A importância de se desconectar

by - março 15, 2019

Foto:Google

Vocês já pararam pra pensar em quanto tempo passamos nas redes sociais, acompanhando nossos amigos, compartilhando novidades, ouvindo música, etc? Seja em casa, na escola, na faculdade ou até mesmo no trabalho, hoje em dia é muito fácil ter acesso a internet e aí então há um mundo de possibilidades a sua volta. Somos bombardeados massivamente por informações de todos os lados que fica até difícil separar o joio do trigo. Estamos conectados e precisamos mostrar para o amigo e para o vizinho o quão tecnológicos nós somos. Dormimos com celulares do lado, tomamos banho e jantamos vendo o feed do Instagram ou a postagem sobre a viagem da Indonésia da sua prima de terceiro grau. Sentimos uma carência de informação tão grande que justificamos o vício por aparelhos apenas como "avanços do século XXI".

Eu digo por mim mesmo, não estou saindo pela tangente e tentando bancar o politicamente correto. Até uns meses atrás, eu não conseguia me lembrar da última vez em que passei mais de um dia sem mexer no celular e verificar os últimos status. Fazendo uma análise rápida, não consigo me lembrar da última vez que peguei um livro para ler sem que o celular estivesse do meu lado, pronto pra responder aquela mensagem. 

Eis o que levou meus questionamentos:

Por que, no século da integração e da união estamos cada vez mais sozinhos? Num mundo que propõe se conectar para não esquecer, estamos nos colocando de lado. É preciso se desconectar para reconectar.

Gente, parece bobeira, mas o assunto é sério. O vício por internet e celular já está sendo tratado como a dependência química, por exemplo. A Microsoft conduziu um estudo um tempo atrás que conclui que o tempo médio em que dedicamos a nossa atenção para algo, é de apenas 8 segundos. No início dos anos 2000 (19 anos atrás, OMG!), eram de apenas 12. O que são 8 segundos? Quase nada. E isso acontece porque precisamos mexer em 20 abas que estão abertas nos nossos navegadores, responder as trocentas mensagens de grupo de faculdade ou visualizando os stories no Instagram. 

Nos tornamos reféns de dispositivos que cabem em nossos bolsos e não sabemos como nos desconectar. Me respondam com sinceridade: De 1 a 10, qual a probabilidade de você viajar para um lugar sem conexão com a internet e largar o celular em casa? Eu responderia um 3, talvez. E não é preocupante? 

Eu muito pensei a respeito do assunto para trazer o tema aqui para vocês e achei que o Chá das Seis fosse o lugar apropriado para abordá-lo, já que o espaço permite falar de assuntos mais sérios. O mundo evoluiu e continua se expandindo: Novas tecnologias são criadas, a ciência está avançando em um nível assustador e estamos ficando para trás. Estamos nos perdendo em meio à cabos, placas e telas de celulares e sendo engolidos pelas redes sociais em um mundo narcisista em que precisamos nos auto afirmar diariamente para nos sentirmos felizes.

Vamos fazer um trato?

Sabe aquele aplicativo que não para de notificar bombando de mensagens prontas para ser respondidas? Silencie quando chegar em casa. Ou melhor: Marque um encontro com tal pessoa e conversem ao vivo. Sabemos que o mundo é caótico e que em meio a tantos compromissos, se torna mais cômodo esse convívio virtual. Não estou dizendo que devemos jogar nossos telefones fora e viver no alto de uma pedra (até que não seria má ideia). Estou propondo, apenas, que saibamos dividir e aproveitar nosso tempo com atividades prazerosas sem nos preocuparmos em tirar aquela foto bonita pra embelezar o feed. Recordações são válidas, mas estamos invertendo os valores e vivendo uma vida de plástico e filtros. 

Até que ponto preciso me desconectar para me conectar?








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