Ninguém Pode Saber | Resenha

by - abril 06, 2019

Foto: Gabriel Ferrari
Olá, pessoas!

Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Estou aqui hoje pra falar um pouquinho do livro Ninguém Pode Saber, da autora Karin Slaughter. Ela é muito famosa e seus livros publicados fazem muito sucesso pelo mundo, onde seus títulos são sempre citados quando o assunto são thrillers psicológicos bem construídos, tramas surpreendentes e finais de tirar o fôlego. Quase todos seus livros estão na minha lista para leituras futuras, entretanto, foi em sua obra mais recente que tive o primeiro contato com a autora. O livro nos foi enviado pela editora Harper Collins e gostaria de agradecer pelo carinho.

Vamos lá?

Autor(a): Karin Slaughter
Editora: Harper Collins
Gênero: Suspense policial
Número de páginas: 411
Sinopse: Andrea sabe tudo sobre sua mãe, Laura. Ela sabe que Laura sempre viveu na pequena cidade costeira de Belle Isle; sabe que a mãe nunca desejou nada além de uma vida serena como integrante da comunidade; e sabe que ela jamais guardou um segredo na vida. Afinal, todos conhecemos nossas mães, certo? Mas tudo muda quando uma ida ao shopping se transforma em um cenário de violência e caos, e Andrea conhece um lado completamente novo de Laura. Parece que sua mãe, antes de ser Laura, era outra pessoa. Durante quase trinta anos ela escondeu sua identidade, vivendo sossegadamente na esperança de que ninguém descobrisse quem era de verdade. Agora, exposta, nunca mais poderá viver como antes. A polícia quer respostas e a inocência de Laura está em jogo, mas ela se recusa a falar com quem quer que seja, inclusive com a própria filha. Andrea, em uma busca desesperada, segue os rastros do passado da mãe em buscas de respostas. 

Gente, vocês bem sabem que quando leio um Thriller ou suspense policial eu estou em casa. São os meus gêneros literários favoritos e já perdi a conta de quantos livros sob essa temática que já consumi. Quando recebemos o livro pela editora, Cecis quase que automaticamente entrou em contato comigo dizendo que possuía o livro certo para mim. Logo que peguei a capa e li as inscrições: "Mãe. Heroína. Mentirosa. Assassina...", eu sabia que tinha em mãos uma grandiosa leitura do gênero e, após um longo período lendo outros estilos literários, voltei para a minha zona de conforto. Apesar de ser um grande consumidor de suspenses policiais, eu nunca havia lido um livro que a história se inicia de maneira tão frenética. Geralmente em livros do gênero, os autores utilizam as primeiras páginas para apresentarem o contexto geral da história, as personagens para enfim começarem as reviravoltas. Em Ninguém Pode Saber acontece exatamente o oposto: Logo nas primeiras 10 páginas do livro, a narrativa já se inicia nas alturas e eu juro, cheguei a perder o fôlego. Andrea é uma jovem de trinta anos que se encontra extremamente frustrada com sua vida, profissional e pessoal. A moça trabalha como atendente de ligações de emergência e sua vida é super pacata. Sua mãe, em contra partida, se encontra super satisfeita com sua vida. Uma fonoaudióloga de 55 anos, vencedora de um câncer de mama, possui uma bela casa e um bom relacionamento com sua filha e seu ex marido. As coisas mudam quando um dia enquanto mãe e filha almoçavam em um restaurante no shopping são vítimas de um rapaz atirando por todos os lados. Desesperada e achando que iria morrer, Andrea vê sua mãe assassinando o jovem a sangue frio, totalmente diferente da imagem da frágil mulher que possuía da mãe. A relaxao das duas muda completamente e Laura passa instruções para sua filha fugir e se esconder até a situação acalmar. Andrea, sem saber o que vai encontrar pela frente, obedece sua mãe e começa a investigar o passado de Laura. O que ela não imagina é que cai em uma rede de mentiras, farsas e traições envolvendo sua mãe que, quando mais jovem, era uma mulher bem diferente do que ela conta.


Foto: Gabriel Ferrari

O livro, apesar de possuir uma premissa bem clichê e nada novo, se inicia de uma maneira tão boa que prende o leitor logo nas primeiras páginas. Imaginei que para fazer a leitura da obra, eu precisaria de um balão de oxigênio, contudo, a autora não consegue sustentar o ritmo com o qual abre a narrativa e o livro cai em um marasmo que se estende até o final da obra. A autora conduz sua história de maneira confusa e nada objetiva e, apesar de tentar manter o suspense por trás do passado de Laura até o final do livro, é um desfecho bem previsível que você começa a desconfiar lá no meio da narrativa. Ao chegar nas páginas finais, a minha teoria realmente se confirmou correta, então para um thriller com um começo promissor desses, foi bem frustrante já ter matado a charada muito antes do livro finalizar. A pior parte de todo o livro, foi sem dúvidas, a construção das personagens. O elenco secundário que compõe a obra são super interessantes, porém, senti que eles poderiam possuir mais peso e relevância na história e não serem apenas pontes para os personagens principais. Laura também é uma mulher muito bem construída e o que me motivou a ler o livro até o final era ler mais sobre a mulher. Mesmo não tendo sido pego de surpresa com a escolha de Kim para o passado da personagem, é o tipo de narrativa que te cativa a seguir em frente. Agora, eu preciso destilar todo o meu ódio com relação a Andrea: Que protagonista mais intragável. Eu não sei como a autora pensou em alguém tão burra, tapada e sem carisma. A personagem beira o ridículo de tão óbvia, os diálogos dela são dignos de arrancarem risadas tamanha infantilidade e a personagem fica totalmente perdida o livro inteiro, não possui profundidade nem qualquer coisa interessante. A mulher me dava tanta raiva que eu queria tacar o livro na parede porque é impossível que em pleno alguém seja tão ingênua assim e não saiba sequer utilizar a internet.

Se o livro já não fosse enrolado o bastante, a autora optou por trazer capítulos simplesmente gigantescos para a história e vocês sabem o quanto odeio isso. Geralmente leio indo pro trabalho ou em qualquer tempo livre que tenho e eu não suporto parar um capítulo na metade, mas nesse livro não tem saída, a não ser que você separe um bom tempo para a leitura, pois eles possuem, por alto, umas 30 páginas. Talvez se autora tivesse dividido os mega capítulos em parte menores, a narrativa teria sido até mais fluida, porém, é apenas um aspecto pessoal, talvez isso não te incomode, mas é algo que acho válido pontuar. A versão trazida aqui pro Brasil pela editora Harper Collins é bem bonita e gostei muito da capa (principalmente a lombada em verde limão). A diagramação do livro é boa e apesar dos capítulos serem imensos, se torna confortável ler.

Foto: Gabriel Ferrari

Em suma, Ninguém Pode Saber é um livro que começa com todo o gás e vai murchando ao longo da narrativa. A autora não soube muito bem conduzir a história e acabou se perdendo em diversos pontos. O fato de possuir uma protagonista tão mosca morta também não ajuda em nada na leitura do livro, porém, a obra ainda possui alguns bons momentos, principalmente com relação a Laura, a mãe de Andrea. Talvez se o livro fosse narrado utilizando a mãe como protagonista o resultado teria sido outro completamente diferente. Não é uma obra muito original, porém, cumpre aquilo que promete para o gênero, mas sem surpresas. Apesar da primeira experiência não ter sido lá muito satisfatória com as obras de Karin, ainda pretendo dar uma segunda ou terceira chance para a autora, principalmente para os livros A Boa Filha e Flores Partidas, seus dois romances mais famosos e que as pessoas dizem ser totalmente surpreendentes. Espero em breve retornar aqui com boas notícias sobre os livros para vocês.

Nota: 3,0 / 5,0

**Livro cedido em parceria com a editora**

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2 comentaram

  1. Nossa, compartilho dos mesmos sentimentos que você. Achei o livro morno, até tedioso em alguns trechos, a mãe é que traz um ânimo pra história, a protagonista é uma chata, sem graça nenhuma. Os capítulos são gigantes, massacrantes, até. Li flores partidas, que gostei muito e me decepcionei com esse.

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  2. Concordo, livro bem chato, tão diferente da série do Will Trent...

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