes que possuo um tempinho decido ler as minhas partes favoritas.

Escrevi isso pra você chegou em um momento certo para a minha vida e abriu as resenhas da nova forma do Cores. É com certeza um livro especial e marcante.


[Filme] Um Romance na Alta Moda - Sean Garrity 
Esse filme está aqui exatamente por ser um filme de Sessão da Tarde.

Um Romance na Alta Moda conta a história de Kate que sonha em ser design de moda, então tenta uma vaga na empresa de seu pai. Porém, ela é aterrorizada por sua madrasta e pelas irmãs malvadas (bem Cinderela), o que causa sua demissão. Sem querer desistir de seu sonho, Kate decide se transformar em Nate, um estilista famoso que é contratado para fazer uma nova coleção.

É um filme simples, mas extremamente contagiante e divertido. Nate é a versão mais legal de Kate, enquanto Kate é apenas mais uma Cinderela em mais uma versão da princesa.





[Desenho] Carmen Sandiego - Netflix
Carmen Sandiego é uma nova versão do clássico, mas que conta a história de uma menina que foi treinada para ser a vilã das histórias, ela serviria para roubo. Porém, acaba percebendo o real significado de suas atividades e se converte para o "bem". Sua missão agora é evitar roubos e não fazê-los.

Vocês sabem como eu sou apaixonada em desenhos, não é?! Normalmente no Melhores do Mês eu falo sobre alguma animação que conquistou meu coração. Isso acontece por um só motivo: eu não tenho tempo. E acaba que os desenhos são mais rápidos, eu não preciso prestar tanta atenção e todos eles possuem alguma mensagem legal para a nossa vida. Então me digam, tem coisa melhor do que uma boa animação?

Carmen Sandiego me conquistou em Fevereiro, é mais um produção Netflix e eu não vejo a hora do lançamento da próxima temporada.


[Filme] Dumplin' - Netflix
Filme original Netflix baseado em um livro do mesmo nome.

Ao contrário do que vocês possam pensar eu não li o livro e não tive nem vontade de começar, mas me encantei pelo trailer do filme e acabei assistindo.

É uma obra maravilhosa que conta a história de Willow que decide participar de um concurso de beleza em sua cidade para dar uma lição em sua mãe. O que diferencia o filme de qualquer outro que possua uma temática parecida é o debate de padrão de beleza.

Com Dolly Parton como trilha sonora, é impossível não se apaixonar por essa história.





[Desenho] Gravity Falls - Alex Hirsch
Acharam que não ia ter mais desenho no Melhores do Mês? Acharam errado!

Uma amiga minha falou tanto sobre Gravity Falls que eu decidi assistir e, gente, não poderia ter tomado uma decisão melhor.

Até agora a série possui duas temporadas, a primeira conta algumas aventuras de Mabel e Dipper Pines, que vão para a cidade Gravity Falls para passar o verão com seu tio avô Stan. A cidade acaba se mostrando extremamente curiosa pelos eventos sobrenaturais que acontecem por lá. Já a segunda temporada possui ligações entre os episódios e vai se aprofundar ainda mais nos mistérios da cidade.

Sou apaixonada em cada detalhe do desenho, então só tenho elogios.


[Filme] Vice - Adam McKay
Vocês provavelmente não sabem disso, mas eu costumava assistir todos os filmes do Oscar, todos os curtas, todas as animações, todos os documentários e esse ano eu não fiz nada!

O que eu sabia sobre o Oscar eram os filmes ou animações que eu tinha assistido no cinema durante 2018, ainda faltava cinco filmes para completar a lista da categoria de "Melhor Filme".

Vice é um deles, mas felizmente lançou cinema e eu consegui assistir a essa preciosidade. Posso dizer, agora que já vi todos os filmes que concorreram a melhor filme, que o Oscar desse ano foi um tanto quanto fraco, mas Vice merecia a indicação e mais prêmios também, principalmente de Melhor Ator para Christian Bale, que faz o protagonista.

Bale atua como Dick Cheney, o vice-presidente de George W. Bush. Gostaria de contar mais sobre a história, mas não quero dar demais, a surpresa é melhor. Só confiem em mim quando digo que é brilhante!

[Filme] A Favorita - Yorgos Lanthimos
Gostaria muito que Roma tivesse levado Melhor Filme, mas todo mundo sabia que a Academia não daria o prêmio para um filme feito por um serviço de streaming. Então meu desejo era totalmente de A Favorita, e ainda é, mesmo que não tenha ganhado.

É um filme feito por mulheres sobre mulheres na corte. É maluco, alucinante, perfeito!

A história se passa no século XVIII contando a história da Rainha Ana e suas subordinadas Sarah, Duquesa de Marlborough, e Abigail. As duas lutam constantemente para se tornar a favorita da Rainha e ganhar mais luxo.

Uma obra genial, com uma fotografia incrível e que vai mostrar o quão ruim o humano pode ser para ter o que quer.



Esses foram os escolhidos do mês e eu espero que vocês tenham gostado de algo e possam se divertir durante Março. Mês que vem tem mais e já adianto que será uma lista maravilhosa!

Um beijo e paz no coraçãozinho de vocês! ✩


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Ainda perdida e ainda tentando achar luz em textos alheios e palavras autorais. Amante de café, literatura, fotografia, cinema, viagens e amor.

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